quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
O racismo no Grêmio de Porto Alegre e o hino do time
Releio o livro do velho e bom Lupicínio Rodrigues, na realidade crônicas organizada por seu filho homônimo. São histórias publicadas no jornal Última Hora (1963) em que Lupicínio explica como escreveu suas músicas. São vários episódios de humor refinado e nada politicamente corretos. Numa delas, o gaúcho explicava o absurdo de escrever a letra do hino para um time com raízes racistas. "O Grêmio foi o último time a aceitar a raça, porque em seus estatutos constava uma cláusula que dizia que ele perderia seu campo, doado por uns alemães, caso aceitasse pessoas de cor em seus quadros"... Esse livro que nunca mais vi nas livrarias - título: Foi Assim - é da LP&M.
Barulheira agora tem lei. Mas esta lei vai ser observada?
Neste instante entrou no site da Alep matéria informando que foi aprovada hoje a proposição do deputado Luiz Eduardo Cheida “que proíbe a utilização de equipamentos em veículos automotores que produzam som em nível de volume acima de 80 decibéis, medidos a sete metros de distância em vias públicas”. Neste exato momento um carro “do sonho” grita a plenos pulmões atrás da Alep. Uma prova inequívoca que a maioria das leis propostas pelos deputados não resiste a cinco minutos de realidade.
Bom saber...vou ficar de olho
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Roteiro para a avaliação de uma derrota eleitoral
Alguns erros comuns que determinam a derrota nas urnas, de acordo com Hiram Pessoa de Melo, experiente marqueteiro e autor do livro "Ganha Mais quem erra menos:
Se você realmente está a fim de se auto-destruir, o caminho mais rápido é perder o controle da boca, dizendo coisas inoportunas, nos momentos mais inadequados.
Fazer um gesto fora dos padrões, também ajuda muito.
Dê margem para a “tropa de emprenhadores de ouvido” instalar um clima de fofocas e intrigas na campanha.
Fique “refém de um pequeno grupo de puxas-saco”, que só dizem o que você quer ouvir. Uma corte disciplinada faz bem para o ego. Creia que o seu pensamento e o de seu entorno represente o pensamento de todo mundo. (J. Napolitan).
Acredite que o conceito de Maquiavel “dividir para reinar” funcione numa campanha política.
Tire a autoridade de seu marqueteiro, solicitando sugestões para outros profissionais.
Incentive a criação de campanhas paralelas, tumultuando a sua equipe de marketing.
Seja ao mesmo tempo candidato, marqueteiro, jornalista e diretor de TV. Afinal, você é autosuficiente. Sabe tudo.
Interfira em tudo na campanha. Seja centralizador. Seja vaidoso, egocêntrico. Não tenha humildade, nem senso crítico. Não saiba ouvir ou só ouça o que você quer ouvir.
Nos momentos adversos, ache que é vítima de uma conspiração.
Não acredite que a realidade é a única verdade (Perón).
Iluda-se, fantasie, viaje na maionese.
Seja o dono de todas as idéias da campanha. Seja o dono da verdade. O pai de Deus.
Trate mal a sua equipe. Seja autoritário, intolerante, grosso. Tenha “faniquitos”. Tenha assessores que sentem ciúmes de homem na política. São ótimos para afastar todo mundo que quer lhe ajudar.
Não interfira nas disputas internas de poder.
Não dê bola para os pequenos detalhes. O diabo mora nos detalhes.
Seja obsessivo, preocupe-se com questões menores e sem importância.
Acredite somente nas pesquisas favoráveis. As desfavoráveis são armação.
Nunca aceite críticas. Quem eles pensam que são para criticar você?
Se transforme num candidato tóxico, contaminando a campanha.
Tenha um “surto de autismo”.
Esqueça-se de amigos aliados.
Esse negócio de campanha política organizada não funciona.
Você tem um bom disco rígido e o software da vitória, basta colocá-lo no drive do computador e dar o enter, que tudo aquilo que deu certo no passado vai dar certo novamente.
Acredite, você é o cara, você tem a força, o fogo sagrado dos deuses.
Nos debates, seja agressivo, ataque. Se pegarem no seu pé, perca as estribeiras, dê um pau no cara.Seja irônico, isso passa um ar de superioridade.
Trabalhe com amadores, centralize e não organize
Profissionalizar as áreas da campanha vai sair muito caro, vamos trabalhar com a turminha.
Para tomar uma decisão, vamos ouvir a opinião de todo mundo, numa assembléia geral.
Qualquer decisão, a menor que seja, tem que passar pelas mãos do candidato.
Tudo tem que girar em torno do candidato.
Não se preocupe com vazamento de informações.
Não estabeleça canais de informação entre o Partido e a campanha.
Não dê bola para o Partido.
Não invista na capacitação da sua equipe geral de campanha.
Deixe os conflitos naturais correrem frouxo. Campanha é isso mesmo.
Fazer planejamento estratégico é pura perda de tempo.
Confie no seu taco, confie na improvisação.
Não gastar dinheiro contratando bons advogados eleitorais. “Vamos trabalhar com uns amigos meus, que manjam alguma coisa de direito eleitoral. Vai ser na faixa”.
Comida para o pessoal do Dia D? Mandem um sanduíche de mortadela com ‘refri’ que está muito bom.
“Marqueteiro porra nenhuma...O marqueteiro soy yo!” Esses caras são todos uns estrelas, donos da verdade. Uns enganadores, que cobram uma fortuna e ainda por cima são cínicos. Quando ganham, o mérito foi só deles e quando perdem, a culpa foi exclusiva do candidato. Mas se mesmo assim vai contratar um marqueteiro, algumas dicas:
Contrate um marqueteiro inexperiente.
Contrate um marqueteiro estrela, desses que são os donos da verdade e que ficam ofendidos por qualquer coisa. É o temperamento deles.
Estimule o conflito interno entre o marqueteiro, a produtora de TV, o pesquisador, a agência de propaganda.
Contrate um publicitário, com experiência mínima em campanha eleitoral.
Estratégia e tática não servem para nada, confie no próprio taco e navegue ao sabor das ondas Não tenha estratégia alguma. Campanha é como uma carroça carregada de abóboras. Na medida em que a carroça anda, as abóboras se acomodam. Voluntarismo e autosuficiência bastam para ganhar.
Deixe questões mal resolvidas e explicadas. (Francisco Ferraz)
Faça mudanças estratégicas constantes para confundir os adversários. Vai confundir os próprios aliados, mas tudo bem.
Achar que a propaganda política supre os déficits da campanha.
Pecar por “maximalismo”, prometer demasiado. (Sanchis)
Seja um candidato camaleão, mude de opinião. Seja inconstante e adote o slogan “eu prefiro ser, uma metamorfose ambulante”.
Mude de personalidade, crie um novo personagem.
Não recorra às pesquisas quantitativas e qualitativas par orientar a estratégia.
Erros de proposta e discurso: vomite qualquer coisa. O eleitor não vai acreditar mesmo
Plano de governo ninguém lê.
A sua plataforma de governo pode ser resumida em palavras de ordem como “choque de gestão”.
Campanha negativa, seja o pitbull da campanha Personalize o ataque, seja você mesmo quem vai botar a cara e bater no adversário.
Faça ataques pessoais, assim você torna o adversário uma vítima.
Deixe sem resposta os ataques negativos contra você.
Não leve em consideração que o seu ataque poderá beneficiar um terceiro.
Responda a todos os ataques compulsivamente.
Jornalista é tudo igual
Contrate um assessor de imprensa que seja amiguinho dos adversários e que goste de fazer média com eles.
Dê emprego para um jornalista despreparado que nunca trabalhou com política.
Pesquisa não resolve nada Economize em pesquisas.
Não acredite nas pesquisas.
Novas tecnologias? O povo não usa a internet
Fazer o mesmo uso que Obama fez da internet vai ser fácil.
Não profissionalize a sua campanha de internet.
Aceite doações em troca de benefícios futuros na sua administração.
“No crea em las brujas”. As balas perdidas só atingem os outros.
Acreditar na Lei da Inércia: Os erros estão aos olhos de todos, mas ninguém toma uma atitude.
A Lei de Murphy nas campanhas políticas é uma bobagem. Você mesmo cria as condições para que tudo dê errado e sempre acaba dando errado... Porque os erros e equívocos, quase sempre são os mesmos e possuem a mesma origem.
Se você realmente está a fim de se auto-destruir, o caminho mais rápido é perder o controle da boca, dizendo coisas inoportunas, nos momentos mais inadequados.
Fazer um gesto fora dos padrões, também ajuda muito.
