Um bom momento de reflexão: como é que esse povo que vai para a balada suporta ser tratado como gado? Filas enormes com cancelas, porteiros e seguranças de educação de dar inveja a gorilas, ser marcado com um número, por meio de uma comanda e uma fitinha, ficar confinada num ambiente extremamente desconfortável, com banheiros sufocantes e sem boa higiene, sem a comodidade de garçons atendendo, enfrentando filas para o consumo e ainda por cima pagando muito mais do que vale todos esses "serviços". Se você aceita isso, creio que está na hora de uma mudança de comportamento.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Curitiba precisa fiscalizar bares e restaurantes
Certas tragédias aparecem com pequenos avisos. Hoje, uma lanchonete foi para os ares no Centro de Curitiba. O Alvará também estava vencido. De há tempos constatamos o péssimo estado de várias lanchonetes e restaurantes no centro da cidade. Algumas, indecentes e totalmente sem higiene não entendemos como funcionam. Fiscalização rigorosa já, ou vamos esperar o pior acontecer?
O Paraná fantástico de Richa
Havia amos que eu não via o Fantástico. Gostei muito da propaganda do "governo" Berto Richa nos intervalos comerciais, uma ilusão total que não engana nem o pipoqueiro da esquina. Quanto vale 30 segundos na TV em horário nobre para mostrar o que não existe?
sábado, 26 de janeiro de 2013
A "competência" contratada por Ducci e depois Fruet
Tem linguiça debaixo dessa farofa, meu povo! O Ducci, aquele sujeito de triste memória, não conseguiu nem passar para o segundo turno. O pessoal do Fruet achou que foi por obra da competência das empresas de propaganda que atendiam ao pecuarista-prefeito. Tão competentes, que resolveram renovar o contrato de R$ 27 milhões com as mesmas empresas e num tempo recorde. Enquanto isso, dá-lhe mau atendimento nas Unidades de Saúde. Rapidez do governo municipal lá não chega.
Toda glória é passageira
O deslumbramento com o cargo, a vaidade expressa no marketing fajuto e a capacidade de se enebriar com falsos elogios dos puxa-sacos, são os elementos que determinam o início de um mau governo e seu fim prematuro.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O secretariado meia-sola do Berto sempre foi ruim e político
Passo pela livraria. Nas manchetes dos jornais, nossa pobre imprensa dá notícia que o Berto Richa agora tem um "governo político", com as novas aquisições para o seu secretariado que supostamente era povoado de céleres jabutis. Ora, "governo" é forçação de barra, digamos tentativa de governo que ainda não saiu do palanque eleitoral de 2010. Agora, classificar de "político" ao que sempre foi "político" é de uma ingenuidade cavalar. Um técnico que aceita um cargo de secretário já não é somente um técnico, é político também, nomeado, respondendo por uma política delineada num projeto de poder. Portanto, esse antagonismo sintético "político" versus "técnico" só existe no discurso dos enganadores. Em cargos de mando, a técnica é a primeira que vai para o espaço, o que fica é capacidade de se contar tapinhas nas costas e outros agrados não publicáveis. Em suma, Berto sempre teve um secretariado político, a sua imagem e semelhança, ruim, é verdade, mas sempre político.
Da pilantragem e quadrilhas
Pilantragem que se repete em sai governo entra governo, já não é mais só pilantragem, é formação de quadrilha para o crime continuado.
Sem licitação, Prefeitura de Curitiba vai torrar grana em publicidade
A informação nos chegou e não acreditamos. Fomos checar e era verdade. A Prefeitura de Curitiba deve chegar a torrar 27 milhões de reais (valor global) este ano com propaganda. A renovação de contrato com as empresas que atendiam o ex-prefeito Luciano Ducci está publicada no Diário Oficial do Município de 24/01/2013 (conforme reprodução abaixo e link para o aditivo). O que causa estranheza na decisão é a rapidez com que foi tomada e sacramentada. Nunca um governo fora tão rápido para fechar um negócio assim com agências de publicidade e num valor tão alto.
