quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Rifa das contas do funcionalismo pode aliviar caixa de Berto Richa

 C'est la vie, mes camarades!


Recado da Gleisi - A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR) já mandou o recado ao governador eleito do Paraná, Carlos Alberto Richa, mais conhecido pela alcunha de Berto Richa (PSDB): nada de moleza, prometeu vai ter cumprir sem passar a conta para a presidente eleita Dilma (PT).


Muitas promessas e pouco caixa - Berto Richa encontra-se no Dilema elementar para quem fala muito contando com o ovo na frigideira, sem ter a penosa para botar o ovo, é claro: não há grana para suas promessas mirabolantes de campanha. Os cofres do governo do Paraná só têm grana para honrar compromissos de folha de pagamento e custeio geral da máquina. Dinheiro para novos investimentos nadinha. Dinheiro obtido a partir de empréstimos externo, também nequinha. O estado já está empenhado no limite da capacidade de endividamento. Isso sem contar que, caso fosse possível empréstimos internacionais, a fatura teria que ser abonada pelo Senado, que terá como senadores representando o Paraná, Roberto Requião (PMDB), Gleisi e o desafeto tucano de Berto, Alvaro Dias. Todos ávidos para cumprir a lei e a lei manda não emprestar nada.

Berto e os primeiros 100 dias - Outro problema de Berto Richa é vencer os primeiros 100 dias de gestão sem muitos desgastes. Pois bem, sem grana para obras, o negócio será fazer o que ele sempre fez para enganar a torcida: propaganda. O mercado publicitário está agitado e espera já para os primeiros dias de governo a realização da licitação para a publicidade do governo do Paraná. Ao contrário de Requião, Berto acredita na arte de iludir o povo com belas imagens e pouco serviço.

Rifa das contas do funcionalismo - Tem gente que até já encontrou solução para resolver o problema de falta de recursos, pelo menos para a propagando de Berto. A ideia é simples: rifar a administração da folha de pagamento para os bancos privados. Atualmente é o Banco do Brasil que faz este trabalho, baseado no mantra requianista "dinheiro público em banco público".

Itaú, bom companheiro - Na bolsa de apostas, vence a licitação o Banco Itaú, que já administrou as contas dos servidores do estado e consta como um dos principais doadores da campanha eleitoral de Berto. Correm por fora o Santander e o Bradesco.

Bolada para a propaganda - Na última licitação na Prefeitura de Curitiba (2008), o Santander levou as contas do funcionalismo por R$ 140 milhões. Fazendo as contas e levando-se em conta que o número dos funcionários ativos do estado passa de 160 mil, quase seis vezes o número de funcionários da prefeitura, a rifa tem que girar em torno de R$ 800 milhões, por baixo. Grana pouca para grandes obras, mas suficiente para pagar os "investimentos" em propaganda.

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