A Gazeta do Povo de hoje mostra mais uma safadeza contra o bolso do contribuinte paranaense. O pacote de fim de ano aprovado ontem pela Assembleia Legislativa, no penúltimo dia de sessões de 2010, autorizou uma série de aumentos salariais e benesses para funcionários do Judiciário e do Executivo paranaense. Os custos vão onerar em aproximadamente R$ 123 milhões os cofres do estado no ano que vem.
O valor do impacto financeiro no erário pode ser ainda maior se a indenização aos funcionários da Assembleia, pela mudança de moeda em 1994, chegar ao valor máximo previsto: R$ 74 milhões. E também se a reestruturação dos planos de carreiras e cargos dos servidores do Poder Judiciário implicar reajuste imediato no orçamento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), o que não está claro no projeto.
Por outro lado, matérias de interesse da sociedade e marcadas por forte clamor popular pela aprovação na Casa ficaram para o ano que vem. Entre elas o projeto que cria a Defensoria Pública no Paraná e o que institui a Política Estadual de Fomento à Economia Solidária. A justificativa para não votá-los é de que “é preciso cautela” em relação ao orçamento do estado para o ano que vem.
A lista de propostas aprovados pelos deputados estaduais em plenário inclui mais de uma dezena de projetos que vão beneficiar os secretários de Estado, desembargadores, juízes e promotores.
O reajuste dos secretários, por exemplo, que fixa o salário deles em 70% do que ganha o governador, trará gastos de R$ 2,4 milhões em 2011. Atualmente um secretário recebe R$ 13,9 mil por mês. Os futuros secretários do governador eleito, Beto Richa (PSDB), irão receber R$ 5 mil mensais a mais por conta do aumento concedido ontem pela Assembleia. Na semana passada, os deputados já haviam aprovado reajuste salarial de 13,72% aos funcionários do Tribunal de Contas do Estado (TC) e da própria Assembleia.
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