sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Exumação de Lorca pode virar espetáculo


A decisão de um juiz de abrir as valas comuns onde está o corpo de Federico García Lorca, na Espanha, preocupa sua família. Sua sobrinha-neta, Laura García Lorca, teme que se faça da exumação um espetáculo midiático. No último dia 16 de outubro, o juiz espanhol Baltasar Garzón anunciou o início de uma investigação sobre as vítimas da Guerra Civil Espanhola e da ditadura franquista. Como parte do processo de revirar o passado, ele pediu a abertura de 19 valas comuns onde estão enterrados os corpos de milhares de vítimas dos dois períodos – entre eles o do poeta Federico García Lorca.
Hoje tido como um dos maiores poetas espanhóis do século 20, Lorca foi perseguido por sua afinidade com as forças republicanas, no início da Guerra Civil, e por ser homossexual. Em agosto de 1936, aos 38 anos, ele foi preso e executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas espanhóis, a mando do governador de Granada, José Valdés Guzmán. O crime foi dos primeiros episódios da Guerra Civil Espanhola a causar grita no mundo todo, um mês depois de estourar o conflito.

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