segunda-feira, 31 de março de 2008
Paciência, relaxe e goze até as eleições
- Segundo a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), vinculada à Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), não há congestionamentos na cidade. O que o curitibano enfrenta diariamente seriam pontos de tráfego lento, especialmente no centro e no horário de pico do final da tarde. A lentidão em certas ruas também ocorre por causa de obras viárias, como a reforma da Avenida Marechal Floriano e a construção da Linha Verde no trecho urbano da antiga BR-116. “Estamos com obras em vários pontos. Hoje a maioria dos motoristas já se adaptou e procura alternativa. Mas nem sempre tem como escapar. É preciso ter paciência e lembrar que depois das obras haverá um trânsito com mais fluidez e segurança”, comenta Guacira Civolani, gerente de operação do trânsito da Urbs.
sexta-feira, 28 de março de 2008
A voz de quem?
A partir da nota abaixo da coluna da jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, vai ser muito difícil acreditar nas pesquisas eleitorais do Vox Populi. Os caras já sabem até o resultado das eleições, logo não precisamos de pesquisa. O curioso mesmo é saber quem vai contratar as pesquisas do Vox Populi. Como o negócio é adivinhar, eu aposto no PSDB ou algum partido da futura coligação tucana. Quer apostar???
Veja que primor de nota:
LECTIO IV
vox pecuniae.
A voz do dinheiro.
*****Vocabulário*****
vox – (a) voz. Nominativo singular da terceira declinação. Genitivo: vocis.
pecuniae – (do) dinheiro, (do) pagamento. Genitivo singular do substantivo feminino pecunia (nominativo, primeira declinação). Outra tradução para vox pecuniae seria : A voz do pagamento.
populi – (do) povo. Genitivo singular do substantivo masculino populus (nominativo, segunda declinação). vox populi = a voz do povo. vox dei = a voz de deus. vox populi vox dei = a voz do povo é a voz de Deus.
As viagens da turma do Beto
Vamos e convenhamos, será que uma prefeitura precisa gastar tanto em viagens: R$ 115 mi por mês? Mas tudo isso explica a razão dos bairros de Curitiba estarem abandonados. Com tantas viagens, não sobra tempo para administrar a cidade.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Leia também a coluna Política Hoje de Maringá
O vôo da felicidade financiado pela Fucucu
Os “produtores culturais de Curitiba” juntamente com a Fundação Cultural de Curitiba (Fucucu) têm uma relação metafísica com o nada, desde que este nada se traduza em dinheiro, é lógico. Temos esta agora, deste tal de Gerald Thomas, verdadeiro representante do marketing do nada, ou seja, de si próprio, reclamando de uma passagem para palestrar no Festival de Teatro de Curitiba, que aliás, até hoje nunca teve suas contas verdadeiramente esclarecidas pela nossa valorosa e inoperante Câmara de Vereadores.
Deixa o cara em Nova York, aqui ele não faz falta. E a grana da passagem? Bom, temos nos cruzamentos das ruas da cidade uma pá de gente sem futuro pedindo esmolas. Que tal pouparmos os ouvidos de nossa pretensa elite cultural das besteiras do tal Gerald e encaminharmos a grana do vôo da felicidade para programas sociais. Veja o que publicou a Folha Online na nota abaixo. Para uma cidade que não pensa em boa parte de sua população, que não tem emprego, segurança, educação, saneamento e transporte dignos, a coisa parece piada, ou antes, escárnio!!
Não faz falta
Revoltado, Gerald Thomas diz que não vai mais a Curitiba e critica organização do evento
O diretor Gerald Thomas criticou o Festival de Curitiba em seu blog, no começo da noite desta segunda-feira. Ele reclamou da demora da organização do evento para informá-lo da compra das passagens de avião, que iriam levá-lo de Nova York à capital paranaense. Segundo ele, a compra dos bilhetes não foi feita.
"Os organizadores do festival, depois de dias e dias e dias prometendo passagem finalmente me disseram –às 5h (6h no horário de Brasília) a passagem está emitida!!!'. Pronto. Relaxei", publicou. De acordo com Thomas, momentos depois, teve uma triste surpresa.