Dê margem para a “tropa de emprenhadores de ouvido” instalar um clima de fofocas e intrigas na campanha.
Fique “refém de um pequeno grupo de puxas-saco”, que só dizem o que você quer ouvir. Uma corte disciplinada faz bem para o ego. Creia que o seu pensamento e o de seu entorno represente o pensamento de todo mundo. (J. Napolitan).
Acredite que o conceito de Maquiavel “dividir para reinar” funcione numa campanha política.
Tire a autoridade de seu marqueteiro, solicitando sugestões para outros profissionais.
Incentive a criação de campanhas paralelas, tumultuando a sua equipe de marketing.
Seja ao mesmo tempo candidato, marqueteiro, jornalista e diretor de TV. Afinal, você é autosuficiente. Sabe tudo.
Interfira em tudo na campanha. Seja centralizador. Seja vaidoso, egocêntrico. Não tenha humildade, nem senso crítico. Não saiba ouvir ou só ouça o que você quer ouvir.
Nos momentos adversos, ache que é vítima de uma conspiração.
Não acredite que a realidade é a única verdade (Perón).
Iluda-se, fantasie, viaje na maionese.
Seja o dono de todas as idéias da campanha. Seja o dono da verdade. O pai de Deus.
Trate mal a sua equipe. Seja autoritário, intolerante, grosso. Tenha “faniquitos”. Tenha assessores que sentem ciúmes de homem na política. São ótimos para afastar todo mundo que quer lhe ajudar.
Não interfira nas disputas internas de poder.
Não dê bola para os pequenos detalhes. O diabo mora nos detalhes.
Seja obsessivo, preocupe-se com questões menores e sem importância.
Acredite somente nas pesquisas favoráveis. As desfavoráveis são armação.
Nunca aceite críticas. Quem eles pensam que são para criticar você?
Se transforme num candidato tóxico, contaminando a campanha.
Tenha um “surto de autismo”.
Esqueça-se de amigos aliados.
Esse negócio de campanha política organizada não funciona.
Você tem um bom disco rígido e o software da vitória, basta colocá-lo no drive do computador e dar o enter, que tudo aquilo que deu certo no passado vai dar certo novamente.
Acredite, você é o cara, você tem a força, o fogo sagrado dos deuses.
Nos debates, seja agressivo, ataque. Se pegarem no seu pé, perca as estribeiras, dê um pau no cara.Seja irônico, isso passa um ar de superioridade.
Trabalhe com amadores, centralize e não organize
Profissionalizar as áreas da campanha vai sair muito caro, vamos trabalhar com a turminha.
Para tomar uma decisão, vamos ouvir a opinião de todo mundo, numa assembléia geral.
Qualquer decisão, a menor que seja, tem que passar pelas mãos do candidato.
Tudo tem que girar em torno do candidato.
Não se preocupe com vazamento de informações.
Não estabeleça canais de informação entre o Partido e a campanha.
Não dê bola para o Partido.
Não invista na capacitação da sua equipe geral de campanha.
Deixe os conflitos naturais correrem frouxo. Campanha é isso mesmo.
Fazer planejamento estratégico é pura perda de tempo.
Confie no seu taco, confie na improvisação.
Não gastar dinheiro contratando bons advogados eleitorais. “Vamos trabalhar com uns amigos meus, que manjam alguma coisa de direito eleitoral. Vai ser na faixa”.
Comida para o pessoal do Dia D? Mandem um sanduíche de mortadela com ‘refri’ que está muito bom.
“Marqueteiro porra nenhuma...O marqueteiro soy yo!” Esses caras são todos uns estrelas, donos da verdade. Uns enganadores, que cobram uma fortuna e ainda por cima são cínicos. Quando ganham, o mérito foi só deles e quando perdem, a culpa foi exclusiva do candidato. Mas se mesmo assim vai contratar um marqueteiro, algumas dicas:
Contrate um marqueteiro inexperiente.
Contrate um marqueteiro estrela, desses que são os donos da verdade e que ficam ofendidos por qualquer coisa. É o temperamento deles.
Estimule o conflito interno entre o marqueteiro, a produtora de TV, o pesquisador, a agência de propaganda.
Contrate um publicitário, com experiência mínima em campanha eleitoral.
Estratégia e tática não servem para nada, confie no próprio taco e navegue ao sabor das ondas Não tenha estratégia alguma. Campanha é como uma carroça carregada de abóboras. Na medida em que a carroça anda, as abóboras se acomodam. Voluntarismo e autosuficiência bastam para ganhar.
Deixe questões mal resolvidas e explicadas. (Francisco Ferraz)
Faça mudanças estratégicas constantes para confundir os adversários. Vai confundir os próprios aliados, mas tudo bem.
Achar que a propaganda política supre os déficits da campanha.
Pecar por “maximalismo”, prometer demasiado. (Sanchis)
Seja um candidato camaleão, mude de opinião. Seja inconstante e adote o slogan “eu prefiro ser, uma metamorfose ambulante”.
Mude de personalidade, crie um novo personagem.
Não recorra às pesquisas quantitativas e qualitativas par orientar a estratégia.
Erros de proposta e discurso: vomite qualquer coisa. O eleitor não vai acreditar mesmo
Plano de governo ninguém lê.
A sua plataforma de governo pode ser resumida em palavras de ordem como “choque de gestão”.
Campanha negativa, seja o pitbull da campanha Personalize o ataque, seja você mesmo quem vai botar a cara e bater no adversário.
Faça ataques pessoais, assim você torna o adversário uma vítima.
Deixe sem resposta os ataques negativos contra você.
Não leve em consideração que o seu ataque poderá beneficiar um terceiro.
Responda a todos os ataques compulsivamente.
Jornalista é tudo igual
Contrate um assessor de imprensa que seja amiguinho dos adversários e que goste de fazer média com eles.
Dê emprego para um jornalista despreparado que nunca trabalhou com política.
Pesquisa não resolve nada Economize em pesquisas.
Não acredite nas pesquisas.
Novas tecnologias? O povo não usa a internet
Fazer o mesmo uso que Obama fez da internet vai ser fácil.
Não profissionalize a sua campanha de internet.
Aceite doações em troca de benefícios futuros na sua administração.
“No crea em las brujas”. As balas perdidas só atingem os outros.
Acreditar na Lei da Inércia: Os erros estão aos olhos de todos, mas ninguém toma uma atitude.
A Lei de Murphy nas campanhas políticas é uma bobagem. Você mesmo cria as condições para que tudo dê errado e sempre acaba dando errado... Porque os erros e equívocos, quase sempre são os mesmos e possuem a mesma origem.
domingo, 28 de outubro de 2012
Do que é feito o vento
Quando sopra o vento
E faz tremular as bandeiras
Tingidas do vermelho sangue
De todos os nossos companheiros
Que um dia tombaram na luta
Oiço antigos e silenciosos cantos
Que na voz do vento vão se juntando
A nos dizer ao pé do ouvido
Que o belo neste mundo
É lutar pelo que vale a pena
E que tudo neste mundo
Pode ser modificado pela forte ventania
Que é feita do sopro
Dos últimos suspiros
Daqueles que sofreram na tirana opressão
E num doído gesto de força e convicção
Tiraram do fundo do peito
O grito de liberdade
Porque para o vento não há prisão.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Ratinho antecipa discurso da derrota para a Folha de S. Paulo
Ratinho Junior reconhece erros e antecipa discurso da derrota em Curitiba
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA
DE CURITIBA
Após pesquisa Datafolha registrar 17 pontos percentuais de vantagem para seu adversário na reta final da eleição, Ratinho Junior (PSC), que disputa a Prefeitura de Curitiba, já reconhece erros na campanha e diz torcer para que as pesquisas estejam enganadas.
O candidato do PSC, 31 anos e deputado federal em segundo mandato, foi a grande surpresa do primeiro turno. Ficou em primeiro lugar, com 34% dos votos válidos, e deixou para trás o pedetista Gustavo Fruet, apoiado pelo PT dos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações); e Luciano Ducci (PSB), atual prefeito e afilhado político do governador tucano Beto Richa.
Hoje, porém, Ratinho está atrás do adversário. Segundo Datafolha divulgado nesta semana, Fruet tem 52% das intenções de voto, contra 35% de Ratinho. Na pesquisa da semana anterior, ele tinha 36% --a oscilação foi dentro da margem de erro.
"Nós erramos, demoramos a reagir", diz, sobre a campanha no segundo turno.
