terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Só no Paraná, Berto Richa prega "parceria" entre poderes e Rossoni diz amém, muito obrigado!

Esperei, mas ninguém se prontificou a comentar o besteirol contido no discurso tucano do governador Berto Richa. Então, lá vai.
Em seus ocos discursos, Berto usou e abusou da malhada palavra "parceria". Ele diz, como representante do Executivo, querer "parcerias" com o Legislativo e Judiciário. Ora, putus bonus, poderes não fazem parceria por motivo de simples concepção democrática, são autônomos e têm por finalidade máxima a fiscalização mútua. A não ser que se vislumbre um novo arranjo para o Estado Independente das Araucárias, com o poder Moderador dado à monarquia que se instalou no Palácio Iguaçu, tal é quantidade de parentes e fregueses da casa senhorial saboreando o gosto das fartas tetas públicas.
O duro é que o pirotécnico deputado Valdir Rossoni, presidente da Assembleia Legislativa, levou muito a sério a tal "parceria" e de forma submissa pediu que lhe fosse dada uma guarda pretoriana da força policial comandada pelo Executivo. Não obstante os problemas existentes e razões para o excesso, em qualquer outro Estado brasileiro isso seria entendido como uma intervenção do Executivo no Legislativo. Vamos ver como o Judiciário interpreta a "parceria" de Berto. Fato é que o Legislativo mostrou o que sempre foi, um simples apêndice do palácio do outro lado da praça Notre-Dame de La Salette.

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