segunda-feira, 31 de março de 2008

Paciência, relaxe e goze até as eleições

Cada cidade tem a Marta Suplício que merece, veja que pérola fomos buscar em "O Estado do Paraná", o grifo é nosso:
- Segundo a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), vinculada à Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), não há congestionamentos na cidade. O que o curitibano enfrenta diariamente seriam pontos de tráfego lento, especialmente no centro e no horário de pico do final da tarde. A lentidão em certas ruas também ocorre por causa de obras viárias, como a reforma da Avenida Marechal Floriano e a construção da Linha Verde no trecho urbano da antiga BR-116. “Estamos com obras em vários pontos. Hoje a maioria dos motoristas já se adaptou e procura alternativa. Mas nem sempre tem como escapar. É preciso ter paciência e lembrar que depois das obras haverá um trânsito com mais fluidez e segurança”, comenta Guacira Civolani, gerente de operação do trânsito da Urbs.

sexta-feira, 28 de março de 2008

A voz de quem?

A partir da nota abaixo da coluna da jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, vai ser muito difícil acreditar nas pesquisas eleitorais do Vox Populi. Os caras já sabem até o resultado das eleições, logo não precisamos de pesquisa. O curioso mesmo é saber quem vai contratar as pesquisas do Vox Populi. Como o negócio é adivinhar, eu aposto no PSDB ou algum partido da futura coligação tucana. Quer apostar???

Veja que primor de nota:

Ansiedade de cidade grande - Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse uma obra por dia para inaugurar em Curitiba até outubro não evitaria a reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB) e a derrota da candidata petista Gleise Hoffmann, ex-diretora de Itaipu e mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A aposta é do diretor do instituto Vox Populi, Marcos Coimbra. Veterano em eleições, Coimbra até arrisca um placar em Curitiba - 70% (Richa) a 10% (Gleise) - em defesa de sua tese que não é presidente que elege prefeito.

LECTIO IV

vox pecuniae.

A voz do dinheiro.

*****Vocabulário*****

vox – (a) voz. Nominativo singular da terceira declinação. Genitivo: vocis.


pecuniae – (do) dinheiro, (do) pagamento. Genitivo singular do substantivo feminino pecunia (nominativo, primeira declinação). Outra tradução para vox pecuniae seria : A voz do pagamento.


populi – (do) povo. Genitivo singular do substantivo masculino populus (nominativo, segunda declinação). vox populi = a voz do povo. vox dei = a voz de deus. vox populi vox dei = a voz do povo é a voz de Deus.

As viagens da turma do Beto

A bancada do PT na Câmara de Curitiba está assustada com os gastos da Prefeitura com viagens. O pessoal do Beto Richa gastou mais de R$ 3 milhões entre 2005 e 2007 em viagens. Segundo o vereador Pedro Paulo, líder da bancada do PT, a prefeitura andava escondendo esta informação. “Se não fosse assim, colocaria todos essas informações na internet, como já fazem os governos federal e estadual”, sustenta.

Vamos e convenhamos, será que uma prefeitura precisa gastar tanto em viagens: R$ 115 mi por mês? Mas tudo isso explica a razão dos bairros de Curitiba estarem abandonados. Com tantas viagens, não sobra tempo para administrar a cidade.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Leia também a coluna Política Hoje de Maringá

Acesse o blog www.politicamaringa.blogspot.com e confira a coluna dominical feita especialmente para aquela cidade e publicada pelo jornal Hoje Notícias.

O vôo da felicidade financiado pela Fucucu

Os “produtores culturais de Curitiba” juntamente com a Fundação Cultural de Curitiba (Fucucu) têm uma relação metafísica com o nada, desde que este nada se traduza em dinheiro, é lógico. Temos esta agora, deste tal de Gerald Thomas, verdadeiro representante do marketing do nada, ou seja, de si próprio, reclamando de uma passagem para palestrar no Festival de Teatro de Curitiba, que aliás, até hoje nunca teve suas contas verdadeiramente esclarecidas pela nossa valorosa e inoperante Câmara de Vereadores.

