sábado, 12 de julho de 2008

Beto, o Breve, não draga o rio Belém, o mais poluído de Curitiba


A Capital Ecológica só existe na cabeça do príncipe das abobrinhas prontas, Beto, o Breve. Este rio, o Belém, um dos mais poluídos de Curitiba e que empresta à cidade o perfume do que vai pela cabeça dos iluminados que cercam o prefeito, espera por uma urgente dragagem.

O edital foi lançado pela prefeitura de Curitiba em janeiro deste ano, mas a obra foi suspensa porque o Ministério Público exigiu um estudo do impacto ambiental na área do rio. Edital para inglês ver, pois a prefeitura não demonstra a menor vontade de ver a obra iniciada. Podem escrever: na primeira chuva com enchente no rio, a perfumada equipe do Beto vai vir com as seguintes desculpas:


1. A culpa é de São Pedro, pois choveu mais do que previsto para todo o mês;

2. A culpa é do povo, pois a população joga de tudo no rio, lixo, sofá, fogão, cérebro cheiroso de político papudo...

3. O rio fede porque faz calor e porque o povo teima em jogar cérebro de político papudo na água.


Segundo o procurador de justiça Saint-Clair Honorato Santos, a lei exige que se faça esse tipo de estudo toda vez que há intervenção no rio. “Pedimos esse trabalho para a prefeitura e ela nos mandou outra coisa. Não sei porque ela não quer cumprir a lei. Ela exige do cidadão que cumpra, mas não quer fazer o mesmo”.
O trecho que deveria ser dragado vai desde a BR-476, local de construção da Linha Verde, até onde o Belém deságua no Rio Iguaçu.

De acordo com o engenheiro ambiental e professor do mestrado de Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Mello Garcias, o maior impacto que pode existir é deixar o lixo dentro do rio. “Eu recomendaria que a dragagem fosse feita a cada dois anos. Lá tem muito lixo, que pode obstruir os canais naturais de escoamento de água”.
A água que transborda do rio nos períodos de chuvas fortes afeta os bairros próximos. A população sofre com as enchentes, pois perde muitos utensílios domésticos e tem suas casas estragadas e algumas até destruídas. “Moramos no Uberada há dez anos e a situação do rio continua igual. A água já invadiu nossa casa cinco vezes e perdemos muitas coisas, como pia, fogão e sofá”, conta a dona de casa Marli Zanotim de Oliveira.
Conclusão
A dragagem demora em média cinco meses para ser concluída e por isso deve ficar pronta apenas no ano que vem, mesmo que se consiga iniciá-la em 2008. Esse trecho do rio passa pela futura Linha Verde, que será entregue à cidade em dezembro. Leia mais na Gazeta do Povo.

Um comentário:

NIU disse...

CONCORDO COM O SEU DEPOIMENTO. SOU MORADORA DO BAIRRO UBERABA DE BAIXO. E SEMPRE SOFREMOS QUANDO CHOVE MUITO NO CENTRO DA CIDADE, AQUI EMBAIXO O POVO PAGA SEM DEVER. O DESCASO DAS AUTORIDADES COM O POVO, A BRIGA DE PREFEITO COM GOVERNADOR PRA VER QUEM TA DENTRO DA LEI, O IMPACTO AMBIENTAL QUE NÃO SAI DO PAPEL. E O IMPACTO DAS ENCHENTES SOBRE A POPULAÇÃO??? QUAL É A LEI QUE NOS PROTEGE DISSO??? É MUITO TRISTE VER A ÁGUA SAINDO PELOS BUEIROS A RUA ENCHENDO, OS MORADORES TIRANDO SEUS CARROS E LEVANDO PRA UM LOCAL MAIS ALTO, OS IDOSOS SAINDO DE SUAS CASAS PRA NÃO COMPLICAR MAIS TARDE...