quarta-feira, 21 de abril de 2010

C'est la vie, mes camarades XIII



Na casa do susto -
O Magna Curitiba também é cultura! Vejam que informação importante: Priscila Fantin é capa da ‘Marie Claire’ de maio. “Sou muito destemida, gosto de entrar em contato com o medo. Para mim é um exercício, uma necessidade”. Vamos convidá-la para passar uma noite na Assembleia Legislativa do Paraná, nossa casa assombrada, assim ela poderá se exercitar bastante. Por enquanto, nós ficaríamos satisfeitos em saber qual é o bar que ela frequenta. No bar aqui da esquina, a gente só encontra tomando uma branquinha o Jacaré, o Sem Carça, o Sem Futuro (existem de verdade e com esses apelidos). Tudo gente boa, mas uns caras esteticamente mal acabados pra cachorro.

Leituras - Sobre a minha mesa dois livros para a devida reeleitura: "A casa dos mortos", de Fiodor Dostoievski e "Quintana de Bolso", de Mário Quintana, editado pela L&PM. Vou encará-los daqui a pouco.

Sonoridades - Boa música que pode ser ouvida no seu PC enquanto trabalha: Rádio 90,3 FM do Rio de Janeiro, MPB de pura qualidade.

Chute no tomate - A economia e a velha lei da demanda com uma quebra de safra no meio: 1kg de tomate custa o mesmo que 1/2 kg de filé. Pensando bem, nunca comi salada em churrasco. A mulherada e os frescos é que gostam dessa história de picanha com tomate.

C'est la vie - Tenho um vizinho que acorda cedo nos feriados para lavar o carro. Outro, para caminhar. Outro para brigar com a patroa e os filhos. Vida besta, sô!

Duque & Berto - Preciso terminar de consertar o muro de casa. Caiu na última chuva, mas acho que vou esperar os mesmos incentivos do governo Lula oferecidos às construtoras da Usina de Belo Monte de Merda. Isenção de 75% no Imposto de Renda e financiamento em 30 anos com juros subsidiados. O problema é que sem o muro, o Duque e o Berto, cachorrinhos da criançada, costumam incomodar os vizinhos e o Meliante Legislativo, o felino da criançada, some na madrugada.

Ladrão é ladrão - O cara faz um acordo fajuto com o Ministério do Segredo Público, devolve apenas parte do dinheiro que roubou do erário e ainda sai por aí dizendo que tudo está dominado. Confesso que ainda não entendi a proteção que é dada a ladrões de colarinho branco em nosso Estado. Alguém tem que explicar ao senhor Olympio que a publicidade de crimes como esse é que dá credibilidade ao MP e elimina qualquer possibilidade de desconfiança pública.

Placebos do MP - O Ministério do Segredo Público é tão transparente no Paraná que vive enchendo a minha caixa postal de "pílulas de direito para jornalistas". Placebo para enganar trouxas e dar utilidade à assessoria de imprensa, já que informação de verdade de lá não sai.

Privacidade - Brasília é mais uma das unanimidades burras que o brasileiro engole há 50 anos. Construída no meio do nada, na base da arquitetura do rabisco, erguida sobre a sacanagem com os operários candangos, tirou do Rio de Janeiro a sua vocação natural e deu no que deu. Um professor disse-me que Brasília foi construída naquele fim de mundo para os políticos roubarem com mais privacidade. Dou-lhe razão. Última pergunta, o que teria sido da Ditadura Militar sem Brasília?

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