segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A tragédia do transporte coletivo de Curitiba - 1º ato - falta de estudo

O arquiteto e urbanista Fábio Duarte, coordenador do mestrado em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), aponta que um dos enroscos é justamente a falta de um estudo que mostre em detalhes origem e destino dos passageiros, o que poderia ser muito esclarecedor na consolidação de novas rotas dentro da cidade. O liberal e a mãe-que-trabalha podem ter a chave do segredo. “Os estudos da Urbs dizem que a maior parte dos passageiros é de Curitiba. É um cálculo errado, pois não leva em conta a multidão que sai da região metropolitana e pega dois-três ônibus na capital. Saber mais sobre os percursos poderia mudar tudo”, explica.
A observação de Duarte faz sentido. É bem provável que as linhas em operação não satisfaçam uma boa parcela dos usuários, em especial os que circulam dentro de seus próprios bairros ou nas regionais. Para esses, é mais barato o carro, o que os desacostuma por tabela do uso do ônibus para outras viagens também. “Há exemplos de cidades que conseguiram baixar 30% das tarifas em percursos curtos, dentro dos bairros”, comenta o filósofo Jorge Brand, um dos líderes do Bicicletada, movimento social que mais pressionou a prefeitura, nos dois últimos anos, a rever sua política de mobilidade. Leia mais na Gazeta do Povo.

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