O governo chinês aumentou o controle sobre os mecanismos de busca na Internet. Qualquer busca que o internauta chinês faça com a palavra Egito e outras relacionadas às manifestações no país do Norte da África o acesso é negado.
O peso político da internet faz com que ela seja controlada com requinte pelo governo chinês. Estima-se em 30 mil o número de censores que ficam vigiando os principais fóruns e debates on-line --comentários sobre assuntos polêmicos são apagados em minutos.
O contato entre a rede da China e a do resto do mundo passa por um pequeno número de cabos de fibra óptica que entram no país em três pontos. Poucos lugares têm acesso a internet por satélite, que é caro. O governo consegue monitorar praticamente todo o tráfego que entra no país.
O sistema de monitoração e proteção é chamado pelo governo de "Projeto Escudo Dourado", embora os internautas o tenham apelidado de "Great Firewall", um trocadilho entre o nome da Muralha da China em inglês ("Great Wall") e o sistema de segurança firewall.
Parte do esquema de vigilância e monitoramento foi vendida ao governo chinês pela empresa americana Cisco.
Sites com informação sensível --como o da seita Falun Gong, banida no país e os das ONGs que defendem a independência do Tibete ou que divulgam relatórios sobre direitos humanos-- são bloqueados.
Outra medida envolve os micros que tentam acessar sites proibidos e que começam a não conseguir abrir site algum. Esses usuários atraem a atenção do batalhão de censores --já aconteceu de usuários serem descobertos em cibercafés e receberem a visita de autoridades querendo saber o porquê da visita a páginas censuradas.
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