Uma inesquecível festa em 13 de dezembro de 1972, interrompida e censurada pela ditadura militar, terá o tão esperado fim hoje. Às 11h, na Capela Ecumênica da Uerj, a turma de Medicina de 1972 completará a cerimônia de formatura e realizará um sonho de 36 anos. Os ‘formandos’ homenagearão o amigo e patrono Luiz Paulo da Cruz Nunes, morto em 1968 em confronto com soldados.
“Queríamos homenagear o Luiz. Na nossa colação, gritamos o nome dele, e o reitor encerrou o evento sem nos graduar. Foi uma frustração sem tamanho”, lembra, emocionado, Iveraldo Carvalho Pessôa, médico ortopedista, ex-secretário de Saúde de Caxias e um dos 102 formandos.
O discurso original foi censurado, e a oradora, Telma Ruth Pereira Silveira, proibida de citar o colega morto. “A Telma recebeu a permissão para o discurso, foi ao púlpito e folheou, em silêncio, cinco páginas em branco”, lembra o pediatra Roberto dos Passos. (O Dia).
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