O galo que tecia a manhã está preso - É difícil entender certas decisões de alguns juízes. Penso que algum dia vamos acordar em noite eterna porque algum togado resolveu proibir o amanhecer. Vejam que sacanagem com o Natal, galo morador de Copacabana, no Rio de Janeiro. Por determinação judicial, o galo Natal foi condenado a ficar preso num galinheiro e perderá a liberdade de ciscar, das 22h às 6h, no quintal da casa de seu dono. Alvo de queixa de um vizinho, que reclamou do canto do animal, o caseiro Elson Pereira Brasiliense, 64 anos, saiu ontem da audiência conciliatória no 4º Juizado Especial Criminal (Jecrim), no Leblon, com a promessa de construir o espaço, onde a ave ficará presa, em companhia de duas galinhas.
Besteirol - Alguém aí lembra de alguma produção recente do teatro curitibano que não seja besteirol. Pelo menos uma pecinha, com um bom texto, sem a tais das péssimas "releitura" e "adaptação". Aliás, a releitura nos parece que aqui é compreendida como coisa de quem não entendeu o texto original ou de quem quer diminuir os custos do empreendimento, economizar no número de atores, cenários etc. A peça originalmente tem seis ou mais atores e é reduzida a um monólogo, por exemplo. Ou ainda aquele velho cenário com um banquinho, fundo negro, com economia de luz...
Espetáculos - Curitiba tem excelentes atores que merecem uma produção mais bem elaborada de seus espetáculos.
Lá e Muro de Arrimo - Sugeri a um ator amigo meu a produção dos dois espetáculos que consagraram o saudoso ator José Maria Santos, as peças Lá e Muro de Arrimo. Creio que com uns pequenos ajustes os textos ficariam mais do que atuais.
A desordem do Largo - O Largo da Ordem, setor histórico de Curitiba, está uma verdadeira desordem. No sábado à noite, por exemplo, os turistas têm que circular pelos labirintos das barraquinhas da feira que somente acontecerá no domingo pela manhã. Um ambiente perfeito para assaltos e esconderijo para a turma que vive do tráfico no local. Ora, se a feira é no domingo, por que não armam essas barracas ao amanhecer?
Vanitas vanitatum omnia vanitas - Leio as cartas de Horácio - epístolas para quem assim desejar. Na epístola I do Livro II, Horácio escreve a César Augusto. Com a perfeita noção do que é a História, César sabia que precisava ser citado pelo poeta e, em carta precedente, chegou a queixar-se disso: "Sabes que estou magoado contigo, porque em escritos desse gênero não te entretenhas de preferência comigo. Receias porventura que perante os pósteros te desabone saber-se que foste de minha intimidade?". Horácio não era um puxa-saco, mas também não era bobo, sabia que seria péssima ideia contrariar aquele que já se fazia deus na terra. Nem César estava livre da vaidade. (tradução: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, Eclesiaste).
E viva o futebol - Faustão está preocupado com o novo horário dos jogos do Campeonato Brasileiro, seu programa pode ser divido em duas partes, ou ficará mais curto. Sinceramente, isso não faz a menor diferença, o programa continuará sendo o que é, uma janela para promover a idiotice em rede nacional.
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