De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, desde o início deste ano, o piso dos jornalistas do Paraná está abaixo do salário mínimo necessário, calculado pelo Dieese – uma situação inédita. No entanto, os patrões acham que os profissionais da imprensa, ganhando o que ganham, estão inviabilizando os seus negócios, levando-os à bancarrota, fazendo com que vão à falência. Pouco importa se as rádios da região faturaram 33% a mais no acumulado do ano, se os jornais tiveram um incremento de 27,5% nas suas receitas ou as empresas de TV estejam com faturamento na casa do bilhão. O fato de os jornalistas estarem acumulando perdas há 11 anos também é um detalhe. As empresas de comunicação estão numa crise terrível em função da remuneração dos jornalistas e exatamente por isto ontem o sindicato das empresas de jornais e revistas apresentou, em reunião com o Sindijor, uma proposta tão velha quanto repetida: supressão pura e simples dos direitos dos trabalhadores. A oferta generosa dos patrões para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho contempla o congelamento do anuênio, a redução do adicional de horas extras (hoje de 100% sobre a hora normal), a expansão da jornada para sete horas ou criação de banco de horas e, o mais interessante, reajuste de incríveis 5%, para uma inflação de 7,2%. Nenhuma cláusula social foi contemplada, embora os patrões tenham “lido atentamente” a proposta formulada pelos jornalistas. O Sindijor está estudando a convocação de uma assembléia para que os profissionais se manifestem sobre as propostas. De toda forma, está confirmada uma reunião para a próxima quarta-feira, dia 15, às 15h, na sede do Sindijor, com o sindicato patronal de rádio e TV. Todos os filiados estão convidados a participar.
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