terça-feira, 16 de setembro de 2008

A crise sai dos limites de Wall Street e atinge todos os continentes

O temor dos capitalistas traduzidos em banqueiros e investidores ganhou a pior forma. Monstruosa, devastadora. E o que era apenas um temor estático, agora move-se, ganha vida. A crise pode chegar por estas bandas. Nosso Banco Central sabe disso e tenta tranquilizar os investidores tupis. Lembre-se, caro vivente, o Brasil não é uma ilha econômica neste mundo globalizado.
Hoje, bancos centrais injetaram um grande volume de recursos nos mercados financeiros globais pelo segundo dia consecutivo, para tentar conter os efeitos colaterais da crise que afetou grandes companhias de Wall Street.
De Sydney a Frankfurt, as autoridades monetárias despejaram bilhões de dólares em fundos emergenciais para tentar evitar o fechamento dos mercados de crédito, mas mesmo assim o movimento não conseguiu impedir o aumento do custo dos empréstimos interbancários.
O Banco Central Europeu (BCE) colocou 70 bilhões de euros (98,09 bilhões de dólares) no mercado nesta terça, seguindo a injeção de 30 bilhões de euros feita na véspera.
A demanda dos bancos por fundos nesta terça-feira, o que indica como a liquidez de outras fontes está diminuindo, superou os 100 bilhões de euros.
Na Grã-Bretanha, o Banco da Inglaterra injetou 20 bilhões de libras (35,21 bilhões de dólares), depois de ter colocado no mercado 5 bilhões de libras na segunda-feira.
Os bancos centrais na Ásia também entraram em ação. No Japão, Austrália e na Índia, os BCs fizeram fortes injeções de recursos.
Os bancos da região distribuíram cerca de 17 bilhões de dólares, seguindo a injeção de 70 bilhões de dólares do Federal Reserve feita na segunda-feira.
O Banco do Japão colocou no sistema bancário sua maior injeção de capital em quase seis meses --1,5 trilhão de ienes (14,2 bilhões de dólares).
"O Banco do Japão vai monitorar cuidadosamente a situação recente das instituições financeiras dos EUA e seu impacto", afirmou o presidente da instituição, Masaaki Shirakawa, em comunicado.
A expectativa é de que o BC japonês mantenha sua meta para a taxa básica de juro em 0,5 por cento na quarta-feira.

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