quarta-feira, 1 de setembro de 2010

C'est la vie, mes camarades!

Férias - Previsão do tempo para hoje, quarta-feira, aqui em Recife, precisamente na praia de Boa Viagem: sol com nuvens, temperatura oscilando entre 23º e 29ºC, talvez chova à noite para um refresco.

Aos proxenetas - Pois bem, estou na correria e blogar tornou-se um desespero. Escrevo neste blog quando posso. E raramente posso. Não sou pago para isso, não tenho empregados para isso. Aqui ganhei valorosos amigos, perdi outros e descobri, felizmente, grandes inimigos, invariavelmente doentes de alma, incapacitados para a arte de escrever e ávidos para chupar o saco dos poderosos.  Rogo aos deuses por eles, não para que honestos se tornem, não para que proxenetas deixem de ser, mas para que não maltratem tanto assim a língua de nossos antepassados.

Não nos mate, Lêdo Ivo! - Repousam sobre a minha mala três deliciosas leituras - outras aqui estão em sono quase eterno! -. A poesia completa de Lêdo Ivo; são duas mil páginas divinas e que cobrem o período de 1940 a 2004 e "As Flores do Mal" do nosso Baudelaire, numa edição que não conhecia em português, assinada por Jamil Almansur Haddad. "O caçador de moscas", prosa de Ernani Buchmann, também enfrenta dura fila. Hei de lê-los e vencê-los, caso meus cansados olhos assim me permitirem. Dar-me-á a Dadinha uma folguinha para tanto? (Dadinha é a que fotografei somente os pés e mais alguma coisa que veio de brinde, acima - ela é envergonhada, não mostra a cara, fantasminha da Assembléia Legislativa, sempre em férias!).

Comunas - Estive numa festa sábado da turma que estava completando 30 anos de militância de esquerda (alguns nem tanto de esquerda assim!). Pois bem, depois de alguns copos de Serra Malte, comecei achar que todo mundo tinha 20 anos novamente e que a revolução socialista era fato adiado, coisa para daqui a pouco. É, reencontrar velhos amigos deixa-me esperançoso e faz-me crer em utopias servidas em copos de cristal no burguês bairro do Batel, em Curitiba. Em tempo: na festa ninguém comeu criança alguma, quiçá as vovozinhas!

Censura do Berto - Preparei um dissertação sobre a censura. É lógico que fui inspirado pela censura imposta pela turma do Berto Richa ao camarada Esmael (porra, por que o Esmael não é Ismael como todo mundo que tem esse nome!?). Não vou cansá-los caros 32 leitores, mesmo porque não sei onde salvei o bendito texto. Mas que merda que o Beto fez, censurar um blog é coisa para quem tem muito a esconder! Coisa de gente pequena, de gente que se adonou da verdade, das suas hipócritas verdades apenas.

Piolhos do saco alheio - Poderia aqui fazer horóscopos para distraí-los, conheço os astros e a geometria que justificam suas trajetórias e posições no vácuo-espaço, mas isso deixo aos desprovidos de tutano e faculdade. Afinal, a Astrologia vai bem com a ignorância dos piolhos do saco alheio. Gente com algum tino estuda Astronomia e não repete a besteira que diz "tudo na vida é relativo". Relativo uma ova, tudo na vida depende de ponderações algébricas em que, porém, desconhecemos o autor do cálculo.

Pobre Xerox - Poderia também aqui citar poemas alheios, mandá-los ao Esmael para preencher sua página censurada e para dar um certo ar de erudição às besteiras diárias reportadas no breve Twitter. Mas citar poemas de segunda mão e de terceiros para preencher espaço no blog é de uma pobreza de espírito digna dos beócios que não os entendem.Conheci um sujeito que recitava poesia como ninguém e como ninguém sumiu na noite do tempo. Nunca escreveu merda alguma e jamais entendeu um único verso que falou. Criar é melhor do que copiar (e que não nos ouçam a Xerox, os Control C e Control V, e os digitadores desempregados!).

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