quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Folha de S. Paulo depena galo-tucano Berto Richa, o censor

Ao censurar todas as pesquisas eleitorais no Paraná, Beto Richa mostrou que não sabe conviver com contraditório e com as notícias negativas, denunciou a Folha de São Paulo nesta quarta-feira (29). Desta forma, Beto entrou no rol dos grupos políticos mais retrógrados, tornando-se mais um exemplo do “atraso mental no meio político brasileiro quando se trata de conviver com as diferenças ou más notícias”, afirma o jornalista Fernando Rodrigues em texto intitulado “Censura não tem partido”.

A Folha de São Paulo publicou dois textos de denúncia às reiteradas censuras de Beto Richa (PSDB) às pesquisas eleitorais. As matérias mostram como o candidato do PSDB usa a justiça para impedir que a divulgação da sua queda nas intenções de voto no Paraná.


O jornal não deixa de notar a contradição de Beto, que no início da campanha alardeava os números dos mesmos institutos que agora censura. “São os mesmos institutos de pesquisa cujo resultado, quando Richa liderava as pesquisas, tinham os números divulgados ao público no horário eleitoral do tucano na TV e no rádio”, lembra a reportagem de Dimitri do Valle.


Os pedidos de censura começaram a aparecer justamente quando Beto Richa caiu nas pesquisas, destaca Rodrigues. “Há cerca de dez dias ele (Beto) passou a perder pontos para Osmar Dias (PDT). O tucano não teve pudor. Partiu para a censura”.


O jornalista questiona imagem de político moderno que o candidato se esforçava para construir, jogada à terra com a censura. “Seria algum petista ameaçando a liberdade de expressão? Nada disso. Trata-se de Beto Richa, um jovem tucano aliado de José Serra e um dos que supostamente modernizará o PSDB”, critica


O argumento usado por Beto para impugnar as pesquisas, a falta de ponderações estatísticas, trata-se de um “cálculo bizantino”, diz Rodrigues. A Folha de São Paulo informa ainda que seu instituto de pesquisa, o Datafolha, vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo o instituto, o argumento utilizado para a censura é infundado. “A ponderação só é necessária em caso de eventuais desvios da amostra”, afirma a reportagem.

2 comentários:

Edson Osvaldo Melo disse...

Caro "Lalau" Konkel Júnior: vc sabe o quê significa a expressão "juiz venal"?

Edson Osvaldo Melo disse...

Hei Lalau, cadê a sua resposta???