terça-feira, 30 de setembro de 2008

Beto Richa admite renunciar em março de 2010

Em entrevista ao site UOL, na última segunda-feira, o prefeito Beto Richa admitiu que pode renunciar à Prefeitura de Curitiba em março de 2010 para disputar o Governo do Estado, caso seja eleito no primeiro turno nesta eleição.
Ao contrário do que diz o jingle de sua campanha – “Curitiba quer mais quatro anos com você” – , Richa deve cumprir apenas 15 meses de mandato, renunciando ao cargo em 31 de março de 2010 para ser o candidato do PSDB à sucessão do governador Roberto Requião. Com isso, Richa não terá tempo para cumprir todas as promessas que está fazendo nesta campanha e Curitiba será governada por dois anos e nove meses pelo vice Luciano Ducci, que é desconhecido pela população e não assumiu qualquer compromisso oficial com a cidade.
Na entrevista ao UOL, o prefeito afirma que “quem sabe seja esse o desejo do curitibano. Que eu me torne governador do Paraná e possa vir a enfrentar os problemas que afligem não só a população da capital, mas todo o estado, como é o caso da violência", afirmou. Nesse caso, Curitiba amanhecerá no dia 1º de abril de 2010, Dia da Mentira, com um prefeito no qual não votou.
O prefeito deve seguir o exemplo de outro político tucano, o governador paulista José Serra, que venceu a eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2004, registrou em cartório que não deixaria o cargo antes do fim do mandato e em 2006 renunciou seu mandato de prefeito da capital paulista para disputar o governo do Estado.
A candidata à Prefeitura de Curitiba pelo PT, Gleisi Hoffmann, protestou contra a intenção. “A população de Curitiba está sendo desrespeitada, porque a Prefeitura está sendo usada para trampolim político, para um projeto político pessoal. O atual prefeito não está pensando em solucionar os problemas da cidade, mas sim em sua carreira política. Não é o Luciano Ducci que está disputando o cargo de prefeito, mas é ele quem poderá governar a cidade na maior parte da próxima gestão. O candidato à reeleição deveria registrar em cartório o compromisso de cumprir os quatro anos de mandato”, desafiou.

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