quarta-feira, 25 de junho de 2008

Os perigos dos combustíveis da batata doce

Hoje, a Assembléia Legislativa do Paraná discutiu a utilização da batata doce para a produção do etanol.
Como petroquímico, tive a oportunidade de participar das primeiras pesquisas sobre o uso do álcool para substituir os hidrocarbonetos do petróleo nos laboratórios da engenharia da antiga Escola Técnica, no final dos anos 70. Lá aprendi que podemos obter álcool de praticamente todos os vegetais. Basta que, para isso, tenhamos matéria-prima rica em cadeias carbônicas, como a celulose ou carboidratos, por exemplo. Na época, investimos no álcool de mandioca, mas o país optou pela cana-de-açúcar. Também pesquisamos o álcool da madeira, o metanol, mas a pesquisa não andou.
Agora, o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, promoveu audiência sobre o projeto que possibilita a produção de etanol a partir da batata doce.
Empiricamente, todos sabem que a bata doce também produz outros combustíveis, na forma de gás metano CH4 e que isso não cheira bem -
principalmente depois de digerida, e descansada em estômagos e intestinos.

Mas fiquem tranqüilos, o que se pretende é a transformação da batata em CH3-CH2OH, líquido e incolor.

Não erre mais e evite acidentes:

H3COH - álcool metílico, ou metanol - não dá para usar como cachaça, cega e mata.

H3C-CH2OH - álcool etílico, ou etanol - alma da cachaça, assim como o vinagre é a alma do vinho.

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