domingo, 21 de março de 2010

O fim do jornalismo puxa-saco e o histórico início da verdade

E continua a grande série da Gazeta do Povo-RPC sobre os diários fajutos da Assembléia Legislativa do Paraná. Esta reportagem dos jornalistas Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatcheik certamente já figura entre as mais brilhantes do jornalismo brasileiro e é um marco no jornalismo paranaense. Antes dela, o jornalismo provinciano, cheio de dedos para não atingir os poderosos e depois dela, o jornalismo cidadão, comprometido com o juramento que fizemos ao deixar as universidades.

O trabalho está tão bem feito, editorialmente falando, tão bem editado, diagramado e explicado que até agora apenas algumas vozes tímidas e amedrontadas ousaram ver nele algum indício de encomenda ou coisa que o valha ao se cutucar essa triste chaga de nossos políticos desonestos que é a corrupção.

Essas vozes do medo tomam suas condenáveis práticas como a única vestimenta que se pode dar a uma notícia, porque, na realidade, não conhecem outra alfaiataria a não ser aquela baseada na agulha do achaque, no tecido da troca de favores, na máquina que costura os envelopes do dinheiro fácil.

Quiseram até mesmo evocar a história da Gazeta-RPC para desqualificar a reportagem dos diários avulsos, mas olvidam safadamente que a Gazeta-RPC está sob nova direção e hoje conta com jornalistas realmente profissionais, longe dos velhos esquemas do pagamento na boca do caixa do erário.

A Gazeta-RPC está pondo fim ao velho jornalismo de release, ao jornalismo lambe-botas, ao jornalismo de interesses inconfessáveis.

O problema é que o povo vai se acostumar com este novo tipo de jornalismo e questionará por que os outros órgãos de imprensa não fazem o mesmo - quais os interesses que os impedem de ter em suas páginas a verdade? - esta será a pergunta.

Aos professores de jornalismo, aos colegas: guardem as edições da Gazeta desta semana e deste domingo, as imagens da RPC, e as mostrem a seus alunos: foi nesta semana, antes do outono de 2010, que começou a ser praticada a verdade em nossa província, que somente agora poderá ser chamada realmente de estado. De hoje para diante, mostrem que a velha ação entre amigos que frequentava as redações não passa de uma veterana história a se esquecer. Digam sem medo, em sala de aula, que os velhos pilantras que ainda atuam na nossa profissão devem se aposentar, porque não há mais espaço para a mentira, porque puxar o saco a troco de jabá não está mais nos manuais de redação da imprensa paranaense.

Clique aqui e veja a edição de hoje da Gazeta do Povo...

3 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí zé, vamos ver se o Paulo Pimentel, a última múmia dono de jornal, vai ter coragem de dar um pé na bunda dos assessores de deputado que trabalham na editoria de política do jornal. Tem gente de barba de molho. Fantasma tem barba ou olho bonito?
abraço

Anônimo disse...

Cara que pancada, quero morrer seu amigo!
Abraço

Anônimo disse...

Quando que o Fábio barbudo se aposenta, Requião vai fazer festa?