Ó metade de mim
pede um emprego pra mim
Que a preguiça é grande
E já não tenho palavra
Que ao povo engane.
Ó metade de mim
Ó metade exilada de mim
Diga que eu ajudo
Aos coxas, atleticanos
Evangélicos, pai de santo
E entrevados
Mas não exagere
Porque trabalho é sofrimento.
Ó metade de mim
Ó metade arrancada de mim
Leve aos canais de TV
Que tenho saudades do barco
Que aos poucos descreve um arco
Nas praias de Ilha Bela.
Ó pedaço de mim,
Ó metade amputada de mim
Cansa sentir vontade de trabalhar
É pior do que ser sutentado
Com a grana que você ganhar
Ó pedaço de mim,
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
Na vergonha que já perdi
Ó pedaço de mim
Sem emprego, vou vadiar sim
E pedir dinheiro a você
Vai ser o pior tormento.
Ó metade de mim
pede um emprego pra mim
Que a preguiça é grande
E já não tenho palavra
Que ao povo engane.
Nenhum comentário:
Postar um comentário