terça-feira, 13 de abril de 2010

Fedeu (todos os rios de Cu-ritiba estão mortos)

Amemos Curitiba,
Não obstante
Essa primeira
Sujinha sílaba
Que nos recebe
Em insalubridade.

CU-RI-TI-BA
Ao colocar essas letras aí,
Antes do adverbial "tiba",
No primeiro fonema,
O nativo índio tingüi,
Que gostava do trema,
Queria nos dizer
Que aqui se fundava
Uma linda e cruel cidade,
Com a merda de cada cagão
A enfeitar seus podres rios
Tão sujos e fedorentos
Quanto os anais orifícios,
Obreiros das calamidades,
Do mais nobre cidadão
E diarréicas autoridades.

Como diz o pessoal do "marquetingue" tindiquera da Prefeitura de Curitiba, isto é "respeito e trabalho por você", o desrespeito fica por conta do pobre poeta que gosta de água limpa.

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