segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Absurdos levam jornal de Paulo Pimentel ao Ministério Público

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná mostra o triste tratamento que recebem os funcionários do jornal O Estado do Paraná:
O jornal O Estado do Paraná voltou a demonstrar que o desrespeito aos profissionais que ajudam a construir sua história é a sua nova marca. Há mais de oito anos a empresa de Paulo Pimentel vem criando um verdadeiro império do medo para seus jornalistas, e hoje (28) foi aberta mais uma câmara de horrores: em pleno final de ano, seis profissionais da redação foram demitidos sem justa causa – um dos quais teve filho recentemente. Para quem não acompanha de perto as arbitrariedades da empresa, é bom que se diga que estes desligamentos não são mero “ajuste” na organização, mas um novo capítulo na história de reiterado desprezo aos jornalistas e demais trabalhadores. Entre as mais notórias violações aos direitos dos jornalistas estão a supressão do pagamento do adicional noturno, a não concessão de adicional de comissionamento a profissionais que exercem função de editor, não aplicação do vale creche, casos de assédio moral, o volume enorme de horas extras que acintosamente não são pagas e o emprego de pessoas não habilitadas para exercer atividades jornalísticas. Por conta destes e outros absurdos, um procedimento investigatório tramita no Ministério Público do Trabalho para apurar os desmandos. Desde que se iniciou, em 2001, o procedimento só tem crescido por conta de novas denúncias encaminhadas pelo Sindijor. Como a criatividade patronal para debilitar os jornalistas parece não ter fim, nos últimos dois anos, a editora O Estado do Paraná promoveu uma grande redução de quadro de funcionários, desligando especialmente os mais experientes, o que resultou numa visível queda na qualidade editorial, o que veio acompanhado de uma correspondente pressão sobre os trabalhadores remanescentes para que produzissem mais e em igual qualidade. Embora a diretoria de O Estado do Paraná nunca tenha mostrado boa vontade em debater a relação com os trabalhadores, nas várias tentativas feitas pelo Sindijor, será enviado novamente ofício à empresa para discutir os cortes de pessoal.

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