Divulgação | ||
Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT), que irão disputar o segundo turno em Curitiba |
A inércia da candidatura ocorre a despeito de uma mudança de estratégia. Desde a semana passada, ele vem centrando críticas em Fruet, ex-tucano, e em sua aliança com o PT, acusando-o de "contradição". Vinhetas na TV também afirmam que o partido rival "nunca deu certo em prefeituras", numa tentativa de atingir o eleitorado anti-PT.
A avaliação de Ratinho, porém, é que ele não conseguiu atrair os eleitores do atual prefeito. Segundo o Datafolha, 55% dos eleitores de Ducci no primeiro turno declaram voto em Fruet.
"Acho que é pela ligação que ele tinha com o grupo anterior [de Ducci]", diz o candidato do PSC. Fruet saiu do PSDB, que apoia o atual prefeito, no ano passado, e chegou a fazer campanha ao lado de Ducci em 2010.
Ratinho Junior também avalia que errou ao não rebater as acusações de inexperiência, que ocorrem desde o primeiro turno.
"Eles [Ducci e Fruet] me desconstruíram, jogaram uma sensação de insegurança para a população", afirma.
Integrantes da campanha concordam que houve "erro de estratégia", o que causou debates acalorados na coordenação, e "demora" ao mobilizar a militância após o primeiro turno.
Agora, Ratinho diz estar fazendo uma "defesa territorial", indo atrás do eleitor mais pobre e da periferia, que votou nele e em Ducci. A campanha tem reforçado que o candidato, filho do apresentador Ratinho, é "do povão", e apelado pela "virada".
Ratinho não comenta o que fará caso perca a eleição --ele é deputado federal licenciado e tem mandato até 2014.
Lucas Tófoli/Editoria de Arte/Folhapress | ||
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1175687-ratinho-junior-reconhece-erros-e-antecipa-discurso-da-derrota-em-curitiba.shtml
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Agora, sobra para Ratinho escolher como perder
Em Curitiba, o Datafolha aponta uma vitória com grande
diferença de votos entre os candidatos. Gustavo Fruet aparece no último
levantamento com 52% da preferência do eleitorado contra apenas 35% de Ratinho
Junior, ou 60% para Fruet e 40% para Ratinho, se levarmos em conta somente os
votos válidos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. Eleitores que não sabem ou não responderam somam 8% – eram 4% na pesquisa anterior. Votos brancos e nulos somam 5%; o índice na primeira pesquisa do Datafolha era de 8%.
A grosso modo, considerados somente o percentual dos candidatos, são praticamente os mesmos números da primeira pesquisa realizada depois do primeiro turno e que confirma a cristalização dos votos em Fruet e a estagnação da candidatura Junior. Tais números são a razão do baixo nível dos comerciais da campanha de Ratinho, numa tentativa desesperada de provocar uma alteração substancial no que já pode ser considerada uma vitória acachapante de Fruet.
Mas é aí que a porca torce o rabo, a marquetagem de Ratinho
está num dilema que envolve a dosemetria, ou em outras palavras, como
ressuscitar uma candidatura que dá seus últimos suspiros sem matar o moribundo:
e bater com muita força não parece ser uma boa tática, funciona para desopilar
o fígado ou aliviar as mágoas da coordenação de campanha e seus financiadores,
raramente para mudar o resultado de uma eleição com uma diferença tão grande
entre os candidatos.
Outra saída seria mostrar propostas revolucionárias, mas
essas propostas não existem no programa de Ratinho, tudo ali é repetição
medonha da mediocridade que tomou conta dos velhos planejadores da cidade que
estão perfilados ao seu lado.
O último comprimido que sobra no frasco chama-se mobilização
popular, criar eventos gigantes para tentar convencer o eleitorado de que os
números das pesquisas estão errados. Mas também aqui, a campanha de Ratinho não
possui elementos para levar a empreitada adiante. Ele não tem um partido de
massas ao seu lado e também não preparou um exército, mesmo que de mercenários,
para apoiá-lo em grande comício, passeata ou carreata. Reunir tal exército
nessa altura é simplesmente impossível, custaria uma fortuna e os efeitos
seriam pífios.
Neste comprimido também tem outros tipos de agentes mobilizadores
da opinião pública: veículos de comunicação e as redes sociais na internet. Os
veículos de comunicação estão inacessíveis porque são vigiados pela Justiça
Eleitoral.
As redes sociais, desprezadas até o momento por Ratinho,
foram fundamentais para Fruet virar o jogo no primeiro turno, porque de
internauta para internauta se desmistificaram os números das pesquisas
tendenciosas que apontavam outro candidato no segundo turno.
Como disse, a
campanha de Ratinho desprezou ou relegou essa ferramenta ao segundo plano e por
assim ser, ele não pode hoje contar com a web para virar o jogo, são poucos os seus soldados cibernéticos, descoordenados e que não conseguem entender como funcionam as novas
tecnologias e suas linguagens.
Assim posto, sobra para Ratinho a loucura de uma
jogada de risco para uma virada praticamente impossível – tirar de Fruet 17
pontos em menos de 3 dias de campanha - ou terminá-la de forma honrosa, apenas com o propósito de não
fazer feio e se cacifar para outras aventuras em carreira que apenas está
começando.
Berto se manda para não testemunhar desastre eleitoral
O tucano Berto Richa vai dar uma esfriadinha na cabeça no exterior. Não vai ficar nem para ver o triunfo de Fruet e o desastre de Ratinho. Duas semanas fora. O fenomenal estrategista tucano Valdir Rossoni, reeleito presidente da Assembleia, também vai dar no pé, ou fofar a mula, ou ainda esticar o cabelo, como se diz no interior do Paraná, que também ameaça tristes surpresas para o tucanato. Senhores pauteiros, sinto muito, mas aquela matéria manjada de repercussão do resultado das eleições com o vitaminado governador paranaense não rola, consta que ele se manda já no domingo, dia do pleito. Ele viaja com tudo pago por nós e o Estado faz economia até no cafezinho, que beleza!
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Carta de um piá pançudo ao Papai-Noel
Ex-quelido Papai-Noel:
Ocê é feio!
Não lespondeu minha cartinha. Pedi uma plefeitula pala blincar e ocê nem deu bola. Estou há quatlo meses me comportando bem. Deixei de fazer xixi na cama. Aplendi a amalar o cordão do sapato sozinho. Até pensei em ir à escola. De hoje em diante estou de mal. Vou contar pra todo mundo que ocê não existe! Barbudo feião e bobão!
Assinado Juninho Junior.
Natal de 2012.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
PAUTA URGENTE - MANIFESTAÇÃO EM COLOMBO
MANIFESTAÇÃO AGORA, (21) DOMINGO 14 HORAS, EM COLOMBO, REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. MANIFESTANTES PEDEM GARANTIA DE POSSE DE BETI PAVIN, PREFEITA ELEITA COM MAIS DE 50% DOS VOTOS NO MUNICÍPIO. ELES QUEREM REUNIR 30 MIL ASSINATURAS NUMA PETIÇÃO. ESTRADA DA RIBEIRA, EM FRENTE A RECAPADORA TREVO, NO BAIRRO RIO VERDE.
sábado, 20 de outubro de 2012
Juninho aprende a amarrar os sapatos
Papai: Juninho, ocê sabe amarrar o sapato sozinho!?!
Juninho: Sei sim, papai, aprendi ontem resolver este "probrema".
Papai: Meu garoto! Agora papai pode dar uma prefeitura pro cê e sem passar vergonha!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A esquerda, meus camaradas, é deste lado
Ontem fiquei muito preocupado com meus antigos camaradas que tentavam de todas as formas convencer as pessoas de que o candidato mais à esquerda – do gosto do Partido
Comunista do Brasil (PCdoB), em Curitiba, e por isso apoiado pelos comunistas –, era o Ratinho Júnior.
E mais preocupado fiquei por outros vários motivos, principalmente
com a linha central da argumentação: Ratinho sofre discriminação da elite
curitibana, por ter vindo do interior, ser sujeito bem simples e trabalhador, um pobre proletário que teve a sorte de vencer na vida e por isso seria o portador da
boa-nova, das boas ideias para essa laboriosa cidade.
Ora, ora, meus antigos camaradas – e que alguns já coloco no rol dos ex-camaradas – sou do tempo em que nossos argumentos eram centrados na dialética, na luta de classes, em que se partia da premissa de que os capitalistas viam apenas a massa de
operários como uma forma de aumentarem seus lucros em exploração medonha; do
tempo em que essa coisa da luta entre o bem e o mal não era dialética, e sim
metafísica das mais simplórias e que por isso, cabia muito bem em livros de
auto-ajuda, em manuais da safadeza da direita que se chama despolitização, e no
grande livro das grandes besteiras ditas e reverberadas por ilusionistas que
querem o poder a qualquer custo.
