Nada de protesto, nem de indignação. Muito pelo contrário, o que o Seletroar, sindicato que diz representar aqueles trabalhadores, fez foi negociar um “pacote de benefícios” para os cerca de 600 funcionários demitidos da Positivo Informática, fábrica localizada na Cidade Industrial de Curitiba.
Apesar de queda nos resultados, a empresa registrou lucro de R$ 15,3 milhões no terceiro trimestre. Mesmo com as cifras milionárias, quem pagou a conta foram os trabalhadores, claramente prejudicados pela omissão e a negociata daquela organização sindical. O Seletroar sequer soube informar quantos demitidos eram temporários, contratados para suprir a sazonalidade das vendas de natal.
Uma das demitidas, em entrevista a um jornal de grande circulação, afirmou que o ambiente entre os trabalhadores é de angustia, pois se especula que os cortes possam chegar a 50% do quadro funcional.
Para o presidente da CUT Paraná, Roni Barbosa, o caso é lastimável. “A CUT repudias as demissões e também a omissão do Seletroar. É lamentável que o sindicato tenha concordado com essas dispensas em massa, pois deveria ser o primeiro a defender os trabalhadores”, protestou Barbosa.
A CUT-PR vai oferecer denúncia ao Ministério Público do Trabalho, onde questionará a política de demissões da Positivo Informática e a inoperatividade do sindicato.
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