O diretor contou em detalhes como foi o todo a confusão com a organização do evento: "Antes tivesse sido o caso. Ligaram pra minha produtora. A saga ainda continuava. Nenhuma emissão de bilhete/passagem, já que eu entrava nos e-mails o tempo todo, gastava ligação internacional e skype o tempo todo. Nada. Não há passagem alguma. Não há palestra alguma. Pena. Depois da promessa, existe a tristeza. Muita. Gostaria de ter ido. Visto e ter falado com a platéia. Sensação de deixa pra lá", finalizou.
A Folha Online procurou a organização do evento. Através de sua assessoria de imprensa, o Festival de Curitiba disse que Gerald não pôde vir por "problema de logística" e que "não fará outros comentários sobre o episódio".
enviado especial da Folha Online a Curitiba)
terça-feira, 25 de março de 2008
Passeio pelas ruas da Magna CWB
segunda-feira, 24 de março de 2008
A “aulularia” de Beto, o Breve
Lectio III
AVLVLARIA, nome de uma comédia de Plauto (230 – 180 a.C.). É a história de um avarento (Euclio = Euclião) que encontra uma panela cheia de ouro enterrada em casa e em vez de gastar o tesouro, ele se consome com a possibilidade de ser roubado pelos seus escravos ou, simplesmente, por ladrões comuns.
Em homenagem ao festival de teatro de Curitiba e suas fartas verbas, aqui vai um trecho da obra, quando Euclião, após sonhar com o deus Lar, que lhe diz do tesouro, duvida da sorte:
EVC. heu me miserum. ego sum perditissimus hominum. pauper
sum, sed di falsa somnia monstrant. auum meum in somnio
uideo. auus aulam auri plenam portat. aulam sub terra clam
collocat iuxta Larem. non tamen credo. somnium falsum est.
quare Lar me non curat? quare me decipit?
(Euclio ad Larem appropinquat. subito autem foueam uidet. Euclio celeriter
multam terram e fouea mouet. tandem aula apparet)
EVC. quid habes, o Lar? quid sub pedibus tenes? hem. aulam uideo.
nempe somnium uerum est.
(Euclio aulam e fouea mouet. intro spectat et aurum uidet. stupet)
euge! eugepae! aurum possideo! non sum pauper, sed diues!
(Subitamente desanimado)
sed tamen hercle homo diues curas semper
habet multas. fures in aedis clam intrant. o me miserum! nunc
fures timeo, quod multam pecuniam possideo. eheu! ut Lar
me uexat! hodie enim mihi multam pecuniam, multas simul
curas dat; hodie igitur perditissimus hominum sum.
quid tum? a! bonum consilium habeo. ecquis me spectat?quinta-feira, 20 de março de 2008
Um adeus para a Curitiba Polaca
Curitiba deixou de ser polaca. — Quando? — Há pelo menos três décadas. Quando se despejou no Norte do Paraná a geada negra que pôs fim aos verdes pés de café que brotavam da terra roxa. O ano era o de 1975, coincidentemente o ano da última neve na capital.
Depois da tragédia que dividiu a história do Paraná em antes e depois da geada, a população das novíssimas cidades do norte paranaense viu-se obrigada a procurar outros cenários para a realização de suas esperanças, pois o homem não se faz vivo sem esperanças. Com exceção de três grandes centros urbanos, Maringá, Londrina, Curitiba — e mais tarde Foz do Iguaçu, com a construção da usina de Itaipu — as cidades paranaenses começaram a minguar, quando não a desaparecer por completo, principalmente as dependentes da monocultura cafeeira.
À medida que a região setentrional se esvaziava, com rotas migratórias definidas para regiões do Mato Grosso e outros estados mais ao norte do país, uma grande leva de ex-agricultores saiu de suas cidades para engrossar as franjas urbanas, notadamente a de Curitiba, capital do estado com vocação acadêmica, administrativa e habitada por mais de século por povos oriundos da Europa.
Assim, em bairros predominantemente polacos, habitados por italianos e poloneses — São Brás, Campo Comprido, Órleans e até mesmo Santa Felicidade — que se colocavam no caminho da planejada Cidade Industrial de Curitiba, cresceram os conjuntos habitacionais e as sub-habitações, conhecidas como favelas. Com a industrialização resolveu-se em parte o problema do emprego. Curitiba não mais era somente dos estudantes e dos funcionários públicos e os antigos bairros bucólicos ganharam massas de operários e trabalhadores com um sotaque bem brasileiro que se funde aos antigos dialetos. O curitibano fala hoje uma nova língua que ainda está em processo de formação, com uma gramática própria, que incorpora expressões polacas, gaúchas, mineiras, catarinas e paulistas.
