Desde a primeira Constituição da República, o Estado brasileiro se diz laico. Nesta campanha presidencial, temos a exata noção de que isso não é verdade. A religião continua pautando os candidatos e determinando votos.
O candidato à vice-presidência da República Indio da Costa (DEM), por exemplo, participa nesta quarta-feira, junto com a esposa do presidenciável José Serra (PSDB), Mónica Allende Serra, de um encontro com 30 líderes evangélicas em São Paulo. Entre as igrejas que irão participar do encontro está a Assembleia de Deus, com a qual o PSDB já tem mantido contato.
Os tucanos sinalizam uma aliança com a Assembleia de Deus desde o primeiro turno. Embora a candidata derrotada do PV, Marina Silva - que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial - seja membro da igreja, a direção da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) manifestou discordâncias políticas com o programa do Partido Verde durante a campanha, já que Marina não se posicionou firmemente contra o aborto.
Tanto o PT quanto o PSDB disputam o eleitorado religioso. Na avaliação dos tucanos, esse setor religioso integra em parte o grupo de eleitores que se coloca a favor de Marina. Uma igreja evangélica importante não participará do encontro nesta quarta - a Universal do Reino de Deus, que apoia declaradamente a candidata petista Dilma Rousseff. O que assusta sobremodo a Globo.
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