quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Feminista, socialista e polêmica, morre em Berlim escritora Christa Wolf

"Quem sou eu, de fato, e o que me impede de ser eu mesma?" A frase pode ser considerada a questão primordial de todos os livros escritos por Christa Wolf. Com ela, a autora começa seu romance Nachdenken über Christa T. (Em memória de Christa T.), a obra que marcou seu sucesso como escritora na então Alemanha Ocidental. Na RDA (República Democrática Alemã), ela já tinha uma carreira consolidada como personalidade aliada ao socialismo.
Seu conto Der geteilte Himmel (Céu dividido), uma história de amor inserida na questão da fidelidade ao Estado e da fuga do país, com uma pitada de crítica ao sistema cuidadosamente dosada, sedimentou para a especialista em literatura e editora de então, no ano de 1963, o caminho rumo ao ápice da literatura socialista. Em 1965, contudo, quando ela se posicionou contra a censura e a homogeneização da literatura, na famigerada sessão do SED, o partido único da então Alemanha Oriental, sua carreira vertiginosa no país foi de súbito cessada.
Os livros de Christa Wolf se tornaram artigos raros nas livrarias da RDA. Em contrapartida, sua reputação no lado ocidental foi se consolidando. Com Kindheitsmuster (Modelo de uma infância), seu romance publicado em 1976, a escritora da Alemanha Oriental se transformou em um nome comum entre os clássicos da literatura alemã dos dois lados do Muro. Continue lendo na DW...

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