A Medida Provisória 415/08, a que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, demonstra categoricamente que em certos gabinetes de Brasília não somente os bípedes legislam. O próprio instrumento utilizado para estabelecer a asneira, esta tal de Medida Provisória, por si só já é abuso do Poder Executivo, que chama para si a tarefa de legislar. Em qualquer país sério, elaborar leis e votá-las são prerrogativas do Legislativo. É por isso que de quatro em quatro anos elegemos deputados. Mas aqui no Brasil a coisa é diferente, um gênio da raça, por exemplo, no cargo de ministro, pode dar uma de legislador. E quem paga a conta do absurdo? – Todo mundo! – Por esta razão se faz urgente desempacar a lei burra: alguém deve explicar ao ministro Tarso Genro (Justiça) que o problema do álcool e direção não vai ser resolvido com a proibição da venda de bebidas às margens das rodovias. Para resolver este problema, o governo precisa investir em educação de tal sorte que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e que saibam que beber e dirigir é um péssimo negócio para si e para seu semelhante. Mas investir em educação requer inteligência e, definitivamente, este é um artigo em falta em boa parte de nossos ministérios.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Neste país, até lei burra parece coisa inteligente
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