A Curitiba do “leitê quentê” é como um velho cartão postal amarelado da Praça Tiradentes ou do Passeio Público. Em nossos dias, a polaca da pele alvíssima e olhos azuis só tem existência garantida nas páginas dos contos do Dalton Trevisan. Ela, se ainda existir, não vai à panificadora comprar “salame, vina, pão bengala e cuca”. A poloca, esta nova polaca, vai para a padaria cantando um pagode e compra mortadela, salsicha, pão e bolo. Broa com banha nem pensar. Os tempos são outros, pão com margarina será a pedida. (JFN)
quarta-feira, 19 de março de 2008
A lenda do tucano que não voa e a Itaipu dourada
Na Magna Curitiba, o exercício da adivinhação está em moda. Mas, por obra do acaso, talvez destino, são vaticínios cheios de vício, lineares e que apontam sempre para o mesmo resultado. Ou seja, nossos adivinhos parecem consultar as entranhas de um mesmo sapo, comum a todos e que já fede. Na realidade, os adivinhadores expressam seus próprios desejos e não se acanham ao construírem o cenário em que Beto, o Breve, polariza com Gleisi, a Iludida. Erram porque ignoram os humores do povo. Erram porque pensam que todo pássaro que voa é tucano e que todo ouro que reluz emana das turbinas de Itaipu.
terça-feira, 18 de março de 2008
Catecúmenos: o catecismo aqui é outro
Fora Microsoft!
Para a instalação do Mozilla: http://br.mozdev.org/firefox/download.html
Grandes mistérios da Magna Curitiba:
O transporte coletivo;
As relações da Urbs, Câmara e Prefeitura com os empresários do transporte coletivo;
O apoio incondicional da Câmara ao prefeito (qualquer prefeito);
O relacionamento da Prefeitura com as empresas financiadoras de campanhas;
Prestação de contas de campanha;
O caixa do IPCC;
A Usina de Lixo;
O caixa do ICI;
O aterro sanitário;
A relação entre as agências de publicidade e o secretário de comunicação;
O financiamento do Festival de Teatro de Curitiba;
A máfia das funerárias;
A sogra do Ezequias;
O Ezequias;
Dalton Trevisan;
O culto à Maria Bueno;
A loira fantasma;
E o que deixa verde as águas do Passeio Público.
segunda-feira, 17 de março de 2008
A Curitiba maquiada e pela metade
Grave conseqüência da supressão do latim de nossas escolas foi a que determinou o distanciamento das pessoas dos reais significados das palavras e expressões. Daí surgirem todos os tipos de enganadores que espezinham nossa pobre língua com neologismos dignos dos imbecis. Assim, maquiagem é tomada por obra (opus, construção).
Em Curitiba – a capital da maquiagem – no sentido exato da palavra, existe somente uma obra executada por Richa, o Breve. O atual inquilino do Palácio 29 de Março passará para a história como o moço de uma obra só. Trata-se da monumental, da imensurável e insuperável Linha Verde que, pelo andar do Ligeirinho, ficará pela metade. O resto, recapeamento de vias e “revitalização” do diabo a quatro, não passa de uma máscara de pó-de-arroz naquilo que já existe.
A coisa funciona assim: três anos guardando o dinheiro das empreiteiras para que no quarto ano o cidadão fique iludido com uma Prefeitura supostamente operosa. Ou seja, eles partem do princípio de que o eleitor é besta e que não está vendo o grande engodo proporcionado pela ilusão eleitoral imposta.
Lembro que a Linha Verde ficará pela metade. A Marechal Floriano, a Erasto Gaetener, a Mário Tourinho, a Iguaçu, o asfalto casca de ovo, etc, tudo fica ou ficou pela metade.
Não esqueça que a tal Linha Verde continuará deixando a cidade dividida, ou seja, passar de uma metade para outra da cidade ainda continuará sendo uma loteria nos semáforos.
