sábado, 10 de abril de 2010

C'est la vie, mes camarades VIII



Chocolate na varanda
- Este sábado amanheceu nublado e com frio como é de costume de nossa velha Curitiba. Falei para a Dadinha, a moça da foto ao lado, que hoje não seria um bom dia para comer chocolate na varanda do apartamento. Teimosa a Dadinha! Não gosta de ler e nem comer na cama. Como se diz lá na minha querida Maringá: "a descomungada vai ficar constipada!".

Vlado fica para depois - Dia muito bom, portanto, para colocar a leitura em dia. O primeiro da fila era "Meu querido Vlado", do Paulo Marckun, mas não estou disposto a relembrar coisas tristes. Acho que vou mesmo apelar para a reciclagem na velha Antologia dos Poetas Brasilieros organizada por Manuel Bandeira e numa edição novinha da Nova Fronteira.

Lupicínio sumiu
- Certos livros têm a incrível propriedade de desaparecer da biblioteca, principalmente os que carecem de volume, entretanto bons. Onde foi parar o livro com as histórias das letras do Lupicínio, escritas por ele mesmo na década de 60 nos Diários Associados?

Assombrações - Fui informado que a Assembleia tem novo diretor de imprensa para tentar explicar o inexplicável. Do jeito que a coisa anda, o melhor mesmo é criar a Diretoria do Além, dirigida por um bom médium, para dar direito de defesa aos fantasmas e a outras almas penadas que circulam pela vergonhosa casa.

Quatro patas - Tem um povinho que não se toca. Ligar para a redação para pressionar jornalista é coisa de assessor de imprensa tapado. Foi-se o tempo, caros pilantras, de pedir a cabeça dos repórteres e o chefinho de merda (quase sempre no bolso dos vagabundos) passar a navalha sem dó para garantir o capilé e o jabá do vinho importado.

Boca livre e muda - O Sindicato do Jornalistas continua mudo sobre os fantasmas da Assembleia Legislativa. No último "informativo" oba-oba para estudantes e churrascada grátis. Realmente, o Sindijor é um excelente sindicato de estudantes e professores de faculdades particulares e um péssimo sindicato profissional. Garantindo o diploma, garante-se a grana dos tubarões do ensino que "investiram" horrores nos cursinhos de fundo de quintal. Quem é que está pagando o rega-bofe e com qual intenção?

O descanso - Ontem, cheguei atrasado ao enterro do Ivo. No cemitério do Bom Retiro tem uma cirene que avisa quando os mortos precisam descansar e aos vivos para cuidararem da vida que prossegue. Deu tempo de tomar uma com velhos amigos no Pudim. Uma só e que não desceu redonda.

Poemas para os vivos - Não sei de quem foi a excelente ideia, mas temos lá na nova casa de descanso do Ivo poemas espalhados por todo lado. A maior parte deles versando sobre a finitude da vida. Alento e consolo.

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