sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Empresários não repassam redução de impostos aos consumidores


Curitiba registrou uma inflação de 0,22% em dezembro. Isso todo mundo sabe, mas pouca gente se deu conta que, na composição deste índice, estão os preços dos automóveis.
De acordo com a pesquisa do Ipardes, os veículos automotores registram uma merreca de redução nos preços: automóvel de passeio nacional zero km (-2,75%) e automóvel de passeio e utilitário usado (-0,99%).

A desculpa já está na ponta da língua das assessorias de imprensa das montadoras e concessionárias: "tivemos pouco tempo para trabalhar com a nova tabela e é por isso que os números ainda estão aquém do esperado". Ora, se o governo abre mão dos impostos, as empresas que faturaram como nunca nos últimos anos devem também baixar a margem de lucro. Mas não, na equação dos empresários é mais fácil demitir funcionários e continuar mamando nas benesses do governo.

A redução do IPI começou a valer no dia 12 de dezembro e deve ir até 31 de março de 2009. O corte temporário do imposto federal tem como objetivo tentar recuperar as vendas de veículos novos no país, que apresentou queda nos últimos meses em virtude da crise econômica mundial.

Para carros populares, com motor até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para alíquota zero. Para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, foi reduzida de 13% para 6,5%. Os automóveis de luxo, com motores acima de 2.1, permanecem com alíquota de 25%. Nos carros a álcool, a alíquota mudou de 11%, para 5,5%.


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