segunda-feira, 16 de junho de 2008

Afinal, de quem é o mau gosto! Do curitibano ou dos produtores culturais?


O pessoal que trabalha com iluminação em teatros garante: quem ocupa as cadeiras laterais no teatro Positivo consegue visualizar apenas parte do palco. Visual bom mesmo, só para quem ocupa as cadeiras do centro.

E não é só isso:

Hoje a Gazeta do Povo traz a seguinte polêmica sobre o custo dos ingressos naquele teatro:

Às vésperas de receber Joss Stone no Teatro Positivo (18/6), o diretor da casa de espetáculos Marcelo Franco comunicou que os preços cobrados pela apresentação da cantora inglesa (entre R$ 200 e R$ 400) são definidos pela produção do show, e não pelo próprio teatro. "O valor de locação do espaço para shows internacionais é inferior que o cobrado pelo Teatro Guaíra (com 2173 lugares, 227 a menos o Positivo). Nossos preços não são maiores que os que acontecem lá", desabafou.Para ele, o público contesta o valor do ingresso porque "não entende que o cachê é em dólar". "O preço de uma atração internacional é extremamente caro. Os contratos internacionais exigem inúmeras taxas", garantiu. (...)

Marcelo Franco criticou ainda o gosto curitibano. Segundo ele, o público gasta "muito dinheiro com atrações que não têm qualidade". "As pessoas pagam muito para ver coisas que não são tão boas", disparou ele, que diz ter ficado entristecido por ver a pouca procura pelo americano Billy Paul. "Estava vazio. Me arrependo por não ter mais público do que tinha", disse ele sem revelar a lotação do espetáculo, que custava R$ 160. O diretor também reclamou da fraca procura pela premiada companhia norte-americana de dança contemporânea Parsons Dance, que se apresentou no local na última terça-feira (10), com pouco interesse do público apesar do preço baixo (R$ 80). "Oferecemos várias apresentações. São peças e shows que o público em geral pode pagar, mas certas atrações realmente não conseguem ser tão acessíveis por conta do peso do artista", reclamou. "Não tenho como dar acessibilidade total à cultura, seja ela no teatro ou em qualquer outro ramo. Isso não existe", finalizou Franco.

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