São 27 milhões no valor global para uma prefeitura que não consegue arrumar com igual rapidez o açougue em que se transformaram as Unidades de Saúde, com gente morrendo esperando vaga em hospital. Enorme valor, para quem diz que está endividado. Enorme valor para contratar empresas de confiança do antigo adversário. Talvez o critério utilizado para a estranha renovação de contrato, sem a licitação que se esperava, seja o de competência das contratadas. A mesma competência que criou a imagem do antigo prefeito que não conseguiu nem passar para o segundo turno nas eleições do ano passado. Talvez seja isso, os assessores da prefeitura desejam a mesma imagem para o atual prefeito, ilustre senhor Gustavo Fruet. Para acessar a versão original no Diário Oficial do Município basta o cidadão colocar a data de 24/01/2013 no espaço correspondente no link http://legisladocexterno.curitiba.pr.gov.br/DiariosConsultaExterna_PesquisaAvancada.aspx
Na página 75 do PDF encontra-se:
CONTRATOS - AVISO DE PUBLICAÇÃO Nº 11
A DIVISÃO DE CONTRATOS, CONVÊNIOS E TERMOS DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO, no uso de suas atribuições constantes
no artigo 52 do Decreto Municipal n.º 536, de 6 de agosto de 1992, como no parágrafo único do artigo 50 do Anexo I do Decreto Municipal n.º de
1.644, de 17 de dezembro de 2009,
RESOLVE
TORNAR público os extratos de Contratos, Acordos e outros Ajustes, constantes abaixo:
EXTRATO
Partes:
MUNICÍPIO DE CURITIBA.
C.C.Z. PUBLICIDADE E MARKETING S/C LTDA, MASTER PUBLICIDADE LTDA e OPUSMULTIPLA COMUNICAÇÃO INTEGRADA S/A.
Objeto: Aditivo 18519/07 ao Contrato para Prestação de Serviços de Publicidade celebrado em 02.07.09. Prorrogação do prazo de vigência e
acréscimo de serviços. Concorrência Pública nº 031/2008-SMCS.
Data: 28.12.2012
Prazo: vigência: de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013
Valor do Acréscimo efetivo: R$ 218.800,00
Valor Global: até R$ 27.027.000,00
São 27 milhões no valor global para uma prefeitura que não consegue arrumar com igual rapidez o açougue em que se transformaram as Unidades de Saúde, com gente morrendo esperando vaga em hospital. Enorme valor, para quem diz que está endividado. Enorme valor para contratar empresas de confiança do antigo adversário. Talvez o critério utilizado para a estranha renovação de contrato, sem a licitação que se esperava, seja o de competência das contratadas. A mesma competência que criou a imagem do antigo prefeito que não conseguiu nem passar para o segundo turno nas eleições do ano passado. Talvez seja isso, os assessores da prefeitura desejam a mesma imagem para o atual prefeito, ilustre senhor Gustavo Fruet. Para acessar a versão original no Diário Oficial do Município basta o cidadão colocar a data de 24/01/2013 no espaço correspondente no link http://legisladocexterno.curitiba.pr.gov.br/DiariosConsultaExterna_PesquisaAvancada.aspx
Na página 75 do PDF encontra-se:
CONTRATOS - AVISO DE PUBLICAÇÃO Nº 11
A DIVISÃO DE CONTRATOS, CONVÊNIOS E TERMOS DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO, no uso de suas atribuições constantes
no artigo 52 do Decreto Municipal n.º 536, de 6 de agosto de 1992, como no parágrafo único do artigo 50 do Anexo I do Decreto Municipal n.º de
1.644, de 17 de dezembro de 2009,
RESOLVE
TORNAR público os extratos de Contratos, Acordos e outros Ajustes, constantes abaixo:
EXTRATO
Partes:
MUNICÍPIO DE CURITIBA.
C.C.Z. PUBLICIDADE E MARKETING S/C LTDA, MASTER PUBLICIDADE LTDA e OPUSMULTIPLA COMUNICAÇÃO INTEGRADA S/A.
Objeto: Aditivo 18519/07 ao Contrato para Prestação de Serviços de Publicidade celebrado em 02.07.09. Prorrogação do prazo de vigência e
acréscimo de serviços. Concorrência Pública nº 031/2008-SMCS.
Data: 28.12.2012
Prazo: vigência: de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013
Valor do Acréscimo efetivo: R$ 218.800,00
Valor Global: até R$ 27.027.000,00
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Governo Berto evolui
A única coisa que evolui no governo do Berto Richa é a larva do mosquito da dengue.