Meus ex-camaradas, definitivamente Ratinho não é um operário, muito pelo contrário,
ele explora os trabalhadores todos os dias em suas empresas e deles tira o
lucro traduzido hoje num patrimônio pessoal de mais R$ 7 milhões.
Definitivamente,Ratinho não sofre discriminação do curitibano, é sua campanha que discrimina ao pedir para o curitibano não votar em candidato apoiado pelo Partido dos Trabalhadores.
Proletários não têm patrimônio de R$ 7 milhões.
Absolutamente, patrimônio de
proletário são a própria força de trabalho e sua prole, esse grande exército de
reserva para a exploração do capital.
Mas, o que mais me preocupou no discurso dos meus camaradas é a afirmação de que Ratinho porta novas ideias, porém sem explicarem quais são essas novas ideias, pois pelo que conhecemos, a nova ideia que importa para os marxistas é o grau do comprometimento do candidato com as causas populares, as ações que minimizem o sofrimento do povo, dentro de uma perspectiva ainda capitalista. Quais seriam essas ideias,quais seriam os programas para diminuir a miséria de nossa gente? Isso, meus
ex-camaradas não sabem mostrar porque é mais fácil trilhar pelo caminho do
discurso ilusionista e messiânico. A beata pregação de que em Curitiba trava-se
a grande batalha do apocalipse, as trevas contra a luz, o bem contra o mal.
Meus ex-camaradas e meus camaradas que ainda usam a dialética e, por que não, a
lógica elementar para orientar os seus pensamentos, esse não é caminho da
esquerda. Esse é o caminho que leva à direita. Direita que sempre combatemos,
nas Diretas, na cassação de Collor, nas grandes lutas que nos trouxeram até
aqui abraçados a nobres causas.
Ainda se faz tempo de voltar a trilhar o caminho certo. E a esquerda meus ex-camaradas, a que não se equivoca e nem perde o passo, está deste lado, do lado certo, que é a candidatura do Gustavo Fruet, que tem uma história dentro da política
brasileira, que tem realmente novas ideias e não está disposto a fazer sinistros
acordos com os setores que sempre exploraram os trabalhadores de nossa terra e
enganaram o povo.
Passar para o lado correto, camaradas, não é trair uma causa, é antes de tudo saber
reconhecer os erros por meio da autocrítica, quando não, pela vergonha de estar
servindo a interesses que não são os interesses dos trabalhadores.
O certo é Gustavo Fruet, o outro lado é a direita que veste um menino mimado com omacacão de operário tecido por caríssimo e falso marketing.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Ratinho despenca por causa da má companhia e marketing do ódio
Na primeira pesquisa divulgada no 2º turno pelo IRG, Gustavo Fruet aparece na estimulada com 48% das intenções de voto. Ratinho Junior (PSC) tem 35,8%. Indecisos, 10,7%. Brancos e nulos, 4,8%. Não respondeu, 0,8%. Na espontânea, Fruet mantem-se na ponta com 44,3% e Ratinho Junior com 32,8%. Indecisos, 17,7%. Branco ou nulo, 5,2%. A margem de erro é 2,8% para cima ou para baixo.
Campanha de Ratinho se perde no ódio e Fruet cresce
Estranhamente raivosa e com ódio de seus adversários, a campanha de Ratinho conseguiu uma façanha. Pelo menos dois tiros no pé num único dia. Criticou o PT e os petistas resolveram encarar a campanha pra valer e fizeram um grande evento na noite desta quarta para surrar o guri pançudo. Falou mal dos serviços da prefeitura sem apontar o responsável e levou a raiva do funcionalismo. Um elefante raivoso na cristaleira!
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Renatinha, a filha ingrata, vai ficar de castigo
Dirigentes experientes do PPS acreditam que Renata Bueno selou seu destino ao contrariar o partido e decidir apoiar Ratinho Jr e não Gustavo Fruet. Renata estava sendo preparada pelos pais para assumir o partido. E deveria ser a indicação do partido num possível governo Fruet. Depois da indisciplina e da "peitada" no limpinho, tudo isso ruiu. E Renata, a ingrata, pode ficar a ver navios. E não na costa do Mediterrâneo!
O pobre menino rico Ratinho é uma farsa publicitária
Há um
esforço dos publicitários da campanha do candidato a prefeito de Curitiba Ratinho
Junior em apresentá-lo como um pobre menino que ficou rico pelo seu trabalho,
mas sem deixar suas origens de “pé vermeio” e, portanto, de um homem do povo.
Esse esforço revela, antes de quaisquer outras coisas, as debilidades da
personalidade do menino. Nascido em berço de ouro, com um patrimônio declarado
à Justiça Eleitoral de mais de R$ 7 milhões, o Juninho nada fez na vida do que
desfrutar da sombra do pai, o Senhor Ratão, que ganha dinheiro transformando a
TV brasileira num circo de horrores e que por muito tempo ganhou alguns
trocados na política. Caso se consulte a biografia do Senhor Ratão, devidamente
arquivada no Congresso Nacional, verifica-se que ele foi vereador em Jandaia do
Sul antes de chegar aqui em Curitiba e também teve outros cargos políticos, o
que coloca sob suspeita a lenda do vendedor de churrasquinho de gato na
rodoviária.
Quando
deputado, o senhor Ratão fez parte da tropa do presidente cassado Fernando
Collor, por meio do partido que foi eleito, o PRN, o mesmo de PC Farias e
tantos outros que causaram um mal enorme à nação brasileira.
Hoje, dono
de uma concessão pública de TV, o Senhor Ratão deixa ao Juninho a terrível
tarefa de administrar algo que por si só já dá dinheiro, não pelo suor próprio,
mas por seu negócio pertencer a uma rede que goza do segundo lugar de audiência
no Brasil, posição conquistada pelo dono da rede, o empresário Sílvio Santos,
muito antes do que qualquer esforço empresarial da família Massa.
Assim, o
Rato Juninho surge para o mundo da política, despejando uma fortuna numa
campanha vazia de propostas sérias. Sem conteúdo, o menino resolve apostar na
propaganda do vazio, na propaganda sabonete ou Coca-Cola, em que se destacam
apenas um número, desenhos coloridos e um slogan não menos vazio apelando para
novas ideias que até agora ninguém viu.
A propósito,
Colllor, de quem Ratão foi soldado no Congresso, também dizia ter novas ideias
e todos sabem no que deu as novas ideias do presidente cassado.
Biografia
Carlos
Roberto Massa
Nascimento:
2/15/1956
Naturalidade:
Águas de Lindóia, SP
Profissões:
Jornalista, Radialista, Bancário e Técnico de Raios X
Filiação:
Domingos Massa e Maria Talarico Massa
Escolaridade:
Secundário
Mandatos (na
Câmara dos Deputados):
Deputado
Federal, 1991-1995, PR, PRN.
Licenças:
Licenciou-se
do mandato de Vereador de Jandaia do Sul, PR, na legislatura 1983-1988, para
exercer o cargo de Oficial de Gabinete da Secretaria de Cultura e Esporte do
Estado do Paraná, de 1983 a 1986.
Filiações
Partidárias:
ARENA,
1976-1979; PMDB, 1980-1989; PRN, 1989-1993; PST, 1993; PP, 1993; PSD,
1993-1994; PTB, 1994-.
Atividades
Parlamentares:
CÂMARAS
MUNICIPAIS, ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS E CÂMARA LEGISLATIVA DO DF:
CM- Jandáia
do Sul, SP; Mesa Diretora: Primeiro-Secretário, 1977-1979, Vice-Presidente,
Mesa, 1980-1982;
Comissão de
Economia, Finanças e Fiscalização : Membro; Comissão de Administração
Pública:Suplente.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Toni Reis condena campanha do ódio de Serra
CARTA ABERTA DE TONI REIS AO JOSÉ SERRA
Prezado José Serra,
Tenho 48 anos, sou gay e atualmente sou presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Sou casado oficialmente com David Harrad há 23 anos e somos os pais legais de Alyson Miguel Harrad Reis. Quando eu era adolescente na escola meu comportamento também era considerado por algumas pessoas “impróprio e ridículo” só pelo fato de eu ser gay, prejudicando-me pela marginalização imposta por uma condição sobre a qual não tive escolha. Foi o que me motivou a ser um ativista pelo respeito à diversidade sexual, para que outros e outras adolescentes não sofressem o que eu sofri na escola, na família e na sociedade nessa fase da minha vida. Foi o impulso que me fez estudar, de modo que hoje sou professor formado em letras, especialista em sexualidade humana, mestre em filosofia na área de ética e sexualidade, e doutor em educação, sendo que minha tese de doutorado é justamente sobre a homofobia no ambiente escolar. Cito algumas falas dos/das profissionais de educação e estudantes entrevistados na pesquisa que fundamentou a tese, para evidenciar o quanto a homofobia está presente nas escolas e o pouco que se faz para amenizá-la:
(se um filho meu fosse gay) “não ia querer, eu ia expulsar, ou batia nele e fazia ele virar homem” (estudante).
