quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Polícia na Assembleia e o jogo de cena dos tucanos do Paraná

Militares ocupam Assembleia do PR - foto Gazeta do Povo
O jogo de cena armado pelo novo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB) já nasceu com o prazo de validade vencido. Numa tentativa desesperada para dar credibilidade a um parlamento mergulhado em denúncias de corrupção, Rossoni sacou da cartola os seguranças da Casa, os bodes expiatórios que estavam à disposição. Para isso, lançou mão da força militar do Poder Executivo, mobilizando mais de 200 homens que deveriam estar policiando as ruas da capital paranaense que enfrenta uma grande crise na área de segurança pública, com 164 mortes violentas registradas somente em janeiro deste ano.
Rossoni contou também com a colaboração do governador Berto Richa (PSDB) que é acusado de ter cometido irregularidades quando ocupou uma vaga de deputado na Assembleia, conforme mostra caso da sogra fantasma de seu chefe de gabinete Ezequias Moreira. (Leia mais sobre o caso da sogra fantasma aqui).
Não contente com a intervenção do Poder Executivo no Legislativo, Rossoni diz que vai instalar um gabinete militar na Assembleia, composto por 25 homens, que deveriam estar protegendo a população e não funcionando como uma guarda pretoriana.
Esse jogo de cena não vai iludir a população paranaense por muito tempo, porque Rossoni vai ter que, mais cedo ou mais tarde, explicar todas as acusações que pesam sobre seus pares e, principalmente, contra si, após as denúncias que estão pipocando no Ministério Público e com as devidas cópias para a imprensa paranaense que, aparentemente, está iludida com este circo armado no Centro Cívico.

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