Realmente júnior
Ratinho agora é governo, misturou-se ao que negava. Não é mais o "novo" da campanha. Voltou a ser o que é, um político minúsculo dentro de um governo menor.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Escatologia da saúde pública
Há muitos anos cheguei a brigar com um amigo pelo seu escatológico e sumário conceito do Homem: "um tubo de processar bosta: come, bebe, defeca e morre". Hoje vendo o estado da saúde pública, creio que esse conceito é levado muito a sério por nossos políticos, o povo é apenas o resultado do que sai do tubo.
Mulher morre depois de esperar 14 horas para ser internada
Sim, meu amigo, a indiferença nos torna culpados. Ontem uma mulher de 57 anos morreu numa unidade de saúde depois de esperar mais de 14 horas por uma internação. Indiferentes, vamos dar um suspiro de raiva como sempre, voltar para os afazeres inúteis e esperar que isso nunca aconteça conosco ou com os mais próximos. Guardemos nossa revolta para coisas mais saudáveis, para a derrota de um time de futebol, por exemplo. Leia mais na Gazeta do Povo...
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Consulta com especialista em Curitiba só depois de 6 meses
Unidade de Saúde do Vista Alegre das Mercês: para marcar consulta com dois clínicos que lá trabalham, somente se o cidadão acordar antes das sete da manhã e ficar na fila. No dia anterior, fora desse horário, aceita-se visita para um bate-papo. Seis meses é o prazo para consultas com especialistas. E vamo que vamo, meu povo de paciência bovina, rumo à Copa!
Imprensa cria clima para aumento de gasolina no Paraná
O governo não anunciou aumento algum, mas a imprensa já criou o clima para nova tabela da gasolina. Os donos de postos no Paraná preparam o samba da gasolina a preço de ouro. Fiquem de olho. Veja que, quando a coisa fica no campo da especulação, surge o grande jornalista "Da Redação" para assinar a matéria. Leia aqui o que esse corajoso jornalista nos diz sobre o aumento que ainda não existe e seu bom conselho: "Já encheu o tanque? - GAZETA DO POVO.
Greve de motoristas e cobradores acaba com Banco de Horas
Fim do Banco de Horas para motoristas de ônibus em São Paulo. Uma greve de oito horas foi suficiente para convencer a empresa a pagar em dinheiro as horas extras. O Banco de Horas é crime, não está previsto na legislação brasileira porque é roubo. Mas mesmo assim, em nome da flexibilização das relações de trabalho, tem muito sindicalista pelego que aceita esse absurdo.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Mais obras inúteis de Ducci e Derosso
Engenharia tupi e projeto da safadeza: Derosso pede ao Ducci para construir uma passarela sobre uma rua sem saída no Xaxim: preço da brincadeira, R$ 800 mil.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O Paraná que Berto inventa na propaganda de TV
Inicio o estudo do projeto de tese de doutorado: "O niilismo político pós-moderno no Paraná: Berto Richa e o nada, reflexões sobre ele mesmo".
Sem dinheiro, escolas de samba podem "adiar" Carnaval em Curitiba
As escolas de samba de Curitiba estudam fazer o Carnaval em outra data, talvez no final de março ou abril, caso não saiam os recursos previstos para o evento em tempo hábil. Os trocados da prefeitura estavam previstos para dezembro, mas Ducci, o ex-prefeito de triste memória, não liberou nadinha. Até ontem à noite, a escolas não tinham recebido nada ainda, além de promessas. A Realeza por exemplo, campeã do desfile do ano passado, está tentando recondicionar fantasias de outros carnavais e conta somente com a vontade dos foliões. A escola pretendia sair com pelo menos 300 pessoas na avenida, mas já pensa no corte de 100.
Vítima contumaz do boicote do poder público, o Carnaval de Curitiba ganhou fama de ser ruim. Mas não é ruim porque quer ser ruim, afinal somos todos brasileiros e nascemos com essa festa popular no sangue, faz parte do nosso DNA, embora muita gente da casa grande ache que os curitibanos não são brasileiros e que samba é coisa da senzala.
Portanto, é falsa essa perspectiva da Curitiba branca afastada das tradições nacionais mestiças e negras. Esse discurso do europeu branquinho só serviu e serve para essa corroída elite que defende o granito com nossos impostos nas calçadas do Batel. A elite que vira o rosto para esse povo trabalhador que tem poucas opções de lazer e luta para ter três dias de descontração sem ser obrigado a ficar na frente da TV vendo que o resto do país é feliz. Vendo na Globo que os brasileiros têm direito de ser brasileiros.