Deixa o cara em Nova York, aqui ele não faz falta. E a grana da passagem? Bom, temos nos cruzamentos das ruas da cidade uma pá de gente sem futuro pedindo esmolas. Que tal pouparmos os ouvidos de nossa pretensa elite cultural das besteiras do tal Gerald e encaminharmos a grana do vôo da felicidade para programas sociais. Veja o que publicou a Folha Online na nota abaixo. Para uma cidade que não pensa em boa parte de sua população, que não tem emprego, segurança, educação, saneamento e transporte dignos, a coisa parece piada, ou antes, escárnio!!

Não faz falta

Revoltado, Gerald Thomas diz que não vai mais a Curitiba e critica organização do evento

O diretor Gerald Thomas criticou o Festival de Curitiba em seu blog, no começo da noite desta segunda-feira. Ele reclamou da demora da organização do evento para informá-lo da compra das passagens de avião, que iriam levá-lo de Nova York à capital paranaense. Segundo ele, a compra dos bilhetes não foi feita.

"Os organizadores do festival, depois de dias e dias e dias prometendo passagem finalmente me disseram –às 5h (6h no horário de Brasília) a passagem está emitida!!!'. Pronto. Relaxei", publicou. De acordo com Thomas, momentos depois, teve uma triste surpresa.

O diretor contou em detalhes como foi o todo a confusão com a organização do evento: "Antes tivesse sido o caso. Ligaram pra minha produtora. A saga ainda continuava. Nenhuma emissão de bilhete/passagem, já que eu entrava nos e-mails o tempo todo, gastava ligação internacional e skype o tempo todo. Nada. Não há passagem alguma. Não há palestra alguma. Pena. Depois da promessa, existe a tristeza. Muita. Gostaria de ter ido. Visto e ter falado com a platéia. Sensação de deixa pra lá", finalizou.

A Folha Online procurou a organização do evento. Através de sua assessoria de imprensa, o Festival de Curitiba disse que Gerald não pôde vir por "problema de logística" e que "não fará outros comentários sobre o episódio".

(MIGUEL ARCANJO PRADO,
enviado especial da Folha Online a Curitiba)

terça-feira, 25 de março de 2008

Passeio pelas ruas da Magna CWB


Todo mundo e seu Raimundo sabem que é preciso um convênio com o hospital de fraturas para andar em boa parte das calçadas de Curitiba. Mas, caso a pessoa seja cadeirante, a coisa fica pior ainda. Além dos buracos, os cadeirantes enfrentam longas esperas nos pontos de ônibus. Para quem não sabe, nem todo ônibus que circula na Magna Curitiba está preparado para o embarque e desembarque dos cadeirantes. Foi o que aconteceu com Maria Rosa de Azevedo, que mora em São José dos Pinhais e aguardou na manhã desta segunda-feira mais de hora até aparecer um ônibus com as devidas adaptações. Confira nas fotos abaixo, parte da agonia de Maria Rosa, que tentava apanhar o ônibus após sair da Associação dos Deficientes Físicos no Alto da XV rumo ao Terminal Guadalupe. (Fotos: Paulo Rosa)

segunda-feira, 24 de março de 2008

A “aulularia” de Beto, o Breve

O deputado federal Ratinho Junior afirma que a Prefeitura tem uma graninha disponível no governo Federal para o início do projeto do metrô. Uns trocadinhos: R$ 700 milhões. De acordo com o deputado, esta merrequinha está disponível há quatro meses em virtude de uma emenda ao Orçamento apresentada por ele. Até agora, ninguém chegou na boca do caixa para pegar o capilé. Ó deputado, os caras estão de barriga cheia e, convenhamos, R$ 700 milhões não paga o preço de pôr a campanha de Beto em perigo! E metrô para quê? O trânsito da Magna Curitiba não carece, aqui tá tudo beleza! Ônibus funcionando, terminais com chão de mármore, sem filas... Bárbara Curitiba!


