segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A poesia errabunda dos goliardos


Errabundus - no português ficaria errabundo - era o nome que se dava na Roma de Augusto aos errantes vagabundos e vadios (os poetas de taverna inclusos!). Deste terrível rótulo, salvavam-se apenas os queridos da corte e do nobre Mecenas (que praticava uma espécie de lei Rouanet da época, mas financiada com o próprio bolso, nada de grana pública!).
Na Idade Média, estes poetas errabundos receberam do Papa a denominação do "goliardos" - uns monges-demônios, simpáticos beberrões, que erravam pela Europa falando mal de quem tinha poder: reis, nobres, juízes e a própria Igreja. As Canções de Burana, ou Carmina Burana, são exemplos do que esses monges escreviam e cantavam.
Para não deixar essa tradição morrer, ou seja, a dos poetas errabundos, retomamos em nossa página de poesia (que pode ser vista na barra da esquerda) os versos em latim clássico, embora os goliardos preferissem o latim vulgar.

Errabunda

Luna,
Dulcis errabunda,
Septies evanescit,
Saepe hominibus totis refulget,
Sed, pudica,
Tamen nuda semper,
Nonnulli hominis non est. (Veja a tradução na página Versos e Rimas).

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