“A homossexualidade é um pecado, é contra a natureza e as leis de Deus. Deus fez o homem para a mulher e a mulher para o homem”. (professor)
“Na verdade a escola ignora [a homofobia] porque ela não quer trazer mais essa questão pra resolver” “(Grupo focal com professores(as))
“E a escola não trabalha com isso. Não trabalha, nem quer.” (Grupo focal com professores(as))
Estes exemplos não são isolados e recorrem repetidamente em todas as entrevistas. Junto com diversos outros estudos, estes dados concretos servem para respaldar a necessidade urgente de se ter um trabalho – apoiado por materiais educacionais específicos – de promoção do respeito à diversidade sexual nas escolas.
José Serra, você tem sido um grande defensor dos direitos humanos, um dos melhores ministros da saúde que o Brasil já teve, que inclusive soube preservar a laicidade do Estado nas questões ligadas ao direito das pessoas à saúde. Sou testemunha ocular disso. Você lutou na ditadura militar pelo reestabelecimento da democracia, foi presidente da União dos Estudantes do Brasil, foi deputado estadual e federal e senador, entre outros destaques de sua carreira.
Durante seus mandatos como prefeito da Cidade de São Paulo e governador do Estado de São Paulo, você liderou várias iniciativas de vanguarda na promoção do respeito à diversidade sexual e às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Entre elas pode-se citar:
• A criação da CADS – Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, dentro da estrutura da Prefeitura em 2007;
• a criação da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio do Decreto nº 54.032, de 18 de fevereiro de 2009;
• a inauguração do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais no dia 09 de junho de 2009;
• a certificação pelo governo paulista, em 18 de agosto de 2009, de diversas empresas e ações com o Selo da Diversidade, no reconhecimento de seus esforços em contribuir para a superação do preconceito e da discriminação, e para a promoção da igualdade e inclusão social de segmentos da sociedade tradicionalmente marginalizadas;
• O reconhecimento do nome social (tratamento nominal) das pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do Estado de São Paulo, por meio do Decreto nº 55.588, de 17 de março de 2010.
Posto isto, conhecendo pelo menos parte de seu histórico, fiquei muito entristecido pelo uso indevido do debate sobre as políticas públicas de combate à homofobia como uma arma eleitoral, referindo-se ao material educativo do projeto Escola Sem Homofobia como um “KIT GAY” com “ASPECTOS RIDÍCULOS E IMPRÓPRIOS” para crianças.
Esta declaração somente pode ser considerada uma manifestação do legítimo pré-conceito – um conceito antecipado, uma vez que o julgamento do material como sendo “ridículo e impróprio” foi feito em relação a algo inacabado, que ainda não está em sua versão final, que ainda não teve a aprovação do Ministério da Educação.
Ademais, o material é destinado a educadoras e educadores do ensino médio, para trabalhar a homofobia no ambiente escolar (entre professores/as, funcionárias/os e estudantes).
Não é correto se referir ao “kit gay” em se tratando destes materiais educativos. É um desrespeito aos/às profissionais que trabalharam na sua elaboração. Este termo politicamente incorreto foi cunhado por um deputado federal de conduta ética duvidosa, cujo histórico de atuação e declarações públicas são testemunhas de seu desprezo pela democracia e pela pluralidade da sociedade, a quem – a título de exemplo – são atribuídas as seguintes falas, entre muitas outras: ‘O grande erro da ditadura foi não matar vagabundos e canalhas como Fernando Henrique;’ em programa exibido pela Band, o deputado sugeriu o fechamento do Congresso e afirmou que durante a ditadura militar deveriam ter sido fuzilados ‘uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso’. Ou seja quem usa a denominação “kit gay” está concordando com este parlamentar preconceituoso: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Informo também que o projeto Escola Sem Homofobia foi resultado de uma emenda parlamentar da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados destinada para a área da educação federal, para execução por uma organização não governamental, e não pelo Ministério da Educação. Neste sentido, pode ser encontrada abaixo e no link http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=246 a Nota Oficial sobre o Projeto Escola Sem Homofobia, que descreve com maior detalhamento suas ações, as quais não se restringiram apenas aos materiais educativos, mas também envolveram seminários, capacitações e uma pesquisa em escolas em 11 capitais brasileiras abrangendo as cinco regiões do país.
São diversas as pesquisas realizadas nas escolas brasileiras por instituições de renome, como a UNESCO, que demonstram que a necessidade de ações educativas nas escolas contra a homofobia é inegável. Na falta de uma ação governamental contundente neste sentido, o material didático do Projeto Escola Sem Homofobia visa contribuir para suprir esta lacuna. A proposta do material foi elaborada pela organização não governamental ECOS – Comunicação em Sexualidade, e foi avaliado e adequado de forma coletiva e democrática pelos/pelas 509 profissionais que participaram dos seminários e capacitações do Projeto, antes de ser entregue ao Ministério da Educação para adequação final e aprovação.
Ainda, o material educativo foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a “classificação indicativa” (a idade recomendada para assistir a um filme ou programa de televisão). O vídeo Medo de Quê? recebeu indicação para 12 anos, o Boneco na Mochila, 10 anos e o Torpedo (com 3 histórias) indicação livre.
O conjunto de materiais foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO e pelo UNAIDS, e teve parecer favorável das três instituições. Recebeu o apoio declarado do CEDUS – Centro de Educação Sexual, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e foi objeto de uma audiência pública promovida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, cujo parecer também foi favorável. Ainda, teve uma moção de apoio aprovada pela Conferência Nacional de Educação, da qual participaram três mil delegados e delegadas representantes de todas as regiões do país, estudantes, professores e demais profissionais da área.
Ou seja, tem-se comprovado, por diversas fontes devidamente qualificadas e respeitadas, com base em informações científicas, que o material estava perfeitamente adequado para o Ensino Médio, a que se destinava.
Assim, eu peço, para uma boa política comprometida com o respeito a toda a população, como tem sido a marca de sua atuação nos cargos que ocupou, que continue dando ênfase à promoção indiscriminada da cidadania e da inclusão social, e que a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) não seja utilizada para gerar polêmica em época eleitoral, ou em qualquer outra época. Isto só serve para validar, banalizar e incentivar a homofobia e manter a esta população à margem da cidadania.
Prezado José Serra, não manche sua biografia. Não rife nossos direitos. Uma sugestão é seguir o grande exemplo do Supremo Tribunal Federal, que em 5 de maio de 2011 reconheceu inequívoca e unanimemente os princípios da igualdade, da liberdade e da dignidade humana da população LGBT. É isso que nós queremos.
Toni Reis
Presidente da ABGLT
Doutor em Educação
Mestre em Filosofia
Especialista em Sexualidade Humana
Formado em Letras pela UFPR
Prezado José Serra,
Tenho 48 anos, sou gay e atualmente sou presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Sou casado oficialmente com David Harrad há 23 anos e somos os pais legais de Alyson Miguel Harrad Reis. Quando eu era adolescente na escola meu comportamento também era considerado por algumas pessoas “impróprio e ridículo” só pelo fato de eu ser gay, prejudicando-me pela marginalização imposta por uma condição sobre a qual não tive escolha. Foi o que me motivou a ser um ativista pelo respeito à diversidade sexual, para que outros e outras adolescentes não sofressem o que eu sofri na escola, na família e na sociedade nessa fase da minha vida. Foi o impulso que me fez estudar, de modo que hoje sou professor formado em letras, especialista em sexualidade humana, mestre em filosofia na área de ética e sexualidade, e doutor em educação, sendo que minha tese de doutorado é justamente sobre a homofobia no ambiente escolar. Cito algumas falas dos/das profissionais de educação e estudantes entrevistados na pesquisa que fundamentou a tese, para evidenciar o quanto a homofobia está presente nas escolas e o pouco que se faz para amenizá-la:
(se um filho meu fosse gay) “não ia querer, eu ia expulsar, ou batia nele e fazia ele virar homem” (estudante).