Lectio III


AVLVLARIA
, nome de uma comédia de Plauto (230 – 180 a.C.). É a história de um avarento (Euclio = Euclião) que encontra uma panela cheia de ouro enterrada em casa e em vez de gastar o tesouro, ele se consome com a possibilidade de ser roubado pelos seus escravos ou, simplesmente, por ladrões comuns.

Em homenagem ao festival de teatro de Curitiba e suas fartas verbas, aqui vai um trecho da obra, quando Euclião, após sonhar com o deus Lar, que lhe diz do tesouro, duvida da sorte:

EVC. heu me miserum. ego sum perditissimus hominum. pauper

sum, sed di falsa somnia monstrant. auum meum in somnio

uideo. auus aulam auri plenam portat. aulam sub terra clam

collocat iuxta Larem. non tamen credo. somnium falsum est.

quare Lar me non curat? quare me decipit?

(Euclio ad Larem appropinquat. subito autem foueam uidet. Euclio celeriter

multam terram e fouea mouet. tandem aula apparet)

EVC. quid habes, o Lar? quid sub pedibus tenes? hem. aulam uideo.

nempe somnium uerum est.

(Euclio aulam e fouea mouet. intro spectat et aurum uidet. stupet)

euge! eugepae! aurum possideo! non sum pauper, sed diues!

(Subitamente desanimado)

sed tamen hercle homo diues curas semper

habet multas. fures in aedis clam intrant. o me miserum! nunc

fures timeo, quod multam pecuniam possideo. eheu! ut Lar

me uexat! hodie enim mihi multam pecuniam, multas simul

curas dat; hodie igitur perditissimus hominum sum.

quid tum? a! bonum consilium habeo. ecquis me spectat?

quinta-feira, 20 de março de 2008

Um adeus para a Curitiba Polaca

Curitiba deixou de ser polaca. — Quando? — Há pelo menos três décadas. Quando se despejou no Norte do Paraná a geada negra que pôs fim aos verdes pés de café que brotavam da terra roxa. O ano era o de 1975, coincidentemente o ano da última neve na capital.

Depois da tragédia que dividiu a história do Paraná em antes e depois da geada, a população das novíssimas cidades do norte paranaense viu-se obrigada a procurar outros cenários para a realização de suas esperanças, pois o homem não se faz vivo sem esperanças. Com exceção de três grandes centros urbanos, Maringá, Londrina, Curitiba — e mais tarde Foz do Iguaçu, com a construção da usina de Itaipu — as cidades paranaenses começaram a minguar, quando não a desaparecer por completo, principalmente as dependentes da monocultura cafeeira.

À medida que a região setentrional se esvaziava, com rotas migratórias definidas para regiões do Mato Grosso e outros estados mais ao norte do país, uma grande leva de ex-agricultores saiu de suas cidades para engrossar as franjas urbanas, notadamente a de Curitiba, capital do estado com vocação acadêmica, administrativa e habitada por mais de século por povos oriundos da Europa.

Assim, em bairros predominantemente polacos, habitados por italianos e poloneses — São Brás, Campo Comprido, Órleans e até mesmo Santa Felicidade — que se colocavam no caminho da planejada Cidade Industrial de Curitiba, cresceram os conjuntos habitacionais e as sub-habitações, conhecidas como favelas. Com a industrialização resolveu-se em parte o problema do emprego. Curitiba não mais era somente dos estudantes e dos funcionários públicos e os antigos bairros bucólicos ganharam massas de operários e trabalhadores com um sotaque bem brasileiro que se funde aos antigos dialetos. O curitibano fala hoje uma nova língua que ainda está em processo de formação, com uma gramática própria, que incorpora expressões polacas, gaúchas, mineiras, catarinas e paulistas.