Vítima contumaz do boicote do poder público, o Carnaval de Curitiba ganhou fama de ser ruim. Mas não é ruim porque quer ser ruim, afinal somos todos brasileiros e nascemos com essa festa popular no sangue, faz parte do nosso DNA, embora muita gente da casa grande ache que os curitibanos não são brasileiros e que samba é coisa da senzala.
Portanto, é falsa essa perspectiva da Curitiba branca afastada das tradições nacionais mestiças e negras. Esse discurso do europeu branquinho só serviu e serve para essa corroída elite que defende o granito com nossos impostos nas calçadas do Batel. A elite que vira o rosto para esse povo trabalhador que tem poucas opções de lazer e luta para ter três dias de descontração sem ser obrigado a ficar na frente da TV vendo que o resto do país é feliz. Vendo na Globo que os brasileiros têm direito de ser brasileiros.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Edson Feltrin nos deixou nesta quinta-feira
O que dizer, como reagir, como confortá-lo, amigo,
Diante desse mau hábito humano que é morrer?
Sim, meu bom amigo, temos esse bruto costume
De abandonar o mundo de abrupto e para sempre;
Essa mania de levar pedaços de corações queridos
Para passeios que não sabemos exato destino.
Sim, meu triste amigo, nascemos para os adeuses
Em portos sempre melancólicos e enevoados,
Pois aqui todos estão guardando tempo para a viagem.
Resta-nos viver esperando que o navio se atrase
E que os pedaços tirados com carinho doutras almas
Sejam em nós esperanças de novo encontro
Num grande e apertado abraço de terna saudade.
Diante desse mau hábito humano que é morrer?
Sim, meu bom amigo, temos esse bruto costume
De abandonar o mundo de abrupto e para sempre;
Essa mania de levar pedaços de corações queridos
Para passeios que não sabemos exato destino.
Sim, meu triste amigo, nascemos para os adeuses
Em portos sempre melancólicos e enevoados,
Pois aqui todos estão guardando tempo para a viagem.
Resta-nos viver esperando que o navio se atrase
E que os pedaços tirados com carinho doutras almas
Sejam em nós esperanças de novo encontro
Num grande e apertado abraço de terna saudade.
(Morrer, péssimo costume - José Fernando Nandé)
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Morreu nesta quinta-feira meu amigo Edson Feltrin, advogado e grande militante das causas populares. Durante muito tempo cultivamos o hábito de um encontro de sempre marcado às sete horas da manhã no café da Boca do Brilho, junto com o também advogados Genésio Natividade e Mesael Caetano dos Santos, entre outros.
Feltrin começou bem sua carreira militante enfrentando a ditadura militar em Maringá. Pouco falava disso, mas foi muito perseguido por causa de seu inquieto espírito revolucionário. Em Curitiba, ajudou a organizar associações de moradores para estabelecer as bases populares para o MDB e os partidos democráticos que se seguiriam a partir deste.
Durante as eleições do ano passado, já muito doente e magro, Feltrin foi para o sacrifício, sendo um dos entusiastas da passagem do PDT para o segundo turno em Curitiba, mesmo contra todas as perspectivas negativas plantadas pelas pesquisas equivocadas.
Com a vitória, na última conversa que tivemos, Feltrin demonstrava desânimo pois achava que não receberia o devido reconhecimento pelo trabalho na campanha, principalmente depois das primeiras nomeações em que não se contemplavam nomes do PDT (permitam-me guardar esses comentários comigo, porque são contundentes e porque partiram de quem hoje aqui não pode comprová-los).
Morreu e amanhã não vai estar no café, somente a ausência se fará presente. O encontro de sempre fica por enquanto adiado.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Desarmamento nos EUA começa pelo emocional
A Casa Branca iniciou a campanha contra a posse de armas, questão extremamente delicada nos EUA. O convencimento psicológico começa pelo emocional da população ao se divulgar uma carta de uma menina de oito anos pede ação contra a violência nos EUA. Notem aqui, caros comunicadores, como se coloca adiante uma ação de Relações Públicas, como se define uma pauta aparentemente impopular e que certamente vai se tornar uma causa popular. Mais não digo!
Aproveite e dê uma olhada no site www.whitehouse.gov e compare com os sites jacus de governos que temos por aqui.