“A homossexualidade é um pecado, é contra a natureza e as leis de Deus. Deus fez o homem para a mulher e a mulher para o homem”. (professor)
“Na verdade a escola ignora [a homofobia] porque ela não quer trazer mais essa questão pra resolver” “(Grupo focal com professores(as))
“E a escola não trabalha com isso. Não trabalha, nem quer.” (Grupo focal com professores(as))
Estes exemplos não são isolados e recorrem repetidamente em todas as entrevistas. Junto com diversos outros estudos, estes dados concretos servem para respaldar a necessidade urgente de se ter um trabalho – apoiado por materiais educacionais específicos – de promoção do respeito à diversidade sexual nas escolas.
José Serra, você tem sido um grande defensor dos direitos humanos, um dos melhores ministros da saúde que o Brasil já teve, que inclusive soube preservar a laicidade do Estado nas questões ligadas ao direito das pessoas à saúde. Sou testemunha ocular disso. Você lutou na ditadura militar pelo reestabelecimento da democracia, foi presidente da União dos Estudantes do Brasil, foi deputado estadual e federal e senador, entre outros destaques de sua carreira.
Durante seus mandatos como prefeito da Cidade de São Paulo e governador do Estado de São Paulo, você liderou várias iniciativas de vanguarda na promoção do respeito à diversidade sexual e às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Entre elas pode-se citar:
• A criação da CADS – Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, dentro da estrutura da Prefeitura em 2007;
• a criação da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio do Decreto nº 54.032, de 18 de fevereiro de 2009;
• a inauguração do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais no dia 09 de junho de 2009;
• a certificação pelo governo paulista, em 18 de agosto de 2009, de diversas empresas e ações com o Selo da Diversidade, no reconhecimento de seus esforços em contribuir para a superação do preconceito e da discriminação, e para a promoção da igualdade e inclusão social de segmentos da sociedade tradicionalmente marginalizadas;
• O reconhecimento do nome social (tratamento nominal) das pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do Estado de São Paulo, por meio do Decreto nº 55.588, de 17 de março de 2010.
Posto isto, conhecendo pelo menos parte de seu histórico, fiquei muito entristecido pelo uso indevido do debate sobre as políticas públicas de combate à homofobia como uma arma eleitoral, referindo-se ao material educativo do projeto Escola Sem Homofobia como um “KIT GAY” com “ASPECTOS RIDÍCULOS E IMPRÓPRIOS” para crianças.
Esta declaração somente pode ser considerada uma manifestação do legítimo pré-conceito – um conceito antecipado, uma vez que o julgamento do material como sendo “ridículo e impróprio” foi feito em relação a algo inacabado, que ainda não está em sua versão final, que ainda não teve a aprovação do Ministério da Educação.
Ademais, o material é destinado a educadoras e educadores do ensino médio, para trabalhar a homofobia no ambiente escolar (entre professores/as, funcionárias/os e estudantes).
Não é correto se referir ao “kit gay” em se tratando destes materiais educativos. É um desrespeito aos/às profissionais que trabalharam na sua elaboração. Este termo politicamente incorreto foi cunhado por um deputado federal de conduta ética duvidosa, cujo histórico de atuação e declarações públicas são testemunhas de seu desprezo pela democracia e pela pluralidade da sociedade, a quem – a título de exemplo – são atribuídas as seguintes falas, entre muitas outras: ‘O grande erro da ditadura foi não matar vagabundos e canalhas como Fernando Henrique;’ em programa exibido pela Band, o deputado sugeriu o fechamento do Congresso e afirmou que durante a ditadura militar deveriam ter sido fuzilados ‘uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso’. Ou seja quem usa a denominação “kit gay” está concordando com este parlamentar preconceituoso: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Informo também que o projeto Escola Sem Homofobia foi resultado de uma emenda parlamentar da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados destinada para a área da educação federal, para execução por uma organização não governamental, e não pelo Ministério da Educação. Neste sentido, pode ser encontrada abaixo e no link http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=246 a Nota Oficial sobre o Projeto Escola Sem Homofobia, que descreve com maior detalhamento suas ações, as quais não se restringiram apenas aos materiais educativos, mas também envolveram seminários, capacitações e uma pesquisa em escolas em 11 capitais brasileiras abrangendo as cinco regiões do país.
São diversas as pesquisas realizadas nas escolas brasileiras por instituições de renome, como a UNESCO, que demonstram que a necessidade de ações educativas nas escolas contra a homofobia é inegável. Na falta de uma ação governamental contundente neste sentido, o material didático do Projeto Escola Sem Homofobia visa contribuir para suprir esta lacuna. A proposta do material foi elaborada pela organização não governamental ECOS – Comunicação em Sexualidade, e foi avaliado e adequado de forma coletiva e democrática pelos/pelas 509 profissionais que participaram dos seminários e capacitações do Projeto, antes de ser entregue ao Ministério da Educação para adequação final e aprovação.
Ainda, o material educativo foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a “classificação indicativa” (a idade recomendada para assistir a um filme ou programa de televisão). O vídeo Medo de Quê? recebeu indicação para 12 anos, o Boneco na Mochila, 10 anos e o Torpedo (com 3 histórias) indicação livre.
O conjunto de materiais foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO e pelo UNAIDS, e teve parecer favorável das três instituições. Recebeu o apoio declarado do CEDUS – Centro de Educação Sexual, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e foi objeto de uma audiência pública promovida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, cujo parecer também foi favorável. Ainda, teve uma moção de apoio aprovada pela Conferência Nacional de Educação, da qual participaram três mil delegados e delegadas representantes de todas as regiões do país, estudantes, professores e demais profissionais da área.
Ou seja, tem-se comprovado, por diversas fontes devidamente qualificadas e respeitadas, com base em informações científicas, que o material estava perfeitamente adequado para o Ensino Médio, a que se destinava.
Assim, eu peço, para uma boa política comprometida com o respeito a toda a população, como tem sido a marca de sua atuação nos cargos que ocupou, que continue dando ênfase à promoção indiscriminada da cidadania e da inclusão social, e que a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) não seja utilizada para gerar polêmica em época eleitoral, ou em qualquer outra época. Isto só serve para validar, banalizar e incentivar a homofobia e manter a esta população à margem da cidadania.
Prezado José Serra, não manche sua biografia. Não rife nossos direitos. Uma sugestão é seguir o grande exemplo do Supremo Tribunal Federal, que em 5 de maio de 2011 reconheceu inequívoca e unanimemente os princípios da igualdade, da liberdade e da dignidade humana da população LGBT. É isso que nós queremos.
Toni Reis
Presidente da ABGLT
Doutor em Educação
Mestre em Filosofia
Especialista em Sexualidade Humana
Formado em Letras pela UFPR
Renatinha, respeite papai!
Quem participou ontem da reunião do PPS que decidiu
pelo apoio a Gustavo Fruet revela que Renata Bueno rodou a baiana.
Inclusive pra cima do pai. Em alto e bom som, culpou Rubens pela derrota
nas urnas. Renata disse que estava com toda a campanha para disputar a
prefeitura pronta e teve que recuar por causa dele, que aceitou ser vice
de Luciano Ducci. E aí não teve ânimo para buscar votos. Também disse
que vai apoiar Ratinho Jr., contrariando a decisão do partido. E afirmou
que a derrota do pai e de Luciano mostra que a cidade quer algo
diferente. Ou seja,enterrou qualquer sonho do pai de voltar a disputar a
prefeitura de Curitiba. Antes da reunião começar, Rubens e Marcos Isfer
(pres. municipal do PPS) deixaram bem claro que a decisão tomada pela
maioria deveria ser respeitada. Resta saber agora o que farão com
Renata, a desobediente.
Esquerda avança no Paraná e apavora Berto, Requião e Greca
O governador Berto Richa se diz neutro nesta eleição, mas boa parte de sua chamuscada tropa faz campanha para o Ratinho em Curitiba. Essa adesão envergonhada tem uma explicação bem simples: se Ratinho não ganhar em Curitiba, Berto Richa praticamente perde o governo do Estado nas próximas eleições.
A grande sombra, o que realmente apavora Richa, é o avanço da oposição em redutos eleitorais em que outros tempos eram orientados pela direita, campo político do PSDB no Paraná. A situação de Berto já é difícil agora, imagina se ele perde em Curitiba e mais duas ou três grandes cidades do interior. Veja no mapa, por exemplo, as cidades do Paraná que vão ser governadas pelo PT no próximo ano.
Isso também explica porquê o senador Roberto Requião e o candidato derrotado em Curitiba Rafael Grega, ambos do PMDB, resolveram pular para o barco furado do Ratinho. Com Fruet ganhando em Curitiba, a aposentadoria precoce também chega para os dois.
