Há alguns livros que devemos retomar sempre. Neste sentido, meu método é simples, vou até a livraria e se não encontro algo novo que julgo valer a pena ler, volto para casa e procuro algum livro na biblioteca que anda lá a ganhar poeira. E com tanta porcaria sendo editada, este hábito está se tornando constante. Neste final de semana, aproveitei para tirar o pó de Gibbon que inaugurou a fórmula de se contar a História de nossa civilização utilizando a lógica e a lucidez. Como é sabido, a narrativa de Gibbon arrasta-se pelo Império Romano, declinio e queda. Daí constatamos que as fórmulas para enganar o povo continuam as mesmas:
1. Eleições (quando existiam) manipuladas;
2. Demagogia na base do pão e circo;
3. Os negócios privados interferindo na política de Estado;
4. Indicação de fracos e obtusos para satisfazer interesses de pequenos grupos;
5. Manipulação e corrupção dos que detinham cargos públicos;
6. Degradação dos costumes;
7. O paternalismo de Estado;
8. Opulência e luxo dos governantes;
9. Enfraquecimento do Legislativo;
10. A submissão e corrupção do Legislativo.
Em dois milênios nada mudou. Gibbon é mais do que atual.
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