O passe escolar é outro granito no caminho de Fruet
Até o ano passado, e esperamos que isso mude, para se ter direito a meio passe escolar, era necessário que o estudante apresentasse uma espécie de "atestado de pobreza" à Prefeitura de Curitiba. Ou seja, o cara só vai de ônibus para a escola se provar que é miserável e tenha R$ 1,30 para pagar o meio passe. Os antigos prefeitos de Curitiba diziam que assim se evitavam "injustiças" e se afastariam os ricos de tal "benefício" restrito aos pobres!
Atestado de pobreza, senhores do século XXI!!!! Pensei que esta aberração havia sido suprimida dos nossos bárbaros costumes. Criam dificuldades para não conceder o que é um direito: acesso à educação.
Aqui, não basta ser pobre, há de se provar que é pobre.
Meados da década de 70, agricultura em crise, também precisei do tal atestado de pobreza para ter direito a livros na escola.
O esquema: mostravam-se os atestados na escola e ganhávamos os livros da Fename - Fundação Nacional do Material Escolar - ligada ao governo Federal. Os milicos acreditavam que a Fename iria dar um jeito na ignorância nacional.
A ditadura acabou, a Fename foi para o espaço e a ignorância nacional ganhou exuberância. Depois foi soprada pelos ventos do tempo e suave acomodou-se, doce e tranquilamente, na administração de certas prefeituras.
Consegui o atestado na Delegacia de Polícia de Cianorte. Fui até lá e conheci um escroque que atendia aos miseráveis - trabalhadores rurais desempregados - e às putas que tiravam suas licenças por meio de uma carteira de bailarina, tão vil quanto os atestados de pobreza.
O escroque cobrava uma taxa de todo mundo, conforme a cara do peão. Ele pegava o dinheiro rapidamente e fazia as notas sumirem no próprio bolso, sem cerimônia, sem vergonha.
Assim, ainda criança, tive o meu primeiro contato com os que faturam com a miséria alheia. Eita turminha que cresce!
Paguei três cruzeiros para ter a merda do atestado que teoricamente seria de graça. Consegui o dinheiro vendendo garrafa vazia. (Só para comparar, a entrada do cinema custava um cruzeiro).
Ganhei uma borracha, régua de plástico, compasso, dois lápis pretos e uns livros. O de Literatura Portuguesa nunca usei em sala de aula, a professora simplesmente ignorou o livrão de capa dura e de conteúdo duvidoso, preferiu ditar os pontos.
Guardo esse livro em casa até hoje. Certas coisas são inexplicáveis, mas a ditadura achou que Florbela Espanca poderia ser publicada e apresentada aos ignorantes brasileiros. Pelo menos dois poemas da poeta estão lá, talvez para provar que há poesia mesmo na pobreza atestada.
Meados da década de 70, agricultura em crise, também precisei do tal atestado de pobreza para ter direito a livros na escola.
O esquema: mostravam-se os atestados na escola e ganhávamos os livros da Fename - Fundação Nacional do Material Escolar - ligada ao governo Federal. Os milicos acreditavam que a Fename iria dar um jeito na ignorância nacional.
A ditadura acabou, a Fename foi para o espaço e a ignorância nacional ganhou exuberância. Depois foi soprada pelos ventos do tempo e suave acomodou-se, doce e tranquilamente, na administração de certas prefeituras.
Consegui o atestado na Delegacia de Polícia de Cianorte. Fui até lá e conheci um escroque que atendia aos miseráveis - trabalhadores rurais desempregados - e às putas que tiravam suas licenças por meio de uma carteira de bailarina, tão vil quanto os atestados de pobreza.
O escroque cobrava uma taxa de todo mundo, conforme a cara do peão. Ele pegava o dinheiro rapidamente e fazia as notas sumirem no próprio bolso, sem cerimônia, sem vergonha.
Assim, ainda criança, tive o meu primeiro contato com os que faturam com a miséria alheia. Eita turminha que cresce!
Paguei três cruzeiros para ter a merda do atestado que teoricamente seria de graça. Consegui o dinheiro vendendo garrafa vazia. (Só para comparar, a entrada do cinema custava um cruzeiro).
Ganhei uma borracha, régua de plástico, compasso, dois lápis pretos e uns livros. O de Literatura Portuguesa nunca usei em sala de aula, a professora simplesmente ignorou o livrão de capa dura e de conteúdo duvidoso, preferiu ditar os pontos.