A Curitiba do “leitê quentê” é como um velho cartão postal amarelado da Praça Tiradentes ou do Passeio Público. Em nossos dias, a polaca da pele alvíssima e olhos azuis só tem existência garantida nas páginas dos contos do Dalton Trevisan. Ela, se ainda existir, não vai à panificadora comprar “salame, vina, pão bengala e cuca”. A poloca, esta nova polaca, vai para a padaria cantando um pagode e compra mortadela, salsicha, pão e bolo. Broa com banha nem pensar. Os tempos são outros, pão com margarina será a pedida. (JFN)

quarta-feira, 19 de março de 2008

A lenda do tucano que não voa e a Itaipu dourada

Na Magna Curitiba, o exercício da adivinhação está em moda. Mas, por obra do acaso, talvez destino, são vaticínios cheios de vício, lineares e que apontam sempre para o mesmo resultado. Ou seja, nossos adivinhos parecem consultar as entranhas de um mesmo sapo, comum a todos e que já fede. Na realidade, os adivinhadores expressam seus próprios desejos e não se acanham ao construírem o cenário em que Beto, o Breve, polariza com Gleisi, a Iludida. Erram porque ignoram os humores do povo. Erram porque pensam que todo pássaro que voa é tucano e que todo ouro que reluz emana das turbinas de Itaipu.

terça-feira, 18 de março de 2008

Catecúmenos: o catecismo aqui é outro

Para os saudosos do latim praticado nos seminários, a pronúncia reconstituída torna-se um grande impedimento para se entender o latim da Igreja. De fato, a pronúncia da Igreja se aproxima muito da italiana. Desculpem-me caros seminaristas, mas como nunca estive em seminário, a pronúncia que uso aqui é a mesma utilizada nas melhores academias do ramo. Reza a lenda, que muita gente penou para reconstituir o latim falado em Roma na época de César. Foram necessários anos de estudos comparando línguas vivas e mortas para se chegar até a pronúncia que apresento a vocês. Para quem quiser ouvir a pronúncia reconstituída basta acessar o site do Classical Language Instruction Project (Textos falados em Grego e Latim: Virgílio, Horácio, Ovídio, Sêneca, etc).


Fora Microsoft!

Este blog é construído com software livre. Portanto, para quem não está conseguindo visualizar a página, é favor baixar o navegador Mozilla. É grátis e este navegador não vai entrar em conflito com outros programas já instalados no seu PC.

Para a instalação do Mozilla: http://br.mozdev.org/firefox/download.html

Grandes mistérios da Magna Curitiba:

O transporte coletivo;

As relações da Urbs, Câmara e Prefeitura com os empresários do transporte coletivo;

O apoio incondicional da Câmara ao prefeito (qualquer prefeito);

O relacionamento da Prefeitura com as empresas financiadoras de campanhas;

Prestação de contas de campanha;

O caixa do IPCC;

A Usina de Lixo;

O caixa do ICI;

O aterro sanitário;

A relação entre as agências de publicidade e o secretário de comunicação;

O financiamento do Festival de Teatro de Curitiba;

A máfia das funerárias;

A sogra do Ezequias;

O Ezequias;

Dalton Trevisan;

O culto à Maria Bueno;

A loira fantasma;

E o que deixa verde as águas do Passeio Público.

segunda-feira, 17 de março de 2008

A Curitiba maquiada e pela metade

Grave conseqüência da supressão do latim de nossas escolas foi a que determinou o distanciamento das pessoas dos reais significados das palavras e expressões. Daí surgirem todos os tipos de enganadores que espezinham nossa pobre língua com neologismos dignos dos imbecis. Assim, maquiagem é tomada por obra (opus, construção).

Em Curitiba – a capital da maquiagem – no sentido exato da palavra, existe somente uma obra executada por Richa, o Breve. O atual inquilino do Palácio 29 de Março passará para a história como o moço de uma obra só. Trata-se da monumental, da imensurável e insuperável Linha Verde que, pelo andar do Ligeirinho, ficará pela metade. O resto, recapeamento de vias e “revitalização” do diabo a quatro, não passa de uma máscara de pó-de-arroz naquilo que já existe.

