O Flash Mob surgiu como uma brincadeira na internet |
1) O colégio é frequentado por filhos da Classe A/B de São Paulo;
2) Os protestos (flash mobs) foram convocados pelo Twitter, Facebook e torpedos no celular;
3) O aluno que convocou o protesto não é líder estudantil, militante ou coisa que o valha;
4) O aumento era irrelevante perante o poder aquisitivo dos alunos;
5) Não foram identificados líderes no movimento;
6) "O protesto do pão de queijo" foi o assunto mais comentado no Brasil nas redes sociais na semana passada.
7) O movimento dos alunos do Arquidiocesano confirma uma tendência dos flash mob reivindicatórios. Começam e perduram enquanto durar o problema.
Há uma discussão entre os internautas que operam nas redes sociais se é possível, no Brasil, movimentos como esses em escalas maiores e reivindicando coisas básicas como moradia, melhoria de condições de vida, acesso à educação e cultura, dentre outras. E também se é possivel organizar "do nada" protestos contra aumento de tarifas e contra a corrupção.
No Paraná, acreditamos que o teste de fogo virá nos aumentos das tarifas de água e luz. Em Curitiba, temos a desconfiança de que o aumento das passagens de ônibus pode ser o estopim para esse novo tipo de protesto que se alastra pelo mundo. Porém, como em todo lugar, uma vez começado o fim é sempre uma incógnita. Esperemos, pois, para ver!
Confira como "O Globo" (16/02), noticiou a manifestação do pão de queijo:
O protesto contra o aumento do pão de queijo da cantina de uma escola em São Paulo foi um dos assuntos mais comentados da internet durante 24 horas.
O boicote à cantina ganhou ares de manifestação política. Foi o assunto do dia no colégio Arquidiocesano, em São Paulo, e se multiplicou em vídeos pela internet.
Também pela internet, usando uma rede social, os alunos combinaram a estratégia: deveriam levar o lanche de casa e não comprar nada, porque o preço do pão de queijo tinha subido de R$ 2,30.
O tema passou quase 24 horas entre os tópicos mais comentados na internet brasileira. Mais do que um simples protesto por causa do preço do pão de queijo o que aconteceu hoje na escola paulistana foi uma demonstração da capacidade de mobilização dessas novas gerações. Inspirados no que vem acontecendo pelo mundo, eles aprenderam que podem usar o celular, conectado as redes sociais da internet, para se unir e exigir.
Nos últimos dias, protestos contra aumentos de passagens de ônibus em várias cidades brasileiras foram organizados pela internet.
Como em Porto Alegre e se você olhar agora na internet vai ver que os chamados continuam.
O estudante que começou o protesto na escola de São Paulo não esperava tanta repercussão.
“Postei no Twitter mais de brincadeira. Só que aí nisso todo mundo do colégio começou a continuar com essa campanha e tomou proporções maiores que isso”, diz o estudante André Périco.
Até o dono da cantina, que ouviu palavras desagradáveis e tinha tudo pra ficar irritado, elogiou a iniciativa.
"Acho que é um movimento legítimo, importante para formação desse pessoal, então não houve confusão, eles fizeram um protesto correto”, responde o dono da cantina Carlos de Campos.
Ainda sem saber se o pão de queijo vai ou não baixar de preço, as meninas do ensino médio comemoram. “Da liberdade de expressão para falar o que a gente pensa”, fala uma das meninas.
O que é Flash Mob
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails, redes sociais, celulares ou outros meios de comunicação social.
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