A grande sombra, o que realmente apavora Richa, é o avanço da oposição em redutos eleitorais em que outros tempos eram orientados pela direita, campo político do PSDB no Paraná. A situação de Berto já é difícil agora, imagina se ele perde em Curitiba e mais duas ou três grandes cidades do interior. Veja no mapa, por exemplo, as cidades do Paraná que vão ser governadas pelo PT no próximo ano.
Isso também explica porquê o senador Roberto Requião e o candidato derrotado em Curitiba Rafael Grega, ambos do PMDB, resolveram pular para o barco furado do Ratinho. Com Fruet ganhando em Curitiba, a aposentadoria precoce também chega para os dois.
Greca é responsável pelo sucateamento do transporte coletivo de Curitiba
No dia 17 de junho de 2003, Rafael Greca anunciava aos quatro ventos que havia deixado o PFL e ingressado no PMDB de seu antigo desafeto Roberto Requião. Na oprtunidade, em entrevista ao jornalista José Wille, na Rádio Rock 96, ele confessou suas mágoas. Ele atribuía o começo de suas divergências com sua antiga turma, à sua recusa em modernizar o transporte coletivo de Curitiba, que na época já dava os primeiros sinais de sucateamento e ineficiência.
"Olhe, eu acho que o começo da cisão foi no dia que eu não quis fazer o bonde elétrico, Eu me recusei enquanto prefeito de Curitiba, a fazer o projeto do grupo que propunha pro eixo Norte-Sul de Curitiba", confessou Greca na entrevista:
Wille - o financiamento espanhol?
Greca - o bonde ligado... Eu não sei qual dos financiamentos, que foram tantos, já que a cidade pagou... E tantos os projetos de um veículo leve sobre trilhos, de um metrô novo. A gente pagou muitos projetos que nunca aconteceram. Aliás, foram trens de papel que esta cidade já pagou e que ainda não aconteceram. O último pagamento agora, recentemente...
Como é?
Rafael Greca (leia-se povo curitibano) pagou por projetos que nunca aconteceram?
Quais foram as empresas que receberam a nossa grana suada nesses projetos fajutos?
Rafael Greca quer o Ippuc do Ratinho Junior para continuar pagando projetos de trens de papel?
O que seria o transporte coletivo de Curitiba nos dias de hoje se já tivéssemos o Metrô ou até mesmo o bonde elétrico?segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Comunista sempre fui, mas não apóio o Ratinho
Sou comunista e todo mundo que me conhece sabe disso.
Pertenci aos quadros do PCdoB por boa parte da minha vida. Tenho neste partido
grandes amigos, mas há anos não ocupo qualquer cargo de direção ou até mesmo
não tenho obrigações de filiado. Até há pouco tempo fui próximo do partido, não
estou organizado, apenas ajudo nas campanhas de seus candidatos e por isso
muitos ainda me associam ao PCdoB.
Entretanto, quero aqui deixar claro que, embora respeitando
o posicionamento dos meus antigos camaradas, não estou na campanha do Ratinho,
candidato do PCdoB em Curitiba.
Particularmente e só particularmente, creio ser este apoio um erro,
dentre os muitos que qualquer partido pode cometer. Nacionalmente louvo a
posição do PCdoB, sempre alinhados aos projetos progressistas do ex-presidente
Lula e agora da presidenta Dilma. Mas em Curitiba, critico o pragmatismo, ou
aliança tática, que leva meus antigos camaradas, a quem respeito até mesmo no
equívoco, o alinhamento com setores políticos que, na minha modesta avaliação, sempre prejudicaram a classe
operária.
Aos meus amigos que me perguntam o que levou o PCdoB a tomar
tal decisão em Curitiba, o apoio ao Ratinho desde o primeiro turno, digo que
não tenho resposta e não devo ter resposta. O partido tem uma direção e essa pergunta deve ser feita à
direção do partido.
Filho de operários, ainda atuando em causas populares e humanistas, coerente
com que penso, permaneço comunista, creio que jamais deixarei de sê-lo, mas não mais dentro
de uma organização política comunista.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
IFPR abre concurso público para a contratação de 56 professores
O Instituto Federal do Paraná abre na próxima segunda-feira, dia 15 de outubro, inscrições para Concurso Público que visa o preenchimento de 56 vagas para professores de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Classe “D I”, Nível 1). As inscrições seguem até o dia 29 de outubro, presencialmente, e até o dia 24 de outubro, para candidatos que optarem pela inscrição via Correios/SEDEX. A remuneração inicial, somando vencimento básico, gratificação específica e retribuição por titulação, pode chegar a R$ 6.350,77 , no caso de docentes com doutorado, jornada de 40 horas e dedicação exclusiva.
A inscrição presencial será efetuada de segunda a sexta-feira, somente no câmpus no qual o candidato deseja pleitear a vaga. As vagas são para diversas áreas do conhecimento, diferentes regimes de trabalho (20 horas, 40 horas ou dedicação exclusiva) e estão distribuídas entre os câmpus de Assis Chateaubriand, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Irati, Telêmaco Borba, Campo Largo, Jacarezinho, Ivaiporã, Palmas, Paranaguá, Paranavaí.
Inscrições
O edital nº203/2012 apresenta os locais e horários de atendimento dos câmpus para as inscrições presenciais, assim como a documentação necessária. O valor da inscrição é de R$ 68,00. De acordo com o Decreto nº6593, de 02/10/2008, candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, podem pedir isenção da taxa. O prazo para a solicitação de isenção é entre 15 e 19 de outubro presencialmente e de 15 até 17 de outubro via Correios/SEDEX.
Concurso
O concurso regido pelo Edital 203/2012 – PROGEPE/IFPR destina-se ao provimento de 56 vagas para professores de Ensino Básico, técnico e Tecnológico que atua, prioritária e preferencialmente, junto aos cursos técnicos de Nível Médio. As atividades desenvolvidas correspondem ao Ensino, Pesquisa e Extensão compromissados com a inclusão social e sustentabilidade, visando à aprendizagem, à ampliação e transmissão dos saberes, sempre em processo dialógico com as comunidades e arranjos produtivos, sociais e culturais locais. Esse profissional também responde por ações inerentes ao exercício de direção, assessoramento, chefia, coordenação e assistência, além de outras atribuições previstas na legislação vigente. O concurso será realizado em quatro etapas, constituídas de prova escrita, prova didática, prova de memorial descritivo e análise de currículo/titulação. O edital nº203/2012 apresenta a descrição e forma de avaliação de cada uma das etapas.
Mais informações e os requerimentos de inscrição e de isenção podem ser obtidos na página da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas/ IFPR.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Neutralidade é falta de coragem
A falta de coragem do governador do Paraná, Berto Richa, é notável. Se diz neutro no segundo turno. Em outras palavras, não quer tirar votos de ninguém. Seu apoio é abraço de afogado.
Mas nos bastidores todo mundo e o seu Raimundo sabem que o negócio de Berto é mandar seu time apoiar Ratinho para depois tentar remendar um acordo que lhe dê fôlego para levar o governo adiante, mesmo que no tranco. Do contrário, com a vitória de Fruet, o sonho de mil anos no poder vai pro ralo. Fruet não vai aceitar nenhum jogo de cena para a sustentação de Berto, muito pelo contrário, foi traído, e em política isso não se perdoa.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Um adeus para a Curitiba polaca
(Políticos erraram no discurso ao pensarem que Curitiba ainda era a mesma do século passado)
Curitiba deixou de ser polaca. — Quando? — Há pelo menos três décadas. Quando se despejou no Norte do Paraná a geada negra que pôs fim aos verdes pés de café que brotavam da terra roxa. O ano era o de 1975, coincidentemente o ano da última neve na capital.
Depois da tragédia que dividiu a história do Paraná em antes e depois da geada, a população das novíssimas cidades do norte paranaense viu-se obrigada a procurar outros cenários para a realização de suas esperanças, pois o homem não se faz vivo sem esperanças. Com exceção de três grandes centros urbanos, Maringá, Londrina, Curitiba — e mais tarde Foz do Iguaçu, com a construção da usina de Itaipu — as cidades paranaenses começaram a minguar, quando não a desaparecer por completo, principalmente as dependentes da monocultura cafeeira.
À medida que a região setentrional se esvaziava, com rotas migratórias definidas para regiões do Mato Grosso e outros estados mais ao norte do país, uma grande leva de ex-agricultores saiu de suas cidades para engrossar as franjas urbanas, notadamente a de Curitiba, capital do estado com vocação acadêmica, administrativa e habitada por mais de século por povos oriundos da Europa.