Guardo esse livro em casa até hoje. Certas coisas são inexplicáveis, mas a ditadura achou que Florbela Espanca poderia ser publicada e apresentada aos ignorantes brasileiros. Pelo menos dois poemas da poeta estão lá, talvez para provar que há poesia mesmo na pobreza atestada.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Rede social e comunicação
Então você acha que rede social é um modismo apenas e que não tem peso na formação da opinião pública? Então, fale isso para a equipe de comunicação do Obama e continue esperando ótimos índices de popularidade!
Marchinha do piá de prédio
Eu nasci bonito
E moro no Batel
Mamãe passou talquinho
Papai vive de aluguel
Tenho ideias de jerico
E cabeça de pastel
Sou piá de prédio, esquisito
Mas vou ter grande papel
Eu vou ser corno e político
E mandar forrar até o céu
Nossa Curitiba de granito.
Eu nasci bonito
E moro no Batel
Mamãe passou talquinho
Papai vive de aluguel.
E moro no Batel
Mamãe passou talquinho
Papai vive de aluguel
Tenho ideias de jerico
E cabeça de pastel
Sou piá de prédio, esquisito
Mas vou ter grande papel
Eu vou ser corno e político
E mandar forrar até o céu
Nossa Curitiba de granito.
Eu nasci bonito
E moro no Batel
Mamãe passou talquinho
Papai vive de aluguel.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Fruet é vítima de pauta negativa imposta por empresas de ônibus
A pauta antecipada imposta pelas empresas de ônibus sobre o aumento da tarifa em Curitiba continua rendendo negativamente contra Fruet nos jornais e TV. Vão ser três meses de desgaste. Não adianta dar o nome aos bois somente depois do desgaste, tem que ser agora. Cadê a capacidade de impor a própria pauta?
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
O granito do jerico na Avenida Batel
Rua dos boys e playboys
Calçada com rico granito
Quem foi que teve essa ideia
Digna de um jerico?
FALTA EXPLICAR: QUAL É A EMPRESA QUE FORNECE O GRANITO E QUAL A EMPREITEIRA CONTRATADA.
Calçada com rico granito
Quem foi que teve essa ideia
Digna de um jerico?
FALTA EXPLICAR: QUAL É A EMPRESA QUE FORNECE O GRANITO E QUAL A EMPREITEIRA CONTRATADA.
VEJA O QUE FALA O PORTAL G1:
A instalação de calçadas de granito na Avenida Bispo Dom Josém, em Curitiba, causou polêmica entre os moradores da região. Com 1 km de extensão, as calçadas fazem parte do projeto de revitalização do local, que ainda contará com a troca do asfalto e a melhoria do paisagismo e da iluminação. A reforma irá custar R$ 3 milhões para os cofres públicos.
“É um dinheiro que poderia ser investido em várias coisas e vão investir em uma calçada de granito”, disse o taxista Leandro Casagrande.
Márcio Bizinellu, que também é taxista, acredita que a calçada de granito seja um “embelezamento desnecessário”. Ele ainda completou: “É só porque é Batel. Existem tantas prioridades e coisas a serem revistas nessa cidade. Eu acho que é um exagero”, concluiu.
Para a aposentada Iara Schiliesing, a obra deveria ser para aumentar a largura da rua. “O Batel já estava bom. Acho que tinha que diminuir as calçadas e aumentar o fluxo de veículos. Já é complicado, vai ficar ainda pior”.
A Prefeitura informou que o projeto faz parte da gestão anterior e estão sendo avaliados. Na próxima semana, um posicionamento oficial sobre a revitalização do Batel deve ser divulgado.
Fonte: G1
A instalação de calçadas de granito na Avenida Bispo Dom Josém, em Curitiba, causou polêmica entre os moradores da região. Com 1 km de extensão, as calçadas fazem parte do projeto de revitalização do local, que ainda contará com a troca do asfalto e a melhoria do paisagismo e da iluminação. A reforma irá custar R$ 3 milhões para os cofres públicos.
“É um dinheiro que poderia ser investido em várias coisas e vão investir em uma calçada de granito”, disse o taxista Leandro Casagrande.
Márcio Bizinellu, que também é taxista, acredita que a calçada de granito seja um “embelezamento desnecessário”. Ele ainda completou: “É só porque é Batel. Existem tantas prioridades e coisas a serem revistas nessa cidade. Eu acho que é um exagero”, concluiu.
Para a aposentada Iara Schiliesing, a obra deveria ser para aumentar a largura da rua. “O Batel já estava bom. Acho que tinha que diminuir as calçadas e aumentar o fluxo de veículos. Já é complicado, vai ficar ainda pior”.