A coisa funciona assim: três anos guardando o dinheiro das empreiteiras para que no quarto ano o cidadão fique iludido com uma Prefeitura supostamente operosa. Ou seja, eles partem do princípio de que o eleitor é besta e que não está vendo o grande engodo proporcionado pela ilusão eleitoral imposta.

Lembro que a Linha Verde ficará pela metade. A Marechal Floriano, a Erasto Gaetener, a Mário Tourinho, a Iguaçu, o asfalto casca de ovo, etc, tudo fica ou ficou pela metade.

Não esqueça que a tal Linha Verde continuará deixando a cidade dividida, ou seja, passar de uma metade para outra da cidade ainda continuará sendo uma loteria nos semáforos.

Que tal, caro eleitor, um voto pela metade?

sexta-feira, 14 de março de 2008

Lectio II

circumscriptores comarchum circumdant.

Os trapaceiros cercam o prefeito.

1 - Vocabulário

Circumscriptor – é um substantivo masculino da terceira declinação. Aqui aparece no nominativo plural (circumscriptores) e significa embusteiro, trapaceiro. Genitivo singular: circumscriptoris.

comarchus – é um substantivo masculino da segunda declinação (ver lectio I). Aqui aparece no acusativo singular (objeto direto, terminação um) comarchum e significa chefe ou prefeito de aldeia (Comarco). Genitivo: comarchi.

Circumdant – plural terceira pessoa do indicativo presente do verbo circumdare e significa pôr em volta, rodear, cercar. Constrói-se com acusativo, dativo, ablativo ou duplo acusativo.

2 - Pronúncia

/kirkunskríptores komárkum kirkúndante/

Ver notas da lectio I.

Pela pronúncia reconstituída, o “c” tem som de “k” e o “h” de “r”.

3 - Gramática

Esta frase é exemplo da construção sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto. O sujeito tem que estar no modo nominativo. Como o verbo é transitivo direto, o objeto direto no Latim é obtido no modo acusativo, por isso da terminação um em comarchum.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Linha podre

O engenheiro e prefeito de uma obra só, Beto Richa, passou esta quinta-feira meditando sobre os efeitos de se investir tanto em propaganda numa obra que já nasceu fadada ao fracasso. A Linha Verde, que surge com a última panacéia para resolver o trânsito caótico de Curitiba não vai resolver nada. Pelo contrário, vai apenas agravá-lo, pois não conta com viadutos, criando grandes gargalos nas vias que ousam atravessar a maravilhosa obra do prefeito. Ontem, uma chuvinha foi o suficiente para colocar em dúvida toda a propaganda enganosa da obra, uma passarela ruiu e um viaduto ficou avariado.

Lectio I


comarchus fur est.

O prefeito é ladrão.


1 - Vocabulário

comarchus – é um substantivo masculino da segunda declinação. Aqui aparece no nominativo e significa chefe ou prefeito de aldeia (Comarco). Genitivo: comarchi.

fur – é um substantivo masculino da terceira declinação. Aqui aparece no nominativo e significa ladrão, mas no sentido daquele que rouba às ocultas; velhaco, patife. Em Latim, existe também a palavra latro, neste caso, o ladrão que assalta. Genitivo: furis.

est – terceira pessoa do indicativo presente do verbo sum (ser). Conjuga-se: sum, es, est, sumus, estis, sunt – sou, és, é, somos, sois, são.

2 - Pronúncia

“Cómárkus fúr éste.”

Obs: Em Latim não existem sinais gráficos de acento, portanto, os acentos que aparecem são somente para marcar a pronúncia.

Em Latim todas as letras são pronunciadas, portanto, atenção na pronúncia de est.

Usamos aqui a pronúncia reconstituída.


3 - Gramática

Aqui temos uma das frases mais simples em Latim ou em qualquer língua: substantivo + verbo de ligação + predicativo do sujeito, que pode ser um substantivo ou adjetivo. Neste caso, o verbo está ligando dois substantivos, ou nomes (nominativo). Portanto, temos comarchus como sujeito e fur como seu predicativo. Só para lembrar, verbos de ligação têm predicação incompleta, portanto, estes verbos exigem predicativo, jamais objeto.