Assim, em bairros predominantemente polacos, habitados por italianos e poloneses — São Brás, Campo Comprido, Órleans e até mesmo Santa Felicidade — que se colocavam no caminho da planejada Cidade Industrial de Curitiba, cresceram os conjuntos habitacionais e as sub-habitações, conhecidas como favelas. Com a industrialização resolveu-se em parte o problema do emprego. Curitiba não mais era somente dos estudantes e dos funcionários públicos e os antigos bairros bucólicos ganharam massas de operários e trabalhadores com um sotaque bem brasileiro que se funde aos antigos dialetos. O curitibano fala hoje uma nova língua que ainda está em processo de formação, com uma gramática própria, que incorpora expressões polacas, gaúchas, mineiras, catarinas e paulistas.
A Curitiba do “leitê quentê” é como um velho cartão postal amarelado da Praça Tiradentes ou do Passeio Público. Em nossos dias, a polaca da pele alvíssima e olhos azuis só tem existência garantida nas páginas dos contos do Dalton Trevisan. Ela, se ainda existir, não vai à panificadora comprar “salame, vina, pão bengala e cuca”. A poloca, esta nova polaca, vai para a padaria cantando um pagode e compra mortadela, salsicha, pão e bolo. Broa com banha nem pensar. Os tempos são outros, pão com margarina será a pedida. (JFN)
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Ou assume Beti Pavin ou Colombo terá nova eleição, diz juiz
Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro (Rádio Banda B)
Zé Vicente não deve assumir o cargo |
Isso por que, 53.980 eleitores votaram em Beti, o que corresponde a 51% dos votos válidos nas eleições de 2012, desta forma, mesmo no caso do TSE definir pela cassação da candidatura tucana, Zé Vicente não poderá assumir porque não conseguiu 50% dos votos válidos e a tucana estava no pleito sub judice. Estas informações foram passadas à Banda B nesta segunda-feira (8) pelo doutor Luiz Fernando Tomasi Kepper, do Fórum Eleitoral de Colombo. Ele explicou em detalhes o imbróglio envolvendo a candidatura de Beti Pavin.
Beti Pavin segue com situação indefinida no TSE |
De acordo com Kepper, a decisão do TSE será tomada em breve. “Não deverá demorar, mas uma nova eleição, no caso do recurso de Beti ser indeferido, será marcada apenas para o ano que vem. Nesta situação descrita, em janeiro assumiria o presidente da Câmara Municipal de Vereadores”, afirmou.
Aos eleitores de Colombo, segundo o juiz, resta esperar a decisão do TSE.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Do Pedriali: A saborosa vingança de Fruet
Gustavo Fruet trocou o PSDB pelo PDT por não ter encontrado espaço em
seu partido para realizar o grande sonho,que era disputar a Prefeitura
de Curitiba, cargo que seu pai, Maurício, ocupou com competência e
dignidade.
O governador Beto Richa e seu aliado serviçal Valdir Rossoni optaram pelo pragmatismo: mandar às favas os companheiros de partido para o bem de seu projeto de reeleição.
Assim, Luciano Ducci, do PSB, prefeito de Curitiba, foi ungido seu cavalo eleitoral na capital. Já estava no trote, então por que trocar de montaria?
Richa, Rossoni e Ducci foram atropelados por Fruet e estatelaram-se no chão.
E, ainda envoltos nos torvelinhos de poeira provocados pelo encontro inesperado - e doloroso - com o solo, observaram a ultrapassagem do alazão ao qual não atribuíam a menor possibilidade de vitória.
Fruet tem motivos de sobra para, nesta pausa que antecede a reta final, olhar para trás e contemplar o espetáculo.
E saborear a doce vingança.
http://josepedriali.blogspot.com.br/
O governador Beto Richa e seu aliado serviçal Valdir Rossoni optaram pelo pragmatismo: mandar às favas os companheiros de partido para o bem de seu projeto de reeleição.
Assim, Luciano Ducci, do PSB, prefeito de Curitiba, foi ungido seu cavalo eleitoral na capital. Já estava no trote, então por que trocar de montaria?
Richa, Rossoni e Ducci foram atropelados por Fruet e estatelaram-se no chão.
E, ainda envoltos nos torvelinhos de poeira provocados pelo encontro inesperado - e doloroso - com o solo, observaram a ultrapassagem do alazão ao qual não atribuíam a menor possibilidade de vitória.
Fruet tem motivos de sobra para, nesta pausa que antecede a reta final, olhar para trás e contemplar o espetáculo.
E saborear a doce vingança.
http://josepedriali.blogspot.com.br/
Richa foi o grande perdedor dessas eleições
Até a vaca no brejo sabe que o grande derrotado destas eleições foi o governador Beto Richa (PSDB). Perdeu em Curitiba, maior colégio eleitoral do Estado, onde é mal avaliado. Outros grandes colégios eleitorais, não importando o resultado do segundo turno, também não poderão ser contados como 100% da base de apoio de Richa, numa eventual candidatura à reeleição ao governo do Paraná. Os dois primeiros anos de Richa como governador foram pífios e mesmo que ele se utilize da fórmula manjada de fazer obras de última hora para se reeleger, a missão será árdua. Não há dinheiro suficiente para as demandas regionais - estradas, hospitais, escolas, penitenciarias, contratação de policiais etc. Demandas sempre crescentes, é bom que se diga. Isso sem falar na falta de apoio da União para esses projetos. Ou alguém tem lá alguma dúvida de que o governador do Paraná vai ser tratado a pão e água pelo governo Federal?
No dia 4 de abril, este modesto blog irritou sobremodo os arrogantes assessores de Ducci e do governador Beto Richa, com a seguinte análise sobre a "Fórmula de Ducci para perder em Curitiba", para quem não leu, aqui vai o repeteco:
Hoje na Boca Maldita vi alguns partidários do atual prefeito de Curitiba fingindo surpresa com o desempenho dele na pesquisa Ibope/CBN. Não há surpresa em números pífios para quem faz a opção pela política menor. Em mandato tampão, o prefeito Ducci perdeu-se na mensagem ao investir na propaganda da cidade como seus antecessores, mas abusando da fórmula do esgotado manual de governança da província:
No dia 4 de abril, este modesto blog irritou sobremodo os arrogantes assessores de Ducci e do governador Beto Richa, com a seguinte análise sobre a "Fórmula de Ducci para perder em Curitiba", para quem não leu, aqui vai o repeteco:
Hoje na Boca Maldita vi alguns partidários do atual prefeito de Curitiba fingindo surpresa com o desempenho dele na pesquisa Ibope/CBN. Não há surpresa em números pífios para quem faz a opção pela política menor. Em mandato tampão, o prefeito Ducci perdeu-se na mensagem ao investir na propaganda da cidade como seus antecessores, mas abusando da fórmula do esgotado manual de governança da província:
1. Seus antecessores sempre trabalharam a imagem da cidade “colada” à própria imagem (quase que “apolítica” com forte ênfase no perfil técnico – o arquiteto para embelezar, fazer e planejar e o engenheiro para desenvolver, projetar e fazer, etc);
2. Ducci, médico, não investiu na sua imagem técnica e trajou o figurino de seus antecessores, baseado em obras, ao olvidar completamente seu antigo discurso, apoiado na saúde e desenvolvimento social;
3. Barbeiragens políticas ofereceram à opinião pública a imagem de um político confuso, indeciso na hora de negociar e incapaz de reconhecer reivindicações de setores sensíveis e muito próximos da população, como o da saúde e da educação (creche, principalmente, exigência de uma cidade que caminha para o pleno emprego);
4. Ducci não soube interpretar o novo perfil econômico brasileiro refletido na cidade. A nova Classe Média vem sendo regada pelo governo federal há quase 10 anos, com novas demandas em relação ao município.
5. A nova Classe Média tem carro, mas não tem uma cidade preparada para o elevado número de automóveis. Ducci não deu a importância devida aos problemas de trânsito e transporte de Curitiba;
6. Ducci não se preocupou com atos impopulares: aumentou as passagens de ônibus; não melhorou o transporte coletivo e insistiu na manutenção da estrutura arrecadatória baseada em multas;
7. A propaganda do governo Federal demonstra eficiência e hoje o curitibano sabe diferenciar as obras e respectivas autorias; o bom momento da economia e as obras do governo Federal ofuscam os pacotes de obras pré-eleitorais provincianas;
8. Ducci não soube demonstrar que seu partido participou das grandes vitórias do povo brasileiro no campo econômico – formação de nova e numerosa Classe Média, retirada de milhões da linha da miséria etc;
9. Enfim, Ducci acreditou no mundo encantado que só existe no Palácio 29 de Março.
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