A Prefeitura informou que o projeto faz parte da gestão anterior e estão sendo avaliados. Na próxima semana, um posicionamento oficial sobre a revitalização do Batel deve ser divulgado.
Fonte: G1
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Quem disse que Curitiba não tem Carnaval?
Talvez tenham consciência disso, provavelmente não tenham. Por isso insisto, o maior erro das administrações anteriores de Curitiba, foi crer que cultura era produzida na usina dos burocratas. Chegaram ao ponto de coibir as manifestações culturais espontâneas, populares e da vontade do povo. Perderam. Estão aí os Garibaldis e Sacis para comprovar o que afirmamos.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Em Portugal
Em Portugal, os nossos poemas estão em folhinhas distribuídas em Lisboa. Aqui, na Terra de Santa Cruz, no blog http://versoserimas.blogspot.com.br/
Paraná só funciona na propaganda
Procuro há dias no Google Mapas onde fica aquele Estado bacana que a propaganda do Berto Richa mostra na televisão.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Ministério Público deve acompanhar greve de ônibus em Curitiba
As empresas do transporte coletivo de Curitiba se constituem hoje num oligopólio comandado por 4 famílias. Qualquer estudante do primeiro ano de Economia sabe que oligopólios são perigosos para a Economia e, em especial, a popular, porque podem combinar preços e salários, causando prejuízos ao consumidor. Uma das armas desse tipo de associação empresarial é o locaute, greve provocada e incentivada pelos donos das empresas que podem assim ter uma desculpa para a majoração dos preços de seus produtos, ou no caso, serviços.
Monopólios, oligopólios e o locaute são tão nocivos ao capitalismo que até mesmo os capitalistas os condenam. A legislação brasileira prevê ações contra o oligopólio e proíbe o locaute.
Caso se confirme para esta sexta-feira a greve dos motoristas e cobradores de uma empresa de Curitiba que estaria devendo salários para seus trabalhadores, sugerimos à Prefeitura de Curitiba convites para os representantes do Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho para acompanharem o caso, inclusive durante as negociações da data-base da categoria laboral.
Monopólios, oligopólios e o locaute são tão nocivos ao capitalismo que até mesmo os capitalistas os condenam. A legislação brasileira prevê ações contra o oligopólio e proíbe o locaute.
Caso se confirme para esta sexta-feira a greve dos motoristas e cobradores de uma empresa de Curitiba que estaria devendo salários para seus trabalhadores, sugerimos à Prefeitura de Curitiba convites para os representantes do Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho para acompanharem o caso, inclusive durante as negociações da data-base da categoria laboral.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
As jogadas no xadrez do transporte coletivo de Curitiba:
