Finalmente, Beto Richa discursou para os franceses. Parece que o prefeito de Curitiba trocou seu ghostwriter, ou andou estudando, porque o discurso apresenta até certo conteúdo. Ficamos com a primeira hipótese. Entretanto, há de se ressalvar que mais da metade do que Beto Richa leu não passa de cópia dos estudos engenheiro Luiz Armando Garcez e citações de obras de outros prefeitos que não tiveram os devidos créditos. Assim, a Cidade Industrial de Curitiba foi incorporada por sua infalível administração, a troca de alimentos por lixo também é de sua autoria etc, etc... Menos é lógico, a triste estatística que aponta como mortos todos os rios que cortam a cidade.
A outra parte do discurso foi completada pela fantasia do marketing inventada para a capital dos paranaenses.
De tudo quanto o prefeito falou, vale a pena destacar que, definitivamente, Curitiba é uma cidade européia:
"Soube através do nosso anfitrião, o prezado ministro Jean-Louis Borloo, que as conclusões deste encontro serão inscritas na Carta de Leipzig, documento que estabelece as bases de uma nova política urbana para as cidades européias, com ênfase na inclusão social, no clima e na mobilidade."
Que ma-ra-vi-lha!!! Notem que, por ser européia, nossa bela cidade tem todas as características exigidas pela Carta de Leipzig: inclusão social (os caras dormindo nas ruas não são mendigos, é gente que não gosta de dormir em casa para aproveitar melhor o clima de Curitiba); clima, realmente europeu; e mobilidade, engarrafamento não existe, curitibano anda devagar para ver melhor a paisagem).
Morram de inveja, Curitiba é uma verdadeira Veneza:
"Assim como muitas cidades européias, Curitiba cresceu sobre seus rios."
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