Aceleradores de partículas de pó e muita matéria escura na cabeça de quem resolve dar palpite naquilo que ignora. Fico pensando como se sentem os iniciados em ciências ao lerem as grandes bobagens em nossa infalível imprensa e que só revelam uma falha medonha em nossos currículos escolares, pois os erros cometidos são primários. Seria a mesma coisa de um grande especialista em futebol deparar-se com uma tabela de classificação errada. Para esse leitor esclarecido, o jornal e o jornalista não teriam credibilidade alguma.
Vamos por partes, porque errar na matemática é "umano":
1) As potências na base 10 podem ser negativas ou positivas e também são representadas por letras do alfabeto grego. Existem normas internacionais para isso no SI (Sistema Internacional).
Assim, um mega pode receber as seguintes notações:
| 10002 | = 106 |
Mil ao quadrado é igual a 10 elevado a sexta potência que correspondem a um mega (1M), ou 1.000.000 (um milhão).
O giga é o 10 elevado à nona potência, portanto, um bilhão (1G).
O tera é 10 elevado à décima segunda potência, ou um trilhão (1T); todas as potências acima do 10³, ou seja, 1.000, ou um quilo, 1k, são representatadas por letras oriundas do alfabeto greco-latino grafadas em caixa alta, ou maiúsculas. As potências de 10 abaixo do cubo inclusive são grafadas em caixa baixa. Por isso é errado usar, por exemplo, a unidade de massa kg com o k maiúsculo.
2) A unidade que mede a grandeza diferença de potencial, vulgarmente chamada de "voltagem", é o Volt, símbolo V - maiúsculo porque refere-se a um nome - assim como N (do cientista Newton) ou J (do cientista Joule), porém, quando em textos, são grafadas em caixa baixa: a unidade de força newton; a unidade de energia joule.
3) O elétron-volt (eV) também mede a grandeza energia e corresponde (em joules) a 1,602 176 487(40) x 10−19 J.
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