1. Berto Richa diz que não sabe se continua bancando o subsídio às tarifas de ônibus;
2. Empresas dizem que o sistema está quase falido - tarifa indicada é de R$ 3,10;
3. Em sua primeira entrevista como prefeito, Fruet admite que tarifa pode subir;
4. Berto tem um ataque de bondade e diz que subsídio deve continuar até abril;
5. Em fevereiro começam as negociações referentes à data-base dos motoristas;
6. Qualquer acordo vai determinar majoração nas tarifas; greve não está descartada;
7. Prefeitura anuncia aumento para março;
8. Em abril, Berto alega que o Tesouro não comporta mais o subsídio;
9. Novo aumento ou prefeitura arca com o prejuízo.
2. Empresas dizem que o sistema está quase falido - tarifa indicada é de R$ 3,10;
3. Em sua primeira entrevista como prefeito, Fruet admite que tarifa pode subir;
4. Berto tem um ataque de bondade e diz que subsídio deve continuar até abril;
5. Em fevereiro começam as negociações referentes à data-base dos motoristas;
6. Qualquer acordo vai determinar majoração nas tarifas; greve não está descartada;
7. Prefeitura anuncia aumento para março;
8. Em abril, Berto alega que o Tesouro não comporta mais o subsídio;
9. Novo aumento ou prefeitura arca com o prejuízo.
Caos na Saúde de Curitiba precisa de solução urgente
Começou a pauleira na imprensa. Cem dias é muito para quem precisa das Unidades de Saúde de Curitiba. Força tarefa já para resolver os problemas deixados por Ducci. Pela dinâmica da eleição, Fruet teve que fazer muitas promessas e a expectativa da população é grande. Em cem dias, o que é expectativa pode se tornar decepção fácil, fácil. O trabalho tem que ser efetivo, não adianta culpar somente os antecessores, o povo é prático, trocou o governo na esperança de melhorias principalmente nesse serviço. Quem está doente não está preocupado com os 15% de economia na administração, com a análise de obras e pagamentos retidos. Quem está doente preocupa-se com a vida, com o descaso que continua sendo tratado nas Unidades de Saúde.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Aumento do ônibus é o primeiro desgaste imposto pela oposição a Fruet
Foi uma jogada de risco a provocação dos empresários do transporte coletivo ao colocarem no patamar de R$ 3,10 a nova tarifa de ônibus em Curitiba. A priori conseguiram pautar o prefeito Gustavo Fruet e a imprensa num assunto que deveria vir à tona somente em fevereiro com as negociações da data-base da categoria dos motoristas e cobradores. Com essa antecipação, os empresários deram à oposição de Fruet os primeiros elementos para o desgaste político de início de governo num assunto de interesse público, mas que responde a interesses privados, manutenção de privilégios e ao status quo de absoluto mando na cidade.
Na análise dos empresários e oposição, poucas são as opções de Fruet, já que o sistema todo coloca o prefeito refém de uma planilha caixa-preta aprimorada em maldades desde o século passado e que refletem os números da chantagem. Fruet poderia bater de frente com esses empresários e simplesmente jogar com com o apoio popular obtido nas urnas e buscar outras formas para manter a tarifa, denunciando as causas que elevam seus custos, como o uso eleitoral que dela foi feita pelo atual governador Beto Richa quando se elegeu prefeito. Ou ainda, na incapacidade dos antigos governantes de projetar alternativas de transporte na cidade. Ações temerárias diante de uma Câmara em que a maioria é construída em acordos políticos e diante da histórica simpatia de boa parte dos vereadores aos empresários do transporte coletivo. E mais temerária ainda, ao se notar o comportamento do sindicato laboral em situações similares anteriores, sempre disposto a colaborar com o locaute patronal. Ou seja, a população poderia viver o caos de uma longa greve e a cidade simplesmente pararia com desdobramentos nefastos para ambos os lados.
Outra possibilidade para Fruet seria a negociação que, na antecipação de pauta, colabora com o desgaste prematuro do governo que toma posse. Ao manter-se o assunto na mídia, as verdadeiras prioridades do governo irão figurar nos jornais num segundo plano e qualquer avanço que se consiga, na Saúde por exemplo, virá envolto pela névoa da pauta principal que deve se arrastar durante este primeiro trimestre. Ao negociar e dependendo do resultado, Fruet pode construir duas imagens para seu governo: conciliador e forte, no caso de resultados positivos; ou vacilante e fraco, no caso de resultados negativos.
Outra possibilidade para Fruet seria a negociação que, na antecipação de pauta, colabora com o desgaste prematuro do governo que toma posse. Ao manter-se o assunto na mídia, as verdadeiras prioridades do governo irão figurar nos jornais num segundo plano e qualquer avanço que se consiga, na Saúde por exemplo, virá envolto pela névoa da pauta principal que deve se arrastar durante este primeiro trimestre. Ao negociar e dependendo do resultado, Fruet pode construir duas imagens para seu governo: conciliador e forte, no caso de resultados positivos; ou vacilante e fraco, no caso de resultados negativos.
Ao tomar posse, Fruet parece ter apostado na negociação, mas cometeu ato falho ao dizer o que os empresários queriam ouvir e o que a população não queria escutar. Ele admitiu que a tarifa deve subir por causa de "interesses poderosos". Ora, mesmo que se considere a engenharia na obtenção de apoios na Câmara, em que o café de certos grupos de interesse precisa ser adoçado, a negociação com os empresários parte de um viés de alta na tarifa, não efetivamente dos R$ 3,10 propostos, mas de uma valor dentro do intervalo dos atuais R$ 2,60 e o limite superior almejado pelos donos das empresas.
Ouvir o povo seria uma boa saída para resolver esse problema posto na mesa prematuramente. Hoje, agora mesmo, nos pontos de ônibus em que os passageiros são mal abrigados da chuva e frio, ou dentro dos veículos lotados em horário de pico, qualquer conversa de aumento na tarifa soa como uma provocação, uma brincadeira de péssimo gosto para quem quer ir para a escola ou trabalho com pelo menos o mínimo de respeito e algum conforto.
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