quarta-feira, 31 de março de 2010
Corregedoria do Ministério Público pressiona Faraj
Nem mesmo Franz Kafka conseguiria descrever os absurdos de nosso Ministério Público. Numa velocidade surpreendente (de sexta para terça-feira, com um fim de semana no meio), a Coregedoria do órgão oficiou o procurador Fuad Faraj para que ele diga quem do Ministério Público faz parte "da corrente de solidariedade" entre os poderes.
Ora, esse surrealismo medonho dentro do MP revela que há por lá gente deveras ocupadíssima e que, por isso, não deve ter lido jornais, visto TV, e toda essa vergonha que atinge o povo paranaense - povo sempre trabalhador, sempre honesto, e que vive à fome, a receber salários miseráveis, pagando pesados impostos e que vê seus filhos à beira da morte por inanição, enquanto meia-dúzia de famílias da oligarquia dos pinheirais vive do apadrinhamento, dos altos salários sacados aos cofres públicos, em assaltos fantasmagóricos que se repetem todos os meses desde antes do Império.
É de se pensar, a quem servem esses homens que interpretam a lei e que deveriam tê-la em eficácia? O que faz eles pensarem que a realidade não esteja além de seus confortáveis gabinetes? O que faz eles pensarem que o século XXI seja somente uma marca no calendário e que imagens de TV e listas na internet estão fora da mitológica caverna composta por veteranos e anacrônicos papéis juntados em processos, sempre com os devidos carimbos e rapapés de seus subordinados, numa surrealidade que nem Platão ousou imaginar?
É de se pensar, o que faz a Corregedoria do Ministério Público do Paraná ignorar os parentes do procurador-geral empregados na Assembléia Legislativa, as centenas de advogados que lá nem aparecem, porém recebem; a parentalha fantasma oriunda do Executivo, Judiciário e que assombra a nossa augusta casa de leis; os jornalistas que por lá vagam em espectro, verdadeiras almas de outro mundo, que sempre disseram sim aos poderosos porque comiam do que sobrava do eterno banquete?
O que faz a Corregedoria ignorar os processos contra os fantasmas da Assembléia que dormem há anos o sono dos justos nas justas gavetas do Ministério Público?
Creio que o promotor Faraj deve responder à Corregedoria sim, isto faz parte da liturgia dos cartórios, porém com cópia para o povo paranaense.
Ah sim, esquecia-me: em tal documento, já que para o Ministério Público coloca o assunto para além da compreensão humana, o promotor Faraj deve juntar e apor a assinatura em lágrimas da grande e muda testemunha disso tudo: Notre-Dame de La Salette. Sem olvidar, é claro, da firma do honrado pipoqueiro da esquina, que vive do seu trabalho e suor. É certo que o pobre homem deve assinar com um xis, pois o dinheiro que deveria ter lhe dado a educação foi roubado por bandidos que acham normal o roubo e que por isso devem ser tolerados.
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2 comentários:
Mandar o promotor Fuad provar o que ele está dizendo? Essa corja do MP devia entrar na fila de transplante de córnea.....serão cegos ou que ainda dá prá esconder alguma coisa?
Angela Curi, 'Brima" de Alexandre Curi só está como desembargadora porque o Briminho, dizem, prometeu pagar uns 'atrasados' para a Corja do TJPR...Alvaro de Quadros Neto e seu pai Manoel de Quadros, Vulgo Maneco Risadinha, (porque rí de piada que não entende) ficaram anos e anos, à disposição da ALEP, e o Chiqueirão do TJPR deixava.....o Filho do Des. Cassetari, teve que sair do TJPR e o Dep. Alexandre Curi, aprendiz de Deputado Salafra, cojntartou o moço....e por aí vai.....
cojntartou = CONTRATOU em Sânscrito
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