Todo mundo e seu Raimundo sabem da complexidade de nossa língua e que ninguém está livre de cometer pequenos deslizes nesta lida diária de digitalizar a realidade. Penso que devemos perdoar os "errinhos" que aparecem aqui e ali e não atrapalham o entendimento do contexto. Mas, P.Q.P., os erros continuados devem ser combatidos, principalmente aqueles evidenciados por acadêmicos, com títulos e títulos obtidos sabe deus como, e pobres jornalistas com títulos não menos suspeitos.
Não tem dia que não encontro barbaridades em nossos jornais e em teses acadêmicas supostamente geniais. Exemplo: a ignorância do correto emprego das formas pronominais o e lhe da terceira pessoa.
Voltemos ao Ginásio e ao que dizia o velho professor Napoleão Mendes de Almeida. A forma oblíqua o jamais poderá funcionar como objeto indireto, e a forma lhe jamais como direto. "Comete erro gravíssimo quem diz: Eu lhe vi, porque o verbo ver é transitivo direto e, portanto, o oblíquo deve ser o. Da mesma forma erra quem diz: Eu o obedeço, porque o verbo obedecer é transitivo indireto, e, portanto, o oblíquo deve ser lhe."
Objetos:
Direto (Compl. de verbo trans. direto) : se, o (singular); se, os (plural);
Indireto (Compl. de verbo trans. indireto) se, lhe (singular); se, lhes (plural).
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