Que tal, caro eleitor, um voto pela metade?
sexta-feira, 14 de março de 2008
Lectio II
circumscriptores comarchum circumdant.
Os trapaceiros cercam o prefeito.
1 - Vocabulário
Circumscriptor – é um substantivo masculino da terceira declinação. Aqui aparece no nominativo plural (circumscriptores) e significa embusteiro, trapaceiro. Genitivo singular: circumscriptoris.
comarchus – é um substantivo masculino da segunda declinação (ver lectio I). Aqui aparece no acusativo singular (objeto direto, terminação um) comarchum e significa chefe ou prefeito de aldeia (Comarco). Genitivo: comarchi.
Circumdant – plural terceira pessoa do indicativo presente do verbo circumdare e significa pôr em volta, rodear, cercar. Constrói-se com acusativo, dativo, ablativo ou duplo acusativo.
2 - Pronúncia
/kirkunskríptores komárkum kirkúndante/
Ver notas da lectio I.
Pela pronúncia reconstituída, o “c” tem som de “k” e o “h” de “r”.
3 - Gramática
Esta frase é exemplo da construção sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto. O sujeito tem que estar no modo nominativo. Como o verbo é transitivo direto, o objeto direto no Latim é obtido no modo acusativo, por isso da terminação um em comarchum.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Linha podre
Lectio I
comarchus fur est.
O prefeito é ladrão.
1 - Vocabulário
comarchus – é um substantivo masculino da segunda declinação. Aqui aparece no nominativo e significa chefe ou prefeito de aldeia (Comarco). Genitivo: comarchi.
fur – é um substantivo masculino da terceira declinação. Aqui aparece no nominativo e significa ladrão, mas no sentido daquele que rouba às ocultas; velhaco, patife. Em Latim, existe também a palavra latro, neste caso, o ladrão que assalta. Genitivo: furis.
est – terceira pessoa do indicativo presente do verbo sum (ser). Conjuga-se: sum, es, est, sumus, estis, sunt – sou, és, é, somos, sois, são.
2 - Pronúncia
“Cómárkus fúr éste.”
Obs: Em Latim não existem sinais gráficos de acento, portanto, os acentos que aparecem são somente para marcar a pronúncia.
Em Latim todas as letras são pronunciadas, portanto, atenção na pronúncia de est.
Usamos aqui a pronúncia reconstituída.
3 - Gramática
Aqui temos uma das frases mais simples em Latim ou em qualquer língua: substantivo + verbo de ligação + predicativo do sujeito, que pode ser um substantivo ou adjetivo. Neste caso, o verbo está ligando dois substantivos, ou nomes (nominativo). Portanto, temos comarchus como sujeito e fur como seu predicativo. Só para lembrar, verbos de ligação têm predicação incompleta, portanto, estes verbos exigem predicativo, jamais objeto.
Obs: como veremos com mais detalhes nas próximas lições, a ordem das palavras na frase latina não compromete o sentido daquilo que se quer dizer. Mesmo que o verbo apareça no final da frase, como quase sempre aparece, o sentido da frase não muda.
Neste país, até lei burra parece coisa inteligente
A Medida Provisória 415/08, a que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, demonstra categoricamente que em certos gabinetes de Brasília não somente os bípedes legislam. O próprio instrumento utilizado para estabelecer a asneira, esta tal de Medida Provisória, por si só já é abuso do Poder Executivo, que chama para si a tarefa de legislar. Em qualquer país sério, elaborar leis e votá-las são prerrogativas do Legislativo. É por isso que de quatro em quatro anos elegemos deputados. Mas aqui no Brasil a coisa é diferente, um gênio da raça, por exemplo, no cargo de ministro, pode dar uma de legislador. E quem paga a conta do absurdo? – Todo mundo! – Por esta razão se faz urgente desempacar a lei burra: alguém deve explicar ao ministro Tarso Genro (Justiça) que o problema do álcool e direção não vai ser resolvido com a proibição da venda de bebidas às margens das rodovias. Para resolver este problema, o governo precisa investir em educação de tal sorte que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e que saibam que beber e dirigir é um péssimo negócio para si e para seu semelhante. Mas investir em educação requer inteligência e, definitivamente, este é um artigo em falta em boa parte de nossos ministérios.