domingo, 19 de setembro de 2010

Professores de Curitiba dizem que Berto é uma farsa


Professores da rede municipal de ensino de Curitiba e representantes do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac) participaram neste sábado pela manhã da caminhada de desagravo às declarações de Beto Richa que chamou professores de “laranjas podres”.
Professores e sindicalistas disseram que o tratamento dispensado a eles pela administração de Richa na Prefeitura de Curitiba é bem diferente do que ele vem prometendo em sua campanha. “Estou nesse cesto de `laranjas podres` sim”, disse, ironicamente, uma professora de Curitiba que pediu para não ser identificada pois teme represália. “Fiquei indignada com o que o Beto Richa falou e vim aqui para dizer que é assim que ele trata os professores municipais, quando divergem do pensamento dele”, afirmou. “E as condições de trabalho também são muito ruins. Faltam equipamento didático e professores e as salas são super-lotadas. No discurso dele é tudo muito bonito, mas a realidade é bem diferente”, completou.
A coordenadora de políticas do Sismac, Maira Beloto de Camargo, participou da caminhada para desmascarar o candidato Beto Richa. “O magistério municipal de Curitiba não conseguiu sequer negociar na gestão Beto Richa porque ele nunca recebeu a categoria”, contou. “Quando ele diz que as portas do governo estarão abertas é mentira, porque ele não fez isso nem em Curitiba. É nossa obrigação contar sobre o que acontece aqui para todo o Paraná”, emendou.
Segundo Maira, Beto Richa mente também quando diz que deu mais de 80% de reajuste salarial. “Segundo dados do Dieese, que é um órgão sério, o reajuste não passa de 34% e nem foi reajuste real. Foi compensação pelas perdas da inflação”, afirmou. “Outra mentira dele é quando fala do piso nacional. Nossa pauta de reivindicações tem esse item e ele não aceitou nem sentar para dialogar. Se ele se nega agora, vai continuar se negando também se for governador”, afirmou.
A representante do Sismac confirmou o que disse a trabalhadora sobre condições de trabalho da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. “A super-lotação das salas de aula impedem um trabalho mais apurado e faltam professores. Para se ter idéia, tem professor de matemática dando aulas de inglês”, resumiu.

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