Obs: como veremos com mais detalhes nas próximas lições, a ordem das palavras na frase latina não compromete o sentido daquilo que se quer dizer. Mesmo que o verbo apareça no final da frase, como quase sempre aparece, o sentido da frase não muda.

Por hoje é só!

Neste país, até lei burra parece coisa inteligente

A Medida Provisória 415/08, a que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, demonstra categoricamente que em certos gabinetes de Brasília não somente os bípedes legislam. O próprio instrumento utilizado para estabelecer a asneira, esta tal de Medida Provisória, por si só já é abuso do Poder Executivo, que chama para si a tarefa de legislar. Em qualquer país sério, elaborar leis e votá-las são prerrogativas do Legislativo. É por isso que de quatro em quatro anos elegemos deputados. Mas aqui no Brasil a coisa é diferente, um gênio da raça, por exemplo, no cargo de ministro, pode dar uma de legislador. E quem paga a conta do absurdo? – Todo mundo! – Por esta razão se faz urgente desempacar a lei burra: alguém deve explicar ao ministro Tarso Genro (Justiça) que o problema do álcool e direção não vai ser resolvido com a proibição da venda de bebidas às margens das rodovias. Para resolver este problema, o governo precisa investir em educação de tal sorte que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e que saibam que beber e dirigir é um péssimo negócio para si e para seu semelhante. Mas investir em educação requer inteligência e, definitivamente, este é um artigo em falta em boa parte de nossos ministérios.

Uma pro santo

A coisa parece piada e é. Confira o que disse o senador Mão Santa (PMDB-PI) ao criticar, esta semana, no plenário do Senado, a Medida Provisória: “É proibido bebida nas estradas. Mas o Luiz Inácio vai no Aerolula. Ele bebe. Ele toma umas. Não é só ele não. Eu também gosto de viajar. Eu tomo umas. Eu acho que empato com ele. Não é mal não”.

Calor danado, sô!

E Mão Santa sobriamente arremata: “A gente vai no avião, pede uísque, pede cerveja, pede vinho, e vem. Se for vôo internacional é que tem mesmo. A gente pode. Agora, o passageiro do ônibus, depois de trabalhar um ano, tira suas férias, passa numa cidade, um calor danado, como Teresina, mas ele não pode tomar uma cerveja. O que ele tem que ver com essa lei? Quem não pode tomar é o piloto, o aviador, o motorista, mas o passageiro?”

Porre de razão

A despeito da simplicidade e comicidade do que disse o senador Mão Santa, ele parece ter tomado um porre de razão. Este é um país livre, mesmo que o ministro não queira. Quem não deve beber é o motorista, o passageiro não tem nada com isso. Ou então, pela lógica tacanha do Governo, vamos proibir bebidas nos portos, aeroportos e estações de trem; e vender bebida perto de ponto de táxi nem pensar!

Máquina pública

Por aclamação, o procurador Olympio de Sá Sotto Maior foi homologado pela Assembléia Legislativa como novo procurador geral de Justiça do Paraná. Sotto Maior tomará posse no dia 7 de abril, em substituição a Milton Riquelme de Macedo. Em entrevista, Olympio disse que Ministério Público em sua gestão ficará de olho na campanha eleitoral de 5 de outubro: “para que as denúncias de uso da máquina pública recebam respostas concretas”.

Maringá mineira

Neste ano, a cidade de Maringá foi citada apenas uma vez na Câmara dos deputados, em Brasília. E olhe que tal façanha partiu de um deputado mineiro, José Fernando de Oliveira (PV). Ele apresentou projeto de emenda à Constituição que torna obrigatória a criação de Plano Diretor Metropolitano que deverá tratar de ações nas áreas de segurança pública, saúde, educação, assistência social e ordenamento territorial das regiões metropolitanas.