Toda imprensa de Curitiba já sabia do esquema dos fantasmas do Beto Richa, mas conservou-se num vergonhoso silêncio. Hoje, a Folha de S. Paulo, que não tem o rabo preso com essa turma, detonou o esquema dos fantasmas do prefeito:
"A Polícia Civil do Paraná investiga a nomeação de supostos laranjas em cargos de confiança no gabinete do então deputado estadual Beto Richa (PSDB), atual prefeito de Curitiba e candidato à reeleição. Segundo o Datafolha, ele tem 71% das intenções de voto.
Depoimentos de três pessoas ouvidas entre sábado e ontem no Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) mostra que elas não trabalharam no gabinete de Richa (deputado de 1995 a 2000) no período em que constam como nomeadas.
Um dos interrogados foi o mestre de obras Ivo Ferreira de Oliveira, "exonerado" no dia 1º de fevereiro de 2001 pelo ato da comissão executiva 060/2001. Segundo a assessoria de Richa, há um homônimo que trabalhou no gabinete e hoje responde pela diretoria jurídica da Urbs (empresa da Prefeitura que gerencia o transporte coletivo). A assessoria vê no caso objetivo político para "prejudicar" a campanha do tucano.
As outras duas pessoas ouvidas pela polícia foram a perfumista Maria Margarete Ribas Nalovaike e a auxiliar de nutrição Divair Antônia de Almeida Cardoso. Maria disse que "não tem idéia" de como seu nome foi parar na relação de funcionários do tucano.
O nome de Maria aparece em exonerações e renomeações entre 1997 e 1999 em edições do "Diário Oficial" da Assembléia repassadas à polícia pelo advogado Guilherme Gehlen, que protocolou a denúncia contra o prefeito. Guilherme não foi localizado pelo reportagem.
Já Divair afirmou em depoimento ter trabalhado no gabinete do então deputado entre 1995 e 1996, mas de acordo com cópia do ato da comissão executiva número 140/97, publicado no "Diário" da Assembléia Legislativa de 19 de maio de 1997, repassado por Gehlen à polícia, ela foi nomeada a partir de 1º de abril daquele ano e exonerada em